O jogo entre Fluminense e Santos, hoje, às 18h, em Volta Redonda, está diretamente conectado a uma dupla de astros de universos diferentes. Primeiro, Justin Bieber, que se apresenta no Engenhão na próxima semana e forçou a transferência do confronto para o estádio Raulino de Oliveira. Depois, o ídolo esportivo Neymar, que ontem causou histeria no aeroporto Santos Dumont e, hoje, é a grande estrela em campo. E estará também no centro das atenções no Rock In Rio, que prestigiará à noite.
— Nós adoramos o Neymar, fazemos tudo mesmo para vê-lo: os jogos, vamos aos aeroportos — confessam as estudantes Vanesa Perez, Beatriz Justo e Maryane Santos.
Principal sensação do futebol brasileiro no momento, o jovem craque de 19 anos atraiu dezenas de fãs ao rápido desembarque do Peixe, no Rio de Janeiro, antes de partir para Volta Redonda. Muito assediado, não falou com a imprensa e sequer pôde distribuir autógrafos: puxado e agarrado por todos os cantos, precisou correr, fortemente escoltado por seguranças, para entrar inteiro no ônibus do clube.
Fenômeno da internet
Tamanha idolatria, em um mundo já informatizado, se reflete na grandiosidade da "Neymarmania" na internet: quando é digitado o nome do craque no Google.com, o site retorna 30,7 milhões de resultados — mais que Romário, Rivaldo, Rivellino, Zico e Garrincha juntos, ícones que participaram dos cinco títulos mundiais da seleção brasileira. Só Messi, com seus 164 milhões, continua em um patamar diferenciado.
Para efeito de comparação, a circulação do nome Neymar, hoje, é próxima à do nome de Dilma Rousseff (37,2 milhões), a presidente do Brasil. Já na briga com Justin Bieber, uma poderosa derrota: o jovem músico canadense, que começou a fazer sucesso pelo Youtube, está em 338 milhões de páginas virtuais.
O quintal de Abel
Abel Braga, Fluminense e Volta Redonda. A combinação desses três elementos, na maioria das ocasiões, gera bons sentimentos para a torcida tricolor. Desde 2005, quando o clube teve que jogar várias vezes pelo Campeonato Brasileiro no Raulino de Oliveira por causa de obras no Maracanã, o técnico Abel Braga colecionou bons resultados.
Se juntarmos as 21 partidas daquela temporada com as duas de 2011, o comandante e o Fluminense registram 23 jogos, com 12 vitórias, cinco empates e seis derrotas. E a aceitação dos torcedores da Cidade do Aço também é positiva, pois o público costuma comparecer em bom número.
No levantamento geral, o Tricolor das Laranjeiras já atuou no Estádio da Cidadania em 68 oportunidades, com 40 vitórias, 16 empates e 12 derrotas. O aproveitamento dos pontos disputados pelo Fluminense é de 66% até o momento.
Conhecedor dos aspectos negativos e positivos do acanhado estádio, Abel espera que o apoio intenso dos torcedores seja o mesmo de outras oportunidades.
— A torcida nos ajuda muito aqui até pela proximidade da arquibancada com o campo. Mas será um jogo muito duro — disse o técnico, que só se preocupa com o estado ruim do gramado.
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