Deise é mulher de Celsinho da Vila Vintém, que está preso. Com mais liberdade de ação, ela faz valer nas ruas as ordens do traficante. Um do exemplo é o assassinato de Renato Cardoso Quezado, de 26 anos, e Leandro Rodrigues de Almeida, de 29. Este último era sobrinho de Celsinho da Vila Vintém, apontado como o mandante do crime, juntamente com Deise.
O crime aconteceu no dia 21 de maio de 2010, por voltas das 16h30m, na Rua Professor Carvalho e Melo, próximo à favela do Fumacê, em Padre Miguel. A polícia recebeu informações de que os dois estariam tentando dar um "golpe de estado", assumindo o comando na Vila Vintém.
Na decisão proferida pela juíza Elizabeth Louro, Deise e Celsinho são apontados como criminosos de alta periculosidade. De acordo com o despacho da juíza, ambos comandam o tráfico de drogas da comunidade, dando ordens a seus subordinados para que sejam executados todos os que, de alguma forma, possam ameaçar seus poderes dentro da favela.
Foi o que aconteceu com Leandro Rodrigues. Deise, de acordo com investigações da polícia, teria assumido o comando do tráfico na região desde que o traficante Marcus Vinicius Martins Vidinhas Junior, o Palhaço, ex-genro de Celsinho, também tentou enganar o chefe, sendo obrigado a fugir logo em seguida. Ele foi preso em dezembro de 2010.
Durante as investigações realizadas pela Polícia Civil, testemunhas relataram terem sido ameaçadas por bandidos a serviço do Deise e Celsinho. Várias delas, que tiveram de deixar às pressas suas casas na Vila Vintém, afirmaram que as mortes de Leandro e Renato teriam servido como exemplo de intimidação.
A mulher de Celsinho chegou a ter um pedido de habeas corpus negado pelo desembargador Cláudio Dell’Orto em 9 de agosto de 2010. Uma das alegações do magistrado foi a de que, apesar de Deise afirmar ser ré primária e ter residência fixa, nunca foi encontrada em casa, estando em local desconhecido do juízo criminal.
Operações
Em dezembro de 2010, agentes da Polinter, com apoio de outras delegacias, fizeram várias operações na Vila Vintém. O objetivo era cumprir alguns mandados de prisão por tráfico de drogas. Deise era um dos principais alvos.
Testemunhas relataram aos policiais que Deise mudou sua rotina após o início das operações na comunidade. Ela não tem sido vista com tanta frequência. Mas continua inspirando terror.
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