Os esforços para resfriamento dos reatores nucleares da usina de Fukushima Daiichi não estariam dando o resultado esperado, segundo informou, extraoficialmente, a agência Kyodo de notícias. De acordo com o informe, os níveis de radiação não teriam baixado, apesar do uso de helicópteros militares, que jogam água do mar sobre quatro dos seis reatores do complexo atômico, localizado no nordeste do país, região fortemente atingida pelo terremoto, seguido da tsunami, na última sexta-feira.
A operação de emergência tem como objetivo evitar o colapso de reatores da usina nuclear, evitando a fusão de seus núcleos. Os helicópteros lançam a água diretamente sobre a área dos reatores. Um caminhão-cisterna também joga água nos reatores 3 e 4 do complexo. A preocupação da agência de segurança do Japão também se estende, agora, ao reator 5.
As piscinas dos reatores estão com os níveis de água muito baixos, o que pode levar ao superaquecimento e à liberação de material radioativo para a atmosfera.
O reator 3 é o caso mais delicado, porque usa plutônio como combustível, e não urânio, como os outros da usina. Em cada voo, um helicóptero lança até 7.500 litros de água do mar. Segundo especialista ouvido pela rede de TV NHK, seria preciso repetir a ação por pelo menos 100 vezes, para tentar obter o resultado esperado.
Um responsável pela agência de segurança do Japão afirmou, ainda, estar em andamento a construção de uma nova linha de transmissão elétrica para restaurar a energia e, assim, religar as bombas d’água para o resfriamento dos reatores. Mas não se espera que isso aconteça imediatamente.
Desde sexta-feira passada, três explosões e dois incêndios nos prédios dos reatores elevaram os riscos de um acidente sem precedentes em usinas nucleares japonesas, obrigando o governo a determinar a retirada da população vizinha à usina num raio de 20 quilômetros. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), os núcleos dos reatores 1, 2 e 3 sofreram danos.
Informe das agências internacionais:
- A rede de TV japonesa NHK noticiou que foi identificado um foco de gripe aviária, sem, no entanto, dar sua localização exata.
- Cortes de energia preocupam os japoneses, que enfrentam intenso clima frio no país.
- Por enquanto, o governo japonês não pretende ampliar o raio de exclusão da usina nuclear de Fukushima, estabelecido em 20 quilômetros do complexo.
- No último balanço feito pela polícia japonesa, no início da tarde desta quinta-feira (hora local, início da madrugada no Brasil), havia 5.198 mortos pelo terremoto seguido da tsunami e 8.600 pessoas desaparecidas.
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