SÃO PAULO — O deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, lançou neste sábado sua pré-candidatura pelo PDT à prefeitura de São Paulo durante a convenção estadual do partido. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, fundador do PSD, e o ministro Carlos Lupi (Trabalho) estiveram no evento.
Kassab afirmou que teria "orgulho de passar o bastão" a Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, na corrida à eleição paulistana. No entanto, em entrevista coletiva, o prefeito disse que o candidato de sua preferência é o ex-governador José Serra do PSDB. O PSD de Kassab ainda apoiaria outros possíveis candidatos, como o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e o vice-governador Guilher Afif Domingos, agora no PSD.
— O problema é que eles (Serra, Aloysio e Afif) não querem ser candidatos — disse Kassab, no evento do PDT.
Paulinho disse ter se reunido nos últimos dias com Kassab e representantes de um conjunto de partidos para tentar tentar definir uma aliança para as eleições de 2012. Entre os partidoss estariam o PV, o PR e o PCdoB. Este último, no entanto, já avisou que quer um candidato próprio, o vereador Netinho de Paulinho, candidato derrotado ao Senado no ano passado.
— Falei com o prefeito (Kassab) e estou colocando o meu nome. Mas só vamos decidir isso, o melhor nome, em junho — disse Paulinho.
O PSD discute internamente se lançará ou não candidato próprio. O vice-governador Guilherme Afif Domingos está entre os indicados.
Crise no PSDB
Kassab também tentou ser diplomático ao tratar da crise entre o senador Aloysio e o PSDB. Na sexta-feira, o tucano desabafou no microblog Twitter, argumentando que não havia sido lembrado no programa estadual do partido. Reclamou também que nem José Serra fora mencionado.
Kassab disse que não vai procurar o senador para lhe oferecer espaço no PSD, mas adiantou que "as portas estão abertas". Aloysio nega interesse em deixar o PSDB.
Lupi defende ministério e diz que tem 'coração limpo
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse que as denúncias feitas pelo PSDB contra o ministério, de que haveria aparelhamento e direcionamento de verbas, tem viés eleitoral.
— É claro que é isso. Eu costumo dizer que não tenho as mãos limpas porque as mãos a gente lava com sabão. Eu tenho um coração limpo — disse o ministro, para quem as acusações não devem afetá-lo no governo, nem interferir no desempenho do PDT nas eleições.
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