A morte da juíza Patrícia Acioli, da 4ª Vara Criminal, de São Gonçalo, na noite do dia 11, quando chegava em casa, no bairro de Piratininga em Niterói, constata a necessidade de políticas públicas na área da segurança. Uma magistrada não pode ser morta por exercer seu trabalho. Foram “21 tiros no peito da justiça”, como nós cidadãos podemos dormir em paz, se nem a própria justiça escapa da ação de criminosos.
A magistrada condenou gente ligada à máfia do óleo, máfia das vans, milícia de São Gonçalo que estava crescendo absurdamente, policiais envolvidos com desvio, corrupção e tráfico de drogas. São Gonçalo é um município com cerca de 1 milhão de habitantes e, infelizmente, ainda não recebeu nenhuma Unidade de Polícia Pacificadora, UPP, em contrapartida, a cidade do Rio de Janeiro já recebeu 18 unidades. O município ainda aguarda a promessa do Governo do Rio de instalação de 2 UPPs, uma em Jardim Catarina, comunidade que chega a lucrar 600 mil reais com tráfico de drogas por mês e a outra no Salgueiro, onde as drogas geram 500 mil reais mensalmente.
De acordo com levantamentos realizados pela Central do Disque-Denúncia, o crime mais denunciado pelos moradores de São Gonçalo é o tráfico de drogas, com 1.990 denúncias, o correspondente a 35% das informações encaminhadas ao serviço. Os outros delitos que aparecem entre os mais denunciados são barulho, estelionato, homicídio, além de informações sobre a localização de foragidos da Justiça.
A segurança pública é um assunto muito sério e deve ser prioridade no estado do Rio de Janeiro. Quando municípios como São Gonçalo e Duque de Caxias, além de outros, serão beneficiados também com as Unidades de Polícia Pacificadoras? Todos nós, cidadãos, temos direito a segurança, temos direito a nossas vidas intactas.
Deputada Federal Andreia Zito
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