SÃO PAULO - A polícia informou que foram encontradas marcas de tiros nos corpos das irmãs Laurentina de Oliveira, de 16 anos, e Juliana Vania de Oliveira de 15 anos. Após ter desaparecido na quarta-feira passada, elas foram encontradas mortas nesta segunda-feira em Cunha, cidade a 217 quilômetros de São Paulo. De acordo com a polícia, a mais velha levou dois tiros e a mais nova quatro tiros.
Pessoas próximas à família das irmãs afirmaram que os corpos de ambastambém tinham sinais de violência. Segundo essas pessoas, elas tinham cortes no pescoço e o mamilo de um dos seios da menina mais velha quase foi arrancado. Elas estavam de roupa, mas tinham sinais evidentes de violência sexual.
A polícia de Cunha já tem um suspeito, que está sendo procurado. Ele é foragido de uma cadeia da região de Cunha de prenome Ananias. Segundo a polícia, o suspeito trabalhou como servente de pedreiro na casa da família das meninas, no bairro Jacuí, estava morando na região, mas não é visto desde o desaparecimento as irmãs, na última quarta-feira.
Espero que o suspeito seja preso o quanto antes. Assim como eu sempre quis o bem das minhas filhas, não vou quere o mal de ninguém. Mas quero que se faça Justiça
O delegado disse que o pai do suspeito foi preso nesta segunda-feira por porte ilegal de arma. Na casa dele, foram encontradas várias armas de fogo.
Os corpos das duas irmãs foram encontrados pela equipe do canil da cidade de Taubaté. As irmãs foram vistas pela última vez quando desciam do ônibus que trazia as duas da escola, na última quarta-feira.
- Espero que o suspeito seja preso o quanto antes. Assim como eu sempre quis o bem das minhas filhas, não vou querer o mal de ninguém. Mas quero que se faça Justiça - disse o pai da meninas, o pedreiro José de Oliveira.
O pai e a mãe das meninas, que trabalha como empregada doméstica, estão na casa de parentes recebendo apoio. A família, que é muito religiosa, está muito abalada com a tragédia. O pai, a mãe e as três filhas são voluntários de uma igreja católica. À noite, eles costumavam fazer rodas de orações dentro de casa.
A delegada seccional de Guaratinguetá, Sandra Maria Pinto Vergal, informou que os corpos das irmãs foram achados em mata fechada, na estrada da Samambaia, no Bairro Jacuí, perto de uma represa, a cerca de 700 metros do local onde desceram do ônibus escolar.
Segundo a delegada, o local onde os corpos foram achados fica cerca de 7 a 8 km da casa das adolescentes, que moravam na área rural do município de Cunha.
A delegada informou que as irmãs estudavam na escola estadual Paulo Virgínio, em Cunha, e saíram às 18 horas. O pai costumava encontrá-las às 18h30m. De acordo com Sandra, as irmãs desceram do ônibus escolar no local combinado. Porém, o pai chegou e não encontrou as filhas. O motorista do ônibus escolar, Sergio Roberto Toledo, disse que as meninas são sempre as primeiras a descer, de um grupo de 40 alunos. No dia em que elas desapareceram, ele afirmou não ter visto nada de estranho quando elas desceram, já que estava escuro.
O diretor da escola onde elas estudavam, Benedito Edson Galvão de França, disse que vai liberar nesta terça-feira os 900 alunos do período da manhã para acompanhar o enterro das colegas. Elas cursavam o segundo e o primeiro ano do ensino médio.
Os corpos das adolescentes foram encaminhados para perícia em Guaratinguetá. Eles serão velados na igreja do Rosário e enterrados em Cunha, nesta terça-feira.
Após do desaparecimento das irmãs, a polícia intensificou as buscas desde sexta-feira, com cães farejadores e até o helicóptero Águia. Uma equipe da polícia está no local para colher informações e provas que ajudem a identificar a autoria do crime.
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