A Secretaria estadual de Saúde instalou ontem um gabinete de crise no Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, em Caxias, considerado uma unidade de referência no tratamento de traumas. A auditoria da secretaria acontece após, em apenas três dias, uma idosa viva ter sido dada como morta, uma paciente morrer 12 horas após ser liberada pela equipe médica e um idoso morrer na porta da emergência à espera de socorro.
A minha tolerância a erros no atendimento de pacientes é zero, afirmou o secretário estadual de Saúde Sérgio Côrtes.
O hospital passará por uma auditoria, principalmente, no que se refere aos prontuários dos pacientes. Isso porque a secretaria identificou que no caso da idosa Rosa Maria Celestino de Assis, que foi encontrada viva, depois de ter sido dada como morta na sexta-feira, o prontuário não estava preenchido.
Responsável pela auditoria, a superintendente de Unidades Próprias, Valéria Moll, criticou o fato.
Isso é um erro grave. Os prontuários do último mês serão analisados por amostragem, afirmou.
De acordo com o diretor da unidade, Manoel Moreira, a superlotação contribui para os problemas:
Do mês passado para cá, houve um aumento de 20% nos atendimentos devido a problemas em outras unidades da Baixada. Tivemos informações de que algumas fecharam. Estamos atendendo o dobro da capacidade diária.
A equipe da Ouvidoria permanente da Secretaria estadual de Saúde no hospital foi reforçada por mais quatro funcionários. O objetivo é ouvir as reclamações de pacientes e familiares e identificar problemas no atendimento. No entanto, por falta de divulgação, na manhã de ontem, parentes de pacientes ainda reclamavam do atendimento.
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