GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

PM é preso acusado de cobrar propina de R$ 100 mil para mudar depoimento em Botucatu, SP

SÃO PAULO - Um policial militar foi preso em Botucatu, a 226 km de São Paulo, ao receber parte de uma propina de R$ 100 mil cobrada para mudar de depoimento em um processo de tráfico de drogas, na noite desta terça-feira. A negociação foi gravada pelo cunhado da vítima da extorsão, que havia sido preso pelo mesmo PM, no ano passado.
Na gravação, Nivaldo Barbosa, que tem 17 anos de corporação, diz ter respaldo de pessoas da Justiça.
- Eu troquei ideia com um cara e ele pegou e mudou para a 3ª vara, para a 2ª vara. Por quê? Porque lá eu tenho contato com a juíza - diz Nivaldo na gravação.
Em outro trecho da gravação, ele acerta a quantia: R$100 mil.
- Oitenta mil, e depois você me dá mais 20 (mil). Eu preciso de, no mínimo, R$ 30 mil até segunda feira - diz o acusado.
O rapaz tenta negociar e pede um tempo maior, mas, o policial não aceita. Dois dias depois, uma nova negociação foi gravada com uma câmera escondida. O policial aparece sem a farda. Em uma estrada de terra, ele fala da propina e diz que aceita um carro como parte do pagamento.
Segundo o advogado Vitor Deléo, que acompanhou a vítima de extorsão, depois de muita conversa o policial reduziu o valor cobrado. Nivaldo Barbosa, de 46 anos, foi preso depois de receber R$ 1.500 em dinheiro, que seria a primeira parte do acerto.
O flagrante foi registrado em uma padaria na zona norte da cidade. Segundo a própria Polícia Militar, o soldado fazia a segurança do local, o que também é proibido por lei.
Policias militares do mesmo batalhão de Nivaldo, acompanharam de longe e quando o dinheiro foi entregue, ele foi detido. Nivaldo Barbosa entrou na PM em 1994. Segundo o comandante do batalhão de Botucatu, a polícia militar não faz corporativismo com esse tipo de policial.
Ele foi levado ao presídio Romão Gomes, na Zona Norte da capital, e, segundo o comandante, será expulso da corporação. Na justiça comum ele vai responder por extorsão, tráfico de influência e exploração de prestígio. As penas somadas podem chegar a 15 anos de reclusão.
Em nota, o presidente da Associação dos Magistrados de São Paulo, Paulo Mascaretti, repudiou as afirmações do policial detido e afirmou que não é possível mudar de vara porque o sistema judicial é informatizado e distribui os processos de maneira aleatória.

Nenhum comentário: