BRASÍLIA - Reunidos na sala do presidente em exercício, Michel Temer, para tentar chegar a um consenso para aprovação do novo Código Florestal, parlamentares envolvidos com a questão não chegaram a um acordo nem mesmo sobre qual o melhor momento para colocar o projeto em votação. Faltam, segundo definiram, 2% para chegar a um acordo. E é justamente esses 2% que parecem intransponíveis. O relator da matéria, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), mostrou-se otimista, mas admite que ainda há dificuldades.
-Nos aproximamos do acordo, senão definitivo, em torno de 98% ou 99% - afirmou.
As divergências entre deputados ambientalistas e os vinculados à agropecuária estão concentradas em dois pontos: os ambientalistas querem que o relatório deixe claro que a legislação não vai permitir novos desmatamentos e defendem que os produtores que cumpriram a lei e não derrubaram árvores possam ser compensados por isso.
Os parlamentares da bancada ruralista, em tese, concordam com essas duas questões. No entanto, como afirmou o deputado Zequinha Sarney (PV-MA), da bancada dos ambientalistas, o problema são as nuances.
- Nenhuma discussão pode ser iniciada se não se levar em conta esses dois pontos. Mas dentro desses pontos há nuances - disse Zequinha, que afirmou que não é preciso pressa para se votar o projeto.
Aldo Rebelo avaliou positivamente a reunião. Para ele, ela sinalizou que o Executivo, agora, está interessado na discussão. Ele também pareceu disposto a incluir no relatório uma proposta da bancada ruralista: a de que áreas desmatadas sejam compensadas em outros Estados, desde que pertencentes a um mesmo bioma.
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