Uma viagem do marqueteiro Duda Mendonça a Portugal, às vésperas do plebiscito sobre a separação do Pará, gerou rumores de que ele havia abandonado a campanha pela criação dos Estados de Tapajós e Carajás, da qual é um dos coordenadores.
'Só para saberem: o Duda largou a campanha e se mandou para a Bahia', escreveu o deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA), no último domingo, em uma discussão no site de relacionamentos Facebook. Coutinho, secretário da Casa Civil do governo paraense, é um dos líderes da campanha do 'não', que defende a manutenção do território atual do Pará.
As duas frentes que defendem a divisão do Estado divulgaram notas em que negam a saída de Duda Mendonça. João Salame, da frente pró-Carajás, afirmou que a viagem de Duda já estava marcada, pois ele tinha compromissos com um cliente - uma rede de supermercados.
Campanha. Antes de viajar, o marqueteiro - que é criador de gado no sul do Pará e tem interesses na criação de Carajás - colocou o governador Simão Jatene no centro do debate sobre o plebiscito com uma série de ataques à sua postura na época da criação da Lei Kandir. Segundo os separatistas, Jatene, que era secretário do Planejamento, não se mobilizou contra a lei, que isentou de impostos estaduais as exportações de minérios do Pará, uma das principais fontes de receita do Estado na época.
Jatene conseguiu direito de resposta no espaço dos separatistas no rádio e na TV. Em depoimento gravado, acusou 'vendedores de ilusões' de tratar os paraenses como 'galos em uma rinha' - alusão indireta ao episódio em que Duda foi detido pela Polícia Federal por envolvimento com uma rinha de galos.
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