GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Esposa de Dirceu faz campanha em defesa do marido na internet O ex-ministro José Dirceu assistiu à apresentação de sua defesa no terceiro dia do julgamento do mensalão na TV...


O ex-ministro José Dirceu assistiu à apresentação de sua defesa no terceiro dia do julgamento do mensalão na TV de sua casa, em Vinhedo (SP), ao lado da mulher, Evanise Santos, que usou a internet para publicar mensagens de apoio ao marido.
Enquanto o advogado de Dirceu, José Luis Oliveira Lima, apontava a inocência do cliente e a falta de provas no processo, pela internet, Evanise usou o Twitter para uma campanha em sua defesa. Em menos de duas horas, ela postou 76 mensagens de apoio ao ex-ministro e contra as acusações da Procuradoria Geral da República.
Usando as hashtags #ApoioDirceu e #GolpeNuncaMais, foram divulgadas notícias, comentários e mensagens de apoio ao ex-ministro, apontado como líder do mensalão.
"Dirceu não telefonou, não enviou e-mail, não botou a mão em grana e ainda assim o Gurgel acha que ele é o chefão. E tem quem apoia Gurgel", dizia uma das mensagens republicadas por Evanise.
Pelo menos 20 das mensagens foram enviadas por militantes do PT que deflagraram logo cedo a campanha em defesa da inocência de Dirceu.
"Amigos, vamos usar as tags #ApoioDirceu e #GolpeNuncaMais", pediu logo cedo um post da Militância do PT. Outro post de apoio, republicado por Evanise, foi o do filho do ex-ministro, Zeca Dirceu.
Não é primeira vez que Dirceu e a mulher usam a internet para comentar o caso durante o isolamento, em sua casa em Vinhedo. Na sexta-feira, 3, o ex-ministro usou seu blog para dizer que as denúncias do mensalão, em 2005, foram uma tentativa de golpe atribuída aos "EUA, à direita, os militares e à mídia conservadora".
No mesmo dia, Evanise também usou o Twitter para postar notícias que acusam Dirceu de ser o mentor da quadrilha do mensalão e cobrar provas. "E as provas? Onde estão?", escreveu Evanise. É na falta de provas consistentes que se baseia a defesa do ex-ministro.
Retorno. Dirceu volta nesta terça-feira, 7, logo cedo para São Paulo. Desde que começou o julgamento do mensalão, na quinta-feira, 2, ele vem cumprindo o acordo que tem com seu advogado de permanecer calado até a leitura da sentença.
Durante toda segunda-feira, o movimento na casa de Dirceu foi tranquilo.
Ele está com a mulher, no Condomínio Vale da Santa Fé, onde a entrada de jornalistas é proibida.

Doação oculta soma 64% das receitas em SP A prestação parcial de contas de comitês e candidatos divulgada na segunda-feira, 6, pela Justiça Eleitoral mostra...


A prestação parcial de contas de comitês e candidatos divulgada na segunda-feira, 6, pela Justiça Eleitoral mostra que, do total arrecadado por três das principais campanhas em São Paulo, 64% vieram de recursos que são considerados ocultos. Dos R$ 4,7 milhões arrecadados por comitês e candidatos de PT, PSDB e PMDB, R$ 3 milhões aparecem na contabilidade como doação dos respectivos partidos políticos, o que dificulta ou impossibilita rastrear a origem dos recursos.
As campanhas têm utilizado esse expediente para convencer doadores a darem os recursos sem se identificarem. O dinheiro passa por uma triangulação: a empresa que quer contribuir com determinado candidato faz uma doação para o partido, que repassa os valores para a campanha. Essa manobra, permitida pela legislação eleitoral, faz com que na contabilidade final do candidato fiquem registrados apenas os recursos doados pelo partido. A empresa doadora não fica vinculada a um candidato, apesar de o partido ter que declarar qual empresa o abasteceu.
A legislação determina que sejam abertas contas em nome do candidato, do comitê financeiro e do partido. O candidato do PT, Fernando Haddad, captou R$ 1,4 milhão por meio da conta do candidato. Desse total, R$ 475 mil vieram do partido. Além disso, o PT doou R$ 975 mil para outra conta, a do comitê único da campanha. Essa quantia pode ser repassada para Haddad ou aos candidatos a vereador, o que, em tese, impede que se saiba o beneficiário final da doação. A campanha diz que o dinheiro só será usado para a eleição minoritária.
O candidato do PSDB, José Serra, levantou R$ 1,95 milhão, sendo que R$ 1,2 milhão veio de repasses da própria legenda. Os R$ 400 mil que Gabriel Chalita (PMDB) declarou ter recebido vieram todos do partido.
Celso Russomanno (PRB) disse ter recebido R$ 500 mil oriundos de sua legenda, mas declarou como recursos do fundo partidário e não captados pelo partido em empresas para a eleição.
Em 2010, o TSE criou resolução para dificultar as doações ocultas. Pela regra, os partidos são obrigados a discriminar a origem e a destinação dos recursos repassados a candidatos e comitês financeiros. O dinheiro que entra para uma legenda, no entanto, continua saindo sem o carimbo do doador. Em 2010, os 12 maiores partidos deram às campanhas eleitorais mais de R$ 500 milhões em doações ocultas.
A doação via partidos se tornou a forma predileta das empresas financiarem candidatos. Elas evitam se expor em razão dos escândalos envolvendo financiadores e políticos. / COLABORARAM FELIPE FRAZÃO E RICARDO CHAPOLA