RIO - Preso na Operação Guilhotina, o ex-subchefe operacional da Polícia Civil, delegado Carlos Antônio Luiz Oliveira, adquiriu, recentemente, um apartamento avaliado em R$ 1,3 milhão no Residence Saint Martin, no Condomínio Península, na Barra da Tijuca. A análise da evolução patrimonial dos 45 indiciados pela ação de sexta-feira — entre eles policiais civis e militares — integra a segunda fase da investigação conjunta de Polícia Federal, Secretaria de Segurança e Ministério Público estadual. ( Leia também: Chefe da Polícia Civil acusa de extorsão delegado que ajudou PF a prender corruptos )
O delegado federal Allan Dias, um dos responsáveis pela operação, disse no domingo que vai pedir à Justiça o sequestro dos bens dos policiais presos. Na relação, constam imóveis de luxo e carros importados. Segundo Allan Dias, os bens são incompatíveis com os salários dos policiais. Há casos de inspetores que recebem R$ 2 mil mensais e têm dois imóveis em bairros como Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá.
— Tinha envolvido com até cinco televisões de LCD em casa. Todo o material foi apreendido e ficará à disposição da justiça e depois será leiloado — disse Allan Dias.
Trabalho vai investigar parentes próximos Além do imóvel de quatro quartos no Saint Martin, o delegado Carlos Oliveira — acusado de chefiar uma quadrilha ligada ao desvio e venda de armas e munições a traficantes; e de explorar como milícia a favela Roquete Pinto, em Ramos — teria ainda um Audi A4 e imóveis em Campo Grande, na Zona Oeste. Segundo homem na hierarquia do bando, o sargento da reserva da PM Ricardo Afonso Fernandes, o Afonsinho, teria uma casa de praia em Arraial do Cabo, Região dos Lagos.
Os policiais da quadrilha de Oliveira não são os únicos com patrimônio incompatível. O cabo da PM Aldo Leonardo Premoli Ferrari, o Léo Ferrari, teria dois imóveis, entre eles uma casa no Recreio. Segundo a PF, ele integrava o bando chefiado pelo inspetor da Polícia Civil Leonardo da Silva Torres, o Trovão. O grupo é acusado de receber propina mensal de R$ 100 mil dos traficantes Antônio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, e Rogério Rios Mosqueira, o Roupinol, morto ano passado.
( Leia também: Investigação da PF revela que Carlos Oliveira transformou gabinete na prefeitura em 'quartel general' de sua quadrilha )
O rastreamento dos bens dos policiais presos também vai avaliar o patrimônio de parentes como pais, filhos e mulheres. O coordenador da 1ª Central de Inquéritos do Ministério Público do Rio, promotor Homero das Neves, diz que é comum policiais corruptos usarem "laranjas" para acobertar patrimônio incompatível.
Antes mesmo da Operação Guilhotina, o controle de bens de policiais já estava nos planos da Secretaria de Segurança Pública. Na última semana, foi criado um grupo de sindicância patrimonial. Os bens e o enriquecimento de policiais serão investigados pelas corregedorias das polícias Civil e Militar, pela Corregedoria Geral Unificada e pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco/IE).
A Draco vai receber uma cópia do inquérito da Operação Guilhotina. O novo titular, Alexandre Capote, agora subordinado diretamente à Secretaria de Segurança Pública, vai investigar a participação dos presos em vários homicídios.
O delegado federal Allan Dias, um dos responsáveis pela operação, disse no domingo que vai pedir à Justiça o sequestro dos bens dos policiais presos. Na relação, constam imóveis de luxo e carros importados. Segundo Allan Dias, os bens são incompatíveis com os salários dos policiais. Há casos de inspetores que recebem R$ 2 mil mensais e têm dois imóveis em bairros como Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá.
— Tinha envolvido com até cinco televisões de LCD em casa. Todo o material foi apreendido e ficará à disposição da justiça e depois será leiloado — disse Allan Dias.
Trabalho vai investigar parentes próximos Além do imóvel de quatro quartos no Saint Martin, o delegado Carlos Oliveira — acusado de chefiar uma quadrilha ligada ao desvio e venda de armas e munições a traficantes; e de explorar como milícia a favela Roquete Pinto, em Ramos — teria ainda um Audi A4 e imóveis em Campo Grande, na Zona Oeste. Segundo homem na hierarquia do bando, o sargento da reserva da PM Ricardo Afonso Fernandes, o Afonsinho, teria uma casa de praia em Arraial do Cabo, Região dos Lagos.
Os policiais da quadrilha de Oliveira não são os únicos com patrimônio incompatível. O cabo da PM Aldo Leonardo Premoli Ferrari, o Léo Ferrari, teria dois imóveis, entre eles uma casa no Recreio. Segundo a PF, ele integrava o bando chefiado pelo inspetor da Polícia Civil Leonardo da Silva Torres, o Trovão. O grupo é acusado de receber propina mensal de R$ 100 mil dos traficantes Antônio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, e Rogério Rios Mosqueira, o Roupinol, morto ano passado.
( Leia também: Investigação da PF revela que Carlos Oliveira transformou gabinete na prefeitura em 'quartel general' de sua quadrilha )
O rastreamento dos bens dos policiais presos também vai avaliar o patrimônio de parentes como pais, filhos e mulheres. O coordenador da 1ª Central de Inquéritos do Ministério Público do Rio, promotor Homero das Neves, diz que é comum policiais corruptos usarem "laranjas" para acobertar patrimônio incompatível.
Antes mesmo da Operação Guilhotina, o controle de bens de policiais já estava nos planos da Secretaria de Segurança Pública. Na última semana, foi criado um grupo de sindicância patrimonial. Os bens e o enriquecimento de policiais serão investigados pelas corregedorias das polícias Civil e Militar, pela Corregedoria Geral Unificada e pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco/IE).
A Draco vai receber uma cópia do inquérito da Operação Guilhotina. O novo titular, Alexandre Capote, agora subordinado diretamente à Secretaria de Segurança Pública, vai investigar a participação dos presos em vários homicídios.
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