O custo de vida dos paulistanos de classe média subiu 0,28% em julho, ante 0,03%, em junho. No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador registra alta de 6,23%, enquanto no ano, a variação é de 3,64%.
A divulgação do ICVM (Índice de Custo de Vida da Classe Média) da cidade de São Paulo, nesta quarta-feira (17), é uma parceria da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) com a OEB (Ordem dos Economistas do Brasil). Ele abrange o intervalo de renda entre cinco e 15 salários mínimos paulista (R$ 600).
Os grupos com as altas mais expressivas nos últimos 12 meses foram alimentação (9,15%), com destaque para as refeições fora de casa, que, apenas neste ano, tiveram elevação de 7,62%. Segundo a Fecomercio e a OEB, os proprietários desses estabelecimentos alegam que alguns dos motivos para a alta foram o aumento do salário dos funcionários, das matérias-primas e do aluguel do imóvel.
Entre os grupos avaliados pelo ICVM nos últimos 12 meses, habitação foi o que apresentou a menor alta com 4,18%. O resultado foi impulsionado, sobretudo, pela elevação média de preço dos subgrupos serviços domésticos e conservação (7,50%), aluguel (6,45%) e artigos de limpeza (5,62%). Na comparação entre os meses de junho e julho, a variação foi de 0,39% e neste ano acumula expansão de 2,75%.
A categoria de despesa transportes também teve expressiva participação no resultado do ICVM. No intervalo de 12 meses, o grupo demonstrou elevação de 7,07% devido a disparidade do preço dos combustíveis. Colheita com baixa produtividade e opção pela produção de açúcar são alguns dos fatores responsáveis pela oferta insuficiente de etanol, que registrou alta de 35,65% no período. Já a gasolina apresentou elevação de 10,12% nos últimos 12 meses. Em julho, o etanol e gasolina apresentaram variações de 4,89% e -0,48%, respectivamente.
Nos gastos com educação, os cursos adicionais (8,85%) e regulares (6,94%) influenciaram o acumulado de 6,92% nos últimos 12 meses, um dos três principais responsáveis pela alta do ICVM no período. Os reajustes semestrais das faculdades impulsionaram o resultado do indicador em julho com variação de 0,20% e, neste ano, o grupo acumula alta de 6,69%.
Já no subgrupo saúde, a alta de 7,42% nos últimos 12 meses, foi justificada pelos reajustes autorizados pela ANS (Agência Nacional de Saúde). O preço das consultas médicas encareceram 13,77% no intervalo e esses dois itens impulsionaram a alta de 6,61% para o grupo Saúde entre agosto de 2010 e julho de 2011. Neste ano, a alta para essa classe de despesa foi de 4,88% e 0,60% em julho.
No subgrupo despesas pessoais, em 12 meses houve elevação de 10,90%, com alta dos serviços como cabeleireiro, alfaiate, costureira e sapateiro. No ano, o acumulo registrado é de 4,68%.
As liquidações que geralmente ocorrem entre os meses de julho e agosto atraem os consumidores pelos preços mais convidativos. Apesar disso, os valores praticados em 2011 ante igual período do ano passado estão 4,38% maiores no grupo vestuário. A classe de despesa demonstra variação de -067% em julho, puxado pela baixa dos valores de roupa feminina (-1,52%), masculina (-0,81%) e infantil (-0,0,3%).
O ICVM do município de São Paulo é composto por sete itens: habitação (com peso de 32,4% na composição), transportes (18,2%), alimentação (17,8%), despesas pessoais (12,2%), saúde (8%), educação (6%) e vestuário (5,4%).
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