Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo com base nos dados do Centro de Referência e Treinamento (CRT) em DST/Aids, unidade da pasta na zona sul da capital paulista, aponta que quanto maior o nível de escolaridade, maior é a procura por testes gratuitos de HIV na rede pública.
Das 5,6 mil pessoas que realizaram exames no CRT em 2011, 45,9% declararam ter estudado 12 anos ou mais, com ensino superior completo, e 37% estudaram durante oito a 11 anos. Apenas 6,9% dos que fizeram o exame estudaram por sete anos ou menos, o que significa não ter concluído nem mesmo o ensino fundamental. Os demais não souberam informar por quanto tempo estudaram.
Segundo Maria Filomena Cernicchiaro, gerente de Assistência do CRT, traçar o perfil do público que busca o teste de HIV é fundamental para que se o centro possa aperfeiçoar seu trabalho de abordagem, especialmente do público com baixo nível de escolaridade.
“É importante reforçar e aperfeiçoar o trabalho educativo, atraindo o público menos escolarizado, antes que os pacientes fiquem doentes, porque o diagnóstico precoce da infecção pelo HIV permite planejar melhor o tratamento dos pacientes, garantindo melhor qualidade de vida”, diz.
A Secretaria promove anualmente campanhas de testagem nos municípios paulistas. Em novembro do ano passado cerca de duas mil unidades de saúde em todo o Estado realizaram, durante uma semana, mais de 100 mil exames em 455 municípios paulistas. Além disso, o teste de HIV está disponível na rotina dos Centros de Aconselhamento e Testagem espalhados pelo Estado, e é oferecido gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
O estudo também aponta que 75% dos homens e 72% das mulheres que procuraram o serviço tinham entre 20 e 34 anos. O que já era esperado pela assistência da unidade, por ser a faixa em que há maior variação de parceiros, normalmente.
Ainda segundo os dados, em 54,12% dos casos, o motivo da procura foi a exposição a situações de risco. A justificativa mais comum para o não uso do preservativo foi a confiança no parceiro, citada por 7,34% dos que declararam ter parceiros eventuais e por 30,98% dos que declararam ter parceiro fixo. Para Maria Filomena, os dados mostram que o uso do preservativo ainda é um tabu por ser vinculado à infidelidade. “Nós sempre orientamos as pessoas que têm parceiros fixos a conversarem e proporem com tranquilidade o uso de preservativo caso haja relação com parceiro eventual”, disse.
A relação completa das unidades que oferecem testes gratuitos de HIV no Estado pode ser encontrada no site do Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP, no link Serviços DST/Aids, clicando em “Onde Fazer o Teste de HIV?”.
O Blog do Guilherme Araújo é um canal de jornalismo especializado em politicas publicas e sociais, negócios, turismo e empreendedorismo, educação, cultura. Guilherme Araújo, CEO jornalismo investigativo - (MTB nº 79157/SP), ativista politico, palestrante, consultor de negócios e politicas publicas, mediador de conflitos de médio e alto risco, membro titular da ABI - Associação Brasileira de Imprensa.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Pessoas com nível superior são as que mais procuram exame que pode detectar o vírus da Aids, diz pesquisa Estudo vincula escolaridade a interesse por teste preventivo de HIV. Pessoas com nível superior são as que mais procuram exame que pode detectar o vírus da Aids, aponta levantamento da Secretaria.
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