CIDADE DO VATICANO - Em seus primeiros comentários em público sobre a crise na Líbia, o Papa Bento XVI fez um apelo urgente neste domingo para que líderes militares e políticos levem em consideração a segurança dos civis líbios e garantir acesso deles a atendimento de emergência. Bento XVI disse que a explosão de confrontos lhe causou um "grande temor" e que estava rezando pela paz na região. Sem especificar de quais líderes estava falando, o Papa dirigiu seu pedido "àqueles que têm responsabilidade militar e política para levar a sério a segurança dos cidadãos e garantir que eles tenham acesso à ajuda humanitária".
O Vaticano vem se mantendo distante das discussões sobre a resposta internacional à crise líbia e a decisão do Conselho de Segurança da ONU de autorizar o uso da força contra as tropas do ditador líbio, Muamar Kadafi. Na invasão do Iraque em 2003 - última grande intervenção militar de uma coalizão internacional -, o Papa João Paulo II se posicionou enfaticamente contra as ações militares e mandou um enviado a Washington para tentar evitar a guerra.
Nos últimos anos, o Vaticano foi criticado pelo que alguns no mundo árabe consideraram uma interferência em suas questões internas. As críticas mais recentes foram dirigidas ao Papa por ter pedido proteção no país de maioria muçulmana.
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