GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

'Até depois de morto estarei em turnê', garante Ozzy Osbourne

Ozzy Osbourne/Foto: Marcos Alves, Agência O Globo

SÃO PAULO - Depois de iniciar em Porto Alegre a turnê “Scream” pelo Brasil, Ozzy Osbourne deu uma coletiva à imprensa em São Paulo nesta sexta-feira. Antes do “príncipe das trevas” entrar na sala, seu produtor pede aos jornalistas que não coloquem gravadores sobre a mesa. Explica que o risco é grande do roqueiro derrubar e quebrar tudo. Desbocado, Ozzy diz que o ponto alto de sua carreira foi sobreviver aos anos loucos. Lembra da emoção que sentiu ao cantar no Rock in Rio em 1985 (“maior palco e público que já tive”), tira onda com Lady Gaga e Justin Bieber e renova as esperanças dos fãs de uma volta do Black Sabbath. Confira abaixo os melhores momentos da entrevista, que durou pou mais de 20 minutos. “Scream” passa por São Paulo, no dia 2, Brasília, em 5 de abril, Rio de Janeiro, no dia 7, e termina em Belo Horizonte, em 9 de abril.


Depois de 42 anos de carreira, o que você ainda sonha em realizar?
OZZY OSBOURNE - Quero continuar produzindo discos, mesmo com a indústria musical em declínio por causa da internet e de downloads ilegais. Mas o que gosto mesmo é de fazer música ao vivo.
A turnê “Scream” é a sua despedida dos palcos?
OZZY OSBOURNE -Não. Mesmo depois de morto, vou estar em turnê.
Pensa em voltar a fazer televisão?
Não. Odeio TV.
Como foi fazer o reality show “The Osbournes”
Ter câmeras 24 horas por dia em sua casa deixa qualquer um louco. As crianças estavam com problemas com drogas, minha mulher teve câncer. Como não enlouquecer?
Que recordação tem de seu show no Rock in Rio em 1985?
Esqueci de muitas coisas, mas jamais esquecerei este show. Lembro perfeitamente. Foi um dos maiores palcos e um dos maiores público de minha vida. Os brasileiros são apaixonados por música.
Quais foram os pontos altos e baixos de sua carreira?
O ponto alto foi sobreviver. Não bebo, não uso drogas e não fumo mais. Mas não sei como sobrevivi aos anos loucos. Foram importantes, inesquecíveis. Agora controlo minha loucura. Há muitos momentos que eu gostaria de apagar.
Quais?
Não lembro.
Como surgiu a ideia de escrever uma coluna como Dr Oz, respondendo perguntas de leitores no “The Times”?
Foi uma brincadeira. Não quero mais fazer, com todo o barulho e repercussão que causou. Percebi que sabia todas respostas para as perguntas que leitores mandavam aos colunistas ingleses. De tipo: “eu e minha mulher não fazemos mais sexo. O que faço?”. A resposta é fácil: “arrume uma namorada”. Se vocês leem o Times, por favor, não levem o que escrevo a sério.
Como conciliar vida em família e a carreira de astro de rock?
É uma pergunta para o Dr Oz? Quando estou em casa, tudo que faço é recolher merda de cachorro. Aqui, entre vocês, sou um rei. Sou só um cara normal, tentado levar uma vida normal. A única regra que sigo sempre é respeitar meus fãs.
O rock encaretou?
Faço isso há 42 anos, já vi muita coisa mudar, com a tecnologia substituindo instrumentos. Não sei quem vai nos substituir daqui a 42 anos. Não acredito que Justin Bieber ainda estará por aqui. Mas sempre haverá lugar para o velho e bom rock'n'roll.
Você leu a biografia do Keith Richards (guitarrista dos Rolling Stones)? Quem é mais louco, você ou ele?
Não li, até porque a biografia de roqueiros é basicamente a mesma: todos quase morreram, amam o que fazem e têm o mesmo estilo de vida. E isso de ser mais ou menos louco não é uma competição. Mal conheço Richards, só um vi uma vez rapidamente. Os dois são loucos.
Existe a possibilidade da volta do Black Sabbath?
A possibilidade existe, mas para quando não sei.
Por que o set list de sua turnê tem privilegiado canções do Black Sabbath?
Se eu fosse cantar tudo o que me pedem, um show meu teria que durar cinco dias. São mais de 40 anos de música. Tento fazer um repertório que tenha de tudo um pouco.
Planeja surpresas para os próximos shows no Brasil?
Surpresa será se eu conseguir fazer todos os shows e sobreviver. Minha banda está sempre preparada para tocar coisas diferentes. A set list é minha rede de segurança, mas posso mudar e surpreender a mim mesmo.
É verdade que você se submeteu a um mapeamento genético? Qual foi o resultado?
Deu que sou louco. Minha mulher, Sharon, é obcecada por esse tipo de coisa, porque o pai dela teve Alzheimer e ela faz de tudo para descobrir se temos esse gene. Não quero nem saber quando e de quê vou morrer. E se por acaso descobrir onde vou morrer, garanto que não irei para lá.
Você costuma ouvir novos artistas?
Não ouço Justin Bieber, se é isso o que você quer saber. Na verdade, ouço todos os tipos de música. Por um tempo estive a p. da, como é mesmo o nome dela? Lady Gaga. Estive com ela na cabeça, mas agora não, porque ela está chata pra c.

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