RIO - As
declarações polêmicas do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), que no programa CQC, da Band, na segunda-feira, atacou negros e homossexuais, causaram repúdio de boa parte da população e de alguns parlamentares. Se por um lado,
o líder do governo na Câmara, deputado federal Cândido Vaccarezza, se manifestou e chamou Bolsonaro de estúpido, por outro lado, o deputado do PP parece ter conseguido alguns adeptos. É o caso do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), que nesta quinta-feira publicou, em sua
página no Twitter , comentários preconceituosos.
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"Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é a polemica. Não sejam irresponsáveis twitters rsss", disse Feliciano no microblog.
Sou contra atos públicos, a promiscuidade que fere os olhos dos nossos filhos e não contra o ser humano
Num outro post, o deputado foi ainda mais longe em seu discurso repleto de referências bíblicas e afirmou: "A maldição que Noé lança sobre seu neto, canaã, respinga sobre continente africano, daí a fome, pestes, doenças, guerras étnicas!".
Já em relação aos homossexuais, ele publicou o seguinte: "A podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam ao ódio, ao crime, a rejeição".
Em seguida, o deputado postou mensagens afirmando que está sendo mal interpretado e acusado de racismo. E conclama "Bora cristãos! Mostremos nossa união e nossa força. Retuitem isso: Amamos os homossexuais mas abominamos suas praticas promiscuas!"
Nesta quinta, por telefone e por meio de nota, o deputado afirmou que apenas usou a rede para fazer afirmações teológicas e que não é racista, nem fundamentalista em relação aos homossexuais. Apesar de a mensagem ter sido postada na semana da polêmica, ele garante que foi uma triste coincidência.
- Não sou homofóbico. Se meu patrão, que é Deus, dá livre arbítrio, quem sou eu para julgar? Sou contra atos públicos, a promiscuidade que fere os olhos dos nossos filhos e não contra o ser humano. Algumas pessoas não sabem dialogar ao nível do intelecto - disse Marco Feliciano.
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