Pedro Bial passou a maior parte do “BBB 11” em voto de silêncio. A nove dias da final do programa, o apresentador fala pela primeira vez sobre o jogo, se derretendo por Maria, alertando sobre a inteligência de Rodrigão e lembrando Ariadna, ainda a maior polêmica desta edição.
Qual é a principal característica desta edição que a difere das outras?
O “protagonismo” feminino, talvez. Mulheres proativas, como Talula, mulheres “inventadas”, como Ariadna, mulheres autossuficientes, como Diana, mulheres precoces, como Adriana, mulheres orgulhosamente negras, como Janaína e Jaque, mulheres com vocação de comando, como Natália, mulheres gordas e sensuais, como Paulinha. Mulheres que não encontraram parceiros, pelo menos não aos olhos do público, que detonou todos os casais, menos um, até agora. E a mulher Maria, a estrela da edição.
Você também está apaixonado pela Maria?
Eu diria que também fui levado pela maré de encantamento que arrasta o público a cada olhar, jeito ou trejeito de Maria. No momento, o sorriso de Maria tem a potência de mil watts e preenche a telinha com uma luz doce, irresistível. Apaixonado, não, imagina!
Só a beleza explica o fato de Rodrigão voltar de todos os paredões?
Não! Rodrigão não é nada bobo, tem senso de humor, além de ter grande espírito esportivo – tem a maior paciência comigo e minhas zoações -, é bem mais inteligente que parece. Como foi o primeiro e único sabotador bem-sucedido, foi obrigado a começar jogando pesado e isso é um fardo que carrega até hoje. Além de bonito, ganhou esse charme do segredo que deve guardar – o público pode nem se lembrar, mas parte da aura de mistério de Rodrigão pode bem vir de seu “pecado original” de sabotador.
Qual foi a maior surpresa e a maior decepção do programa até agora?
A surpresa, Maria. Decepção, Michelly.
Quanto de fôlego você acha que o formato do “Big Brother Brasil” ainda tem? Existe “BBB” sem Bial?
Claro que existe “BBB”sem Bial! Não sei quanto fôlego ainda tem o formato, acho que cada ano aprendemos, com os erros e acertos, e o programa vem mudando com o tempo. Essa pergunta não me era feita há anos! Nas primeiras 4, 5 edições, foi a pergunta mais repetida. É uma super vitória profissional terminar o “BBB 11”, fazendo planos para o “BBB 12”.
O "BBB 11" foi marcado também pela força das mulheres e uma certa apatia dos homens. Faltaram homens de personalidade mais forte?
Não creio que tenha sido um problema de personalidades fortes. O Diogo, o Lucival, o Daniel, o Rodrigão têm personalidades fracas? O lance é, às vezes, meio “lei da selva”, sobrevive o que se adapta melhor, não o mais forte. E, mais importante: a consolidação e afirmação da diversidade de orientações sexuais na escalação do programa já compensariam um elenco masculino sofrível.
Você acha que o público rejeitou Ariadna? Na sua opinião, ela usou a estratégia certa dentro da casa?
Ao contrário, o público ficou fascinado por Ariadna, mas o transexualismo é um assunto tão complexo que quando o espectador e a mídia se recuperaram do choque inicial e arrumou-se coragem para tentar olhar e entender, ela já tinha sido eliminada. Não posso julgar Ariadna e sua estratégia, a posição dela era muito delicada, dificílima.
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