O ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella (PRB), disse nesta segunda-feira que a presidente Dilma Rousseff não sinalizou que pretende incorporar a sua pasta à da Agricultura. Desde que explodiram as manifestações em todo o País, ressurgiram dentro do Palácio do Planalto os boatos de que a presidente poderia fazer um novo desenho de ministérios, reduzindo o número de pastas - atualmente, são 39.
Desde que assumiu a Presidência da República, Dilma criou dois ministérios: a Secretaria de Aviação Civil e a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, ambas com status de ministério.
Questionado sobre a possibilidade de a Pesca ser incorporada à Agricultura, Crivella respondeu: "Deixar de ser ministro significa voltar a ocupar o honroso cargo de senador da República pelo qual merecidamente fui eleito pelo generoso e bravo povo do Estado do Rio de Janeiro. Voltarei ao Senado no dia seguinte. Agora, a presidenta Dilma, em nenhum momento de todos esses momentos difíceis que temos passado em nosso governo, deixou passar de que isso ocorreria".
Para o ministro, o potencial do Brasil é "tão grande para a produção de peixes", que os brasileiros não deveriam abrir mão de uma pasta exclusivamente para esse tema.
"Nós brasileiros não deveríamos abrir mão de ter um ministério exclusivamente para que o Brasil esteja a altura dos grandes recursos naturais que Deus lhe deu. É o primeiro país em água doce do mundo e um dos menores em produção de pescado. E precisamos também atender a 1,7 milhão de pescadores cujas condições sociais não são das melhores. Tem de ter políticas públicas exclusivas para essa gente sofrida e valente", disse o ministro, que acompanhou audiência da presidente Dilma com lideranças evangélicas.