— Gosto de estar de preto hoje, me vestir toda de estampado amanhã, usar branco num outro dia, ou uma roupa mexicana, indiana... Acho não só divertido como bonito. A liberdade é a coisa mais chique que tem — afirma Regina, frequentadora assídua tanto da Saara quanto dos badalados endereços de compras no exterior: — Poder usar uma roupa da Saara e um terninho Armani, e ser a mesma pessoa, é tudo. É a mesma coisa que morar num condomínio no Leblon e subir a favela. Mas milhares de pessoas não fazem isso. E várias pessoas que moram na favela não têm coragem de entrar num shopping, numa loja chique. Mesmo quando eu não tinha dinheiro, ia em tudo que era loja, experimentava, olhava, perguntava quanto era. Mas era bem maltratada com essa cara de pobre! (risos)
Dificilmente separada do estereótipo de "mulher do povo", é frente a frente com a carioca, que fica claro de onde vem esse título. A todo momento, Regina faz questão de lembrar que ela é da rua, da comunidade, da praia... Uma pessoa sem frescuras.
— No dia em que não puder ir à Saara, ao Engenhão ver o jogo, à feira, largo de ser artista no dia seguinte. Não ando com seguranças nem tenho carro com aquele troço preto no vidro. Ando na rua normalmente. Todo mundo vem em cima mesmo e, quando enche, grito: ahhh! Pronto!
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