A Polícia Civil do Rio identificou três adolescentes de 16 anos de idade, dois deles moradores de São Paulo e outro de Assis (SP), como os responsáveis por invadir o site da Polícia Militar (PM) do Rio, subtrair e divulgar dados de policiais militares, na noite de 14 de setembro passado.
Agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) estiveram nesta quarta-feira, 25, em São Paulo, onde os jovens foram ouvidos e autuados por fato análogo ao crime de invasão de dispositivo informático, previsto no artigo 154-A, parágrafos 3º e 4ª, do Código Penal.
Se não fossem menores de idade, os três poderiam ser condenados a até 3 anos e 4 meses de prisão. Caso sejam condenados a cumprir medida socioeducativa, poderão ficar até três anos internados em unidade de recuperação para menores.
Os policiais apreenderam os computadores, que foram levados para o Rio, onde serão submetidos a perícia. Os adolescentes permanecem livres.
Segundo o delegado Gilson Perdigão, titular da DRCI, os três rapazes são estudantes de classe média e se conheciam apenas virtualmente. Dois deles administram o perfil Anoncyber & Cyb3rgh0sts. Eles alegaram ser contra a ação da PM do Rio durante as manifestações. Por isso, iniciaram uma pesquisa na internet e, após várias tentativas, conseguiram invadir o site e vazar as informações.
Um dos adolescentes, morador da Vila Aliança, na zona leste de São Paulo, criou um programa, baixou os arquivos e os hospedou em um site da Nova Zelândia, para dificultar a localização do IP (código que identifica o computador).
Depois,ele compartilhou o link no perfil do Anoncyber & Cyb3rgh0sts. O outro adolescente paulistano, morador do Grajaú (zona sul), usou a mesma ferramenta para baixar os dados do site, mas não chegou a divulgar as informações. Já o morador de Assis tentou a invasão, mas não conseguiu.
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