Que as coisas não vão bem em diversos campos, isso é notório para todos. A saúde agonizando, educação precária, profissionais mal remunerados, desmotivados, falta de estrutura e equipamentos. Parece ser sempre o mesmo blá, blá, blá. Mas entre as diversas mazelas sociais que ocorrem neste pobre rico país, uma me chama mais a atenção: a segurança pública.
Não irei entrar no mérito do sucateamento das polícias, da falta de efetivo, dos míseros salários pagos em alguns estados, transformando a profissão em um subemprego, em uma última opção de trabalho. Isso também já é senso comum, notícia corriqueira. O que mais preocupa dentro da segurança pública é a inversão de valores que ocorre atualmente.
Entendo perfeitamente o espírito da Constituição de 1988. Ela foi elaborada por pessoas que vivenciaram situações de extremo abuso de poder, sobretudo pelos militares. Entendo também que a polícia de outrora era por demais politizada, entranhada em um sistema brutal e corrupto, servindo a interesses de um ou outro grupo que se revezava no poder. Tudo isso contribuiu para que um conjunto de leis mais rígidas no que tange o controle de abusos fosse criado. Além disso, a proliferação de políticas voltados aos interesses de defesa dos direitos humanos tornou-se uma realidade indissociável de qualquer lei que porventura seja criada.
O que está acontecendo nos dias atuais é justamente uma inversão de valores. A cada dia novas leis penais são criadas, favorecendo que opta pelo mundo crime. Brechas legais são utilizadas por experientes advogados para postergar condenações. Policias, ao contrário do que dita a lei, são praticamente considerados culpados até que se prove a inocência. Militantes dos direitos humanos confortam famílias de presos, mas não auxiliam famílias de policiais mortos no cumprimento do dever. O próprio Estado paga auxílio reclusão de R$ 798,30 para famílias de detentos, enquanto briga para que o salário mínimo fique em R$545,00 e, ao mesmo tempo, tira todas as gratificações do policial da ativa que teve que se aposentar por invalidez em decorrência de acidente em serviço.
Onde está, afinal, a real defesa dos Direitos Humanos? Ela só existe para um lado da moeda? Cadê o Estado que não está vendo que as pessoas estão perdendo o principal de seus direitos, que é a liberdade? Como ter qualidade de vida se ela vem desacompanhada da sensação de segurança? Por onde andam os direitos dos cidadãos de bem de possuírem seus bens sem a preocupação de ter que escondê-los? Até quando vamos suportar infratores com mais de trinta passagens pela polícia soltos nas ruas e cometendo os mesmos crimes?
O Brasil marcha, perigosamente, para um caminho sem volta. Não gera votos investir em segurança pública. Não gera mídia o esforço para que um novo modelo de segurança seja implantado. As coisas não vão bem e a tendência é piorar. Os bandidos debocham de todo o sistema penal, a polícia e a justiça estão cada vez mais amarradas por leis criadas sem um mínimo critério, os presídios caríssimos não recuperam mais ninguém. Muitas questões, nenhuma ação e o sangue de gente inocente sendo derramado sem respingar nos detentores do poder, já que para eles o sistema não falha, pois vivem num país paralelo, com carros blindados, seguranças particulares e condomínios de luxo.
Não irei entrar no mérito do sucateamento das polícias, da falta de efetivo, dos míseros salários pagos em alguns estados, transformando a profissão em um subemprego, em uma última opção de trabalho. Isso também já é senso comum, notícia corriqueira. O que mais preocupa dentro da segurança pública é a inversão de valores que ocorre atualmente.
Entendo perfeitamente o espírito da Constituição de 1988. Ela foi elaborada por pessoas que vivenciaram situações de extremo abuso de poder, sobretudo pelos militares. Entendo também que a polícia de outrora era por demais politizada, entranhada em um sistema brutal e corrupto, servindo a interesses de um ou outro grupo que se revezava no poder. Tudo isso contribuiu para que um conjunto de leis mais rígidas no que tange o controle de abusos fosse criado. Além disso, a proliferação de políticas voltados aos interesses de defesa dos direitos humanos tornou-se uma realidade indissociável de qualquer lei que porventura seja criada.
O que está acontecendo nos dias atuais é justamente uma inversão de valores. A cada dia novas leis penais são criadas, favorecendo que opta pelo mundo crime. Brechas legais são utilizadas por experientes advogados para postergar condenações. Policias, ao contrário do que dita a lei, são praticamente considerados culpados até que se prove a inocência. Militantes dos direitos humanos confortam famílias de presos, mas não auxiliam famílias de policiais mortos no cumprimento do dever. O próprio Estado paga auxílio reclusão de R$ 798,30 para famílias de detentos, enquanto briga para que o salário mínimo fique em R$545,00 e, ao mesmo tempo, tira todas as gratificações do policial da ativa que teve que se aposentar por invalidez em decorrência de acidente em serviço.
Onde está, afinal, a real defesa dos Direitos Humanos? Ela só existe para um lado da moeda? Cadê o Estado que não está vendo que as pessoas estão perdendo o principal de seus direitos, que é a liberdade? Como ter qualidade de vida se ela vem desacompanhada da sensação de segurança? Por onde andam os direitos dos cidadãos de bem de possuírem seus bens sem a preocupação de ter que escondê-los? Até quando vamos suportar infratores com mais de trinta passagens pela polícia soltos nas ruas e cometendo os mesmos crimes?
O Brasil marcha, perigosamente, para um caminho sem volta. Não gera votos investir em segurança pública. Não gera mídia o esforço para que um novo modelo de segurança seja implantado. As coisas não vão bem e a tendência é piorar. Os bandidos debocham de todo o sistema penal, a polícia e a justiça estão cada vez mais amarradas por leis criadas sem um mínimo critério, os presídios caríssimos não recuperam mais ninguém. Muitas questões, nenhuma ação e o sangue de gente inocente sendo derramado sem respingar nos detentores do poder, já que para eles o sistema não falha, pois vivem num país paralelo, com carros blindados, seguranças particulares e condomínios de luxo.
É isso.