Dois finalistas do Prêmio T.S. Eliot de poesia se retiraram da disputa alegando discordar do patrocínio do fundo de investimentos Aurum à premiação.
A Sociedade do Livro de Poesia do Reino Unido, responsável pelo prêmio anual, foi buscar patrocínio privado depois de perder verbas do Conselho das Artes da Inglaterra, como parte dos cortes governamentais nos gastos públicos.
O australiano John Kinsella, que havia sido indicado por seu trabalho mais recente, "Armour", desistiu de concorrer alegando que o patrocinador é incompatível com sua posição ideológica.
"Minha política e ética não permitem que eu aceite dinheiro de tal fonte", disse Kinsella à publicação Bookseller. "Entendo plenamente que a Sociedade do Livro de Poesia tenha ido procurar verbas em outro lugar, diante da forma horrenda com que foram tratados, mas, como anticapitalista total, essa é a minha posição."
Ele afirmou não ter objeções específicas ao Aurum, mas acrescentou que os fundos de hedge estão "no extremo mais afiado do capitalismo, se posso dizer dessa forma".
No começo da semana, a poetisa Alice Oswald, indicada pelo livro "Memorial", havia desistido de concorrer ao prêmio alegando as mesmas razões.
Restam agora oito concorrentes ao prêmio de 15 mil libras (23,5 mil dólares), a ser anunciado em 16 de janeiro. Cada finalista recebe mil libras.
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