Passagem ficará mais barata sem cobrança da taxa de embarque nas viagens interurbanas durante obra de reconstrução
A reconstrução da rodoviária de São Sebastião começará no fim do mês.
Com isso, os passageiros que fazem uso do local diariamente terão que se
adaptarem durante os oito meses previstos de obra. Os horários serão os
mesmos e itinerários também, mas os pontos de embarque e venda de
passagens terão algumas modificações.
“Uma mudança positiva é que durante o tempo da obra não será cobrado à
taxa de embarque, já que os usuários não poderão usufruir do conforto da
rodoviária. Isso serve como contrapartida pelo desconforto das obras”,
diz o prefeito Ernane Primazzi (PSC).
As sete empresas que operam os serviços de transportes farão
modificações nos sistemas de compra de passagens e pontos para embarque e
desembarque, a partir do início das obras. A empresa Litorânea terá seu
ponto final no mesmo local que atualmente pega seus passageiros na
saída da balsa. As passagens para o serviço da empresa serão vendidas na
banca de jornal ao lado do ponto de ônibus, próximo à balsa.
As demais operadoras, Breda, Útil, Penha, União do Litoral e Itapemirim
terão abrigos, que servirão para embarque e desembarque na Rua Minas
Gerais, próximo a rodoviária.
Após quase 30 anos de existência, a rodoviária será reconstruída pela
atual Administração, por meio da Gama Construções Civil Eng. Ltda.
Empresa essa responsável por outras obras na cidade, como o Pronto
Socorro de Boiçucanga, na Costa Sul e pela pavimentação de algumas ruas
na Costa Norte do município.
O valor estimado da obra da nova rodoviária é de R$ 4.907.368,41, verba
proveniente do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias
(Dade) da Secretaria Estadual de Turismo, com contrapartida do
município.
Alternativas
De acordo com Ernane, para a implantação do projeto foi pensado em
alternativas. O prefeito conta que a primeira definição foi de onde
seria o local da nova rodoviária. Segundo ele, foi cogitada uma área ao
lado da Ecopav, porém precisaria passar ainda por trâmite de
desapropriação, o que custaria mais para a realização do empreendimento.
“Então se decidiu por ser no mesmo local”, conta Ernane.
Outra dúvida é se seria construída outra rodoviária provisória, enquanto
a nova estaria sendo construída. “Mas não teríamos área e sairia muito
caro”, explica o prefeito, ao se referir às adaptações das empresas na
venda de passagens e nos pontos de embarque e desembarque durante as
obras de reconstrução da rodoviária.
Hoje
Hoje, o prédio tem aproximadamente 500 m² e consegue movimentar, no
máximo, cinco ônibus de forma simultânea, ocupando não só as baias como
as laterais. Não há local específico para embarque e desembarque de
passageiros e para taxis.
No novo projeto, a população poderá contar com muito mais conforto,
segurança e comodidade. E não só os moradores, como também turistas
serão contemplados, já que a cidade é um destino procurado o ano inteiro
e só na temporada recebe cerca de 1 milhão de visitantes. Muitos deles
utilizam o transporte rodoviário para chegar ao município.
O terminal terá cerca de 2.500m² de área construída e poderá atender 11
ônibus ao mesmo tempo, com devido local para embarque e desembarque de
passageiros e ainda abrigar um ponto de taxi para sete veículos.
O projeto
No pavimento térreo, serão cinco guichês para a venda de passagens,
guarda volumes e quatro espaços destinados a futuros pontos comerciais,
como lanchonetes e revistarias. Para essas novas salas que constam no
projeto, será aberta licitação à concessão. A obra também contempla no
térreo um gabinete para a Polícia Militar e outro para informações
turísticas.
O acesso ao pavimento superior poderá ser feito por escadas e por
elevador panorâmico. O primeiro andar possui mais quatro grandes pontos
comerciais, de aproximadamente 37m² cada, vestiários para funcionários e
sala de administração.
Bebedouros estão localizados em ambos os pavimentos, assim como
banheiros masculinos e femininos e para portadores de necessidades
especiais. O projeto inteiro, inclusive, estabelece total condição de
acessibilidade.
Na parte externa, a população terá acesso a bicicletário, vagas para
estacionamento, bancos e telefones públicos adaptados. O paisagismo foi
valorizado e árvores nativas da Mata Atlântica farão parte do cenário,
como manacás, ipês e quaresmeiras. Outra preocupação ambiental é o
aproveitamento das águas pluviais para manutenção do prédio e irrigação
dos canteiros.
A arquitetura considerou as ondulações das montanhas ao fundo e essas
serão transmitidas à estrutura, integrando-a ao contexto de forma
harmoniosa. A ideia é que a edificação possa, além da funcionalidade
como terminal, ser um local de contemplação.
De acordo com Ernane a obra é mais um benefício oferecido aos
sebastianenses. “Muitos utilizam o local diariamente e merecem ter um
lugar digno para aguardar o transporte. Os turistas, por sua vez,
chegarão à cidade em um lugar mais aconchegante. É um investimento não
só estrutural, mas principalmente humano”, completou.