A Polícia de São Paulo prendeu nesta quinta-feira, 8, quatro investigados por venda de atestados médicos falsos a funcionários públicos do Estado. A operação foi deflagrada com base em relatório do Departamento de Inteligência da Corregedoria-Geral da Administração, braço do governo do Estado que fiscaliza secretarias de Estado, autarquias e empresas públicas.
O documento foi revelado pelo repórter Bruno Tavares, da TV Globo. Segundo o relatório, a Secretaria da Educação, "por possuir o maior contingente de servidores tem o número mais elevado de afastamentos em termos absolutos".
Investigando o altíssimo volume de atestados médicos que servidores públicos apresentavam em suas repartições para justificar ausências, a Corregedoria descobriu uma autêntica fábrica de documentos forjados. A Corregedoria contabilizou mais de cinco milhões de dias de trabalho apenas no período de janeiro a novembro de 2015.
"Na Pasta da Educação, os professores licenciados são substituídos por outros concursados ou professores com vínculos eventuais", assinala o relatório de Inteligência. "Assim, se fossem computadas as ausências em termos de valores, os resultados poderiam ser dobrados", afirma o documento. "Verifica-se que a folha de pagamento somente da Educação, no período de janeiro de 2015 a novembro de 2015 foi de R$ 16,7 bilhões."
"Além do prejuízo direto na prestação dos serviços, o absenteísmo ainda pressiona pela nomeação de mais agentes para a execução de tarefas deixadas pelos servidores que adoeceram", destaca o relatório.
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