A Embaixada americana decidiu trocar o local onde, domingo, o presidente Barack Obama vai discursar no Rio. O evento foi transferido da Cinelândia, em área a céu aberto, pelo Teatro Municipal — num petit comité para 2.300 convidados. A decisão foi tomada nesta quinta-feira, um dia antes de Obama endurecer o discurso contra o líder da Líbia, Muammar Kadhafi, ameaçando-o com uma ação militar, caso o ditador não parar de atacar rebeldes.
Apesar da “concidência”, a Embaixada americana não confirmou se esse era o motivo. Em um comunicado, disse vagamente que foi “devido a uma série de preocupações sobre a realização do evento ao ar livre”.
Havia dez dias, os agentes de segurança americanos vinham fazendo verreduras dentro da Câmara dos Vereadores do Rio e do Teatro Municipal. Eram duas as possibilidades: escolher um local fechado para o caso de uma chuva forte ou escolher um dos edifícios para servir de passagem para Obama até o palco que ficaria na Cinelândia. À medida que o tempo na cidade foi firmando, a primeira opção foi sendo descartada.
Na quinta-feira, a surpresa. Agentes de segurança americanos ligaram para a presidente do Teatro Municipal, Carla Camurati, por volta de 24h. Avisaram que o discurso seria dentro do teatro.
Outra versão foi dada por uma fonte do governo do estado. Segundo ele, a mudança “não se deu por uma questão de segurança”. Obama faria um discurso mais político e, por isso, voltado para um público mais selecionado. Dois agentes de Obama foram vistos comentando que fazer um evento grandioso “seria desrespeitar o povo do Japão”, que passa por uma tragédia natural.
Outra versão é a de que os americanos estariam com os recursos limitados, já que o governo brasileiro não ajudou financeiramente. O discurso na Cinelândia desagradava à presidente Dilma Rousseff, que achava a iniciativa mais marketing pessoal do que missão de trabalho.
Embarque para o Brasil
O presidente americano embarcou rumo ao Brasil nesta sexta-feira, no Air Force One, às 22h32m (horário dos Estados Unidos). Junto com Obama estavam as filhas Malia e Sasha, a primeira-dama Michelle, a sogra Marian Robinson e Kaye Eleanor Wilson, madrinha das crianças.
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