O ex-atacante e agora deputado federal Romário terá que disputar mais uma partida na Justiça. Desta vez, o que está em jogo é uma sala comercial na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca. O imóvel, que não tem o condomínio de R$800 mensais pago pelo baixinho há mais de um ano, pode ir a leilão em breve. A dívida já passa dos R$40 mil.
Em uma ação que corre na 2ª Vara Cívil da Barra, o condomínio Barra Space Center aciona Romário, o advogado José Maurício Porto e sua esposa, Anamaria Porto, por despesas condominiais. De acordo com o advogado, ele arrematou metade do imóvel ao penhorá-lo numa dívida de Mônica Santoro, ex-mulher de Romário — e por isso também consta como réu.
— Trabalhei para ela (Mônica) no divórcio do casal e ela não me pagou. Então entrei na Justiça e arrematei essa sala — explicou.
Procurados, Romário e o advogado Vinícius Cândido de Moraes, que o defende nesse caso, não retornaram as ligações.
A sala 903, de 45 metros quadrados e que está avaliada em R$250 mil, era usada como sede da RSF Eventos e Promoções, que pertence ao ex-jogador. Segundo outros condôminos e funcionários, desde o início de 2010, ninguém mais trabalha no local.
— Só de vez em quando que o Batata (amigo de Romário) vem pegar correspondências — contou o consultor financeiro Mário Dourado, com escritório na sala 904 e que trabalhou por anos com o baixinho — Ele não tem mais interessa no imóvel.
Patrão problemático
Funcionários do condomínio Barra Space Center contam que Romário não era o melhor dos patrões.
— Ele queria entrar sem se identificar, como é obrigatório para todos que passam por aqui — dispara um dos porteiros.
Um outro funcionário, que trabalha na primeira garagem do prédio, lembra de uma desavença com o ex-craque.
— Eu disse a ele que o estacionamento estava cheio, mas mesmo assim ele quis estacionar e passou por cima da corrente com o carro. Duas semanas depois ele veio me pedir desculpas — contou, dizendo que ainda guarda mágoa de Romário.
Já o manobrista David da Silva, que dirigiu duas vezes o carro do baixinho, reclamou das gorjetas.
— Não fede nem cheira como pessoa. Mas só me deu R$5 de caixinha.