Após ler esta nota (http://nossacaragua.blogspot.com.br/2016/02/nota-de-repudio-ao-jornalista-do-blog.html) postada no Blog Nossa Caraguá eu parei para refletir e rever
alguns valores morais e formas de trabalhar em que alguns profissionais do jornalismo vem se comportando.
É lamentável em pleno 2016 ler noticiários onde jornalista ataca jornalistas usando as redes sociais, sem que haja qualquer motivo...
Senhor José Luis da Neves, tome as medidas legais e cabíveis na forma da lei para que este tipo de situação não venha se tornar normal entre os profissionais dos meios de comunicação das redes sociais e jornalismo.
Onde vamos parar com este tipo de
jornalismo?
No meu ponto de vista, os meios de comunicação em especial os
(Blogs) se revelam como o quarto poder na sociedade. Desde o advento da
imprensa, muito tem-se criado para fazer dela um meio de atingir interesses
específicos.
Sabemos que hoje são as novidades técnicas que permeiam o
mundo da comunicação. Nesse ambiente marcado pelos avanços da tecnologia e,
também, pelo design de modelos dos produtos gerados pelos meios de comunicação,
surge o jornalista como figura reprodutora dos acontecimentos.
Ao menos em teoria, o papel do jornalista é ser instrumento
transmissor de notícias junto à comunidade. Pelo fato de brotar da história e
dos fatos cotidianos, o jornalismo se apresenta muitas vezes de forma
mecanizada, ou seja, não sendo agente humanizador a partir da notícia que
veicula. Devemos descobrir a importância do jornalismo e do jornalista, e como
estes contribuem no aperfeiçoamento da sociedade. Principalmente no tocante às
reflexões e no auxílio do processo de democratização das idéias, conceitos e
estruturas vigentes.
Considero que a imprensa, dada sua história, evolui como
importante meio de comunicação, e assim incita as classes políticas a mostrar
de mais a mais seus interesses por esse novo meio de divulgação pública e
transmissão de massa. Visualizaram aí uma força em potencial para a
disseminação dos ideais políticos e para chegar ao maior número possível de
pessoas.
A partir desse momento, então, deu-se início ao processo que
podemos chamar de “manipulação”. A atividade do jornalismo é na sociedade
contemporânea, muitas vezes, uma máquina simbiótica que tem por objetivo vender
seu produto: a notícia. O papel do jornalista, nesse sentido, não pode
ser unicamente o de apresentar os fatos, pautado pela ética e pela busca da
verdade. É importante que ele tenha consciência do que seja a verdade. Cabe a
esse profissional da informação ir além da simples captação da informação. Ele
deve ser um agente transformador da sociedade e, através de sua profissão,
sensibilizar e criar alternativas de modificação do contexto social.
Sabemos que o jornalista e o jornalismo precisam
pensar e repensar sua função junto à comunidade em que estão inseridos. O papel
do jornalista como agente conciliador, gerador e modificador de contextos,
mediante seu papel de transformação pode criar melhorias para a sociedade. A grande mídia hoje em dia não se
preocupa com as variantes sagas da grande maioria da população. Poucas são as
pessoas que têm acesso às revistas semanais e mensais. A informação está
conferida unicamente a um grupo privilegiado de pessoas.
A preocupação com um jornalismo sério, e que de fato cumpra
com sua verdadeira intencionalidade, mostra que refletir e encontrar as
verdadeiras razões da sua existência é fundamental não somente academicamente,
mas também profissionalmente. Temos que refletir qual o papel dos grandes meios
de comunicação (a grande imprensa), o que eles têm feito para a melhoria da
sociedade, e qual o papel que pode ser desempenhado pelos profissionais da comunicação
na busca da igualdade entre as pessoas, no que diz respeito ao acesso à
informação e aos bens gerados pela imprensa em geral.
Débora Araújo, sócia diretora do Blog do Blog do Guilherme
Araújo e Radio Caraguá Mix