A execução da juíza Patrícia Acioli foi tramada depois que o trabalho da magistrada passou a ameaçar policiais que roubavam armas, drogas e dinheiro de criminosos durante operações em favelas de São Gonçalo, região metropolitana do Rio. Desde maio, os líderes de um grupo de nove agentes do 7º Batalhão da PM demonstravam "preocupação de que a juíza poderia prejudicar os policiais".
Detalhes do plano para matar Patrícia foram relatados por um cabo que participou da execução. Dizendo-se "arrependido", ele delatou os demais integrantes da quadrilha para obter proteção e redução de sua pena.
De acordo com o militar, foi o tenente Daniel Benítez, líder do Grupo de Ações Táticas (GAT) do batalhão, "quem trouxe para dentro da equipe a ideia de matar a juíza". Patrícia Acioli combatia a ação de milícias na região de São Gonçalo. Ela também acusava agentes do 7º BPM de forjar autos de resistência (mortes em confronto com a polícia) para encobrir assassinatos.
Inicialmente, os policiais pretendiam contratar uma milícia para matar Patrícia. O serviço seria pago com as armas e o dinheiro roubados pelos policiais durante ações de combate ao crime em São Gonçalo --o chamado "espólio". Depois que Benítez perdeu contato com os milicianos, o grupo decidiu planejar a execução por conta própria.
Desde então, houve duas tentativas frustradas de matar a juíza. Na primeira, o policial responsável pela campana em frente ao fórum onde Patrícia trabalhava se distraiu e não viu a magistrada sair do prédio. A segunda tentativa, na véspera da execução, parte dos policiais foi convocada para a reconstituição de um outro crime.
O cabo também revelou que foi um dos autores dos disparos e que, logo após o assassinato, ateou fogo ao carro usado na execução. As armas usadas no crime também teriam sido destruídas.
O militar indicou que Benítez tinha uma relação "muito próxima" com o então comandante do 7º Batalhão, o tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, acusado de ser o mandante do crime. O policial não confirmou se a ordem de matar a magistrada teria partido dele.
Oliveira, no entanto, é apontado como beneficiário do grupo que desviava o material apreendido nas operações policiais. Cotado para assumir o comando do 14º BPM, em Bangu, ele teria pedido que os nove policiais do GAT o acompanhassem para o novo local de trabalho, "onde o referido espólio seria maior".
Inicialmente, os policiais pretendiam contratar uma milícia para matar Patrícia. O serviço seria pago com as armas e o dinheiro roubados pelos policiais durante ações de combate ao crime em São Gonçalo --o chamado "espólio". Depois que Benítez perdeu contato com os milicianos, o grupo decidiu planejar a execução por conta própria.
Desde então, houve duas tentativas frustradas de matar a juíza. Na primeira, o policial responsável pela campana em frente ao fórum onde Patrícia trabalhava se distraiu e não viu a magistrada sair do prédio. A segunda tentativa, na véspera da execução, parte dos policiais foi convocada para a reconstituição de um outro crime.
O cabo também revelou que foi um dos autores dos disparos e que, logo após o assassinato, ateou fogo ao carro usado na execução. As armas usadas no crime também teriam sido destruídas.
O militar indicou que Benítez tinha uma relação "muito próxima" com o então comandante do 7º Batalhão, o tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, acusado de ser o mandante do crime. O policial não confirmou se a ordem de matar a magistrada teria partido dele.
Oliveira, no entanto, é apontado como beneficiário do grupo que desviava o material apreendido nas operações policiais. Cotado para assumir o comando do 14º BPM, em Bangu, ele teria pedido que os nove policiais do GAT o acompanhassem para o novo local de trabalho, "onde o referido espólio seria maior".
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