GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Câncer de Lula estimula conciliação com FHC

Os dois maiores líderes políticos do Brasil contemporâneo, que a vida política manteve no mesmo campo de atuação apenas por alguns instantes históricos, agora, finalmente, estão em condições de se reaproximarem.
Nos últimos 16 anos, Fernando Henrique Cardoso, o maior ídolo dos tucanos do PSDB, presidente da República entre 1995 e 2002, e Luiz Inácio Lula da Silva, 'dono' do PT e presidente entre 2003 e 2010, tiveram apenas um encontro, o mais protocolar de todos – quando o primeiro colocou a faixa presidencial sobre o ombro do segundo. Nem pessoalmente, nem por telefone, e-mail ou intermediários eles se falaram depois. Tiveram, simplesmente, o chamado contato zero, cada um no seu quadrado, como se diz hoje.
"Ele nunca me convidou para ir até lá", registrou Lula, num programa Roda Viva, perguntado se o então presidente FH o chamara para alguma conversa em palácio. "Jamais tive dele um telefonema sequer", ecoava, anos depois, em Paris, o Fernando Henrique que acabara de deixar a Presidência da República para Lula.
Nem sempre, porém, houve toda essa frieza e distância. Corria o ano de 1978, em São Paulo, quando, então candidato ao Senado pelo PMDB, Fernando Henrique recebeu o apoio luxuoso de Lula num ato de panfletagem de sua candidatura. Àquela altura à frente do sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo, e já consolidado como o maior líder de massas do País, Lula aceitou a tarefa na tentativa de ajudar FH. Os homens que chegariam, um após o outro, à Presidência, haviam subido no mesmo palanque, no ano anterior, entre as lideranças da campanha Diretas Já. E, praticamente, isso foi tudo que se registra como pontos de unidade de ação entre eles.
Oriundos de classes sociais diferentes, um torneiro mecânico, outro intelectual de classe internacional, com visões de mundo absolutamente díspares, Lula e Fernando Henrique passaram a cultivar a crença de que, distantes um do outro, assim se fortaleceriam. Lula foi talvez o maior crítico dos anos FH, que, por sua vez, tornou-se o grande comentarista do que via de negativo na gestão do antigo sindicalista.
No atual momento, entretanto, em que Lula descobriu e passa a enfrentar um câncer na laringe, Fernando Henrique foi um dos primeiros a se pronunciar em solidariedade ao velho adversário. "Desejo o pronto reestabelecimento dele e, assim que Lula estiver atendendo telefonemas, pretendo dizer isso pessoalmente a ele", registrou o ex-presidente sociólogo. Sabe-se que Lula reagiu bem ao gesto de FHC. Já há quem trabalhe para que o telefonema anunciado por Fernando Henrique aconteça o quanto antes – e seja sucedido, finalmente, pelo encontro pessoal que só faria bem não apenas para ambos, mas para todo o Brasil.

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