GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

'A Google é um negócio, não uma igreja', diz especialista

KEN AULETTA: O botão Curtir do Facebook é uma ameaça mortal à Google / Divulgação

Crítico de mídia da revista "New Yorker" há mais de 30 anos, o jornalista Ken Auletta esmiuçou durante dois anos a história da Google, "um dos negócios mais rentáveis, poderosos e estranhos do mundo". O resultado é o livro "Googled" (Agir, 508 páginas, por R$ 64,90), traduzido no Brasil por Débora Chaves, com posfácio de Pedro Doria. Investigando as origens da Google, Auletta leva o leitor a um passeio pela revolução (ainda em curso) digital. A história da maior empresa virtual do planeta serve também para compreender como seu sucesso e crescimento influenciam as chamadas "empresas do mundo real". Em entrevista ao BLOG DO GUILHERME ARAÚJO por e-mail, Auletta diz que a cultura de engenheiros, fonte da ousadia das empresas "pontocom", é também o seu maior defeito. Segundo o especialista, ao mesmo tempo em que esses jovens criam ferramentas capazes de reinventar a maneira como fazemos coisas básicas, eles têm dificuldade em construir relacionamentos de confiança, e em antecipar o que querem os anunciantes ou lidar com o desejo de privacidade de pessoas e governos. Auletta recomenda às empresas de mídia tradicionais que, em vez de cruzar os braços e culpar a revolução digital por seus prejuízos, aprendam a fazer parcerias com empresas de tecnologia como Google, Amazon e Apple, e a ganhar dinheiro com isso. E cita um clássico da sabedoria popular: "Se não pode vencê-los, junte-se a eles".

O que faz a Google ser tão revolucionária?
KEN AULETTA : Antigamente você ia a uma biblioteca ou fazia uma chamada de telefone para obter informações. Hoje, a informação está a seu alcance em meio segundo com uma pesquisa no Google. Quer assistir a um vídeo perdido há muito tempo, o YouTube da Google está a seu alcance. Telefones inteligentes, que estão substituindo os PCs? O Google Android tem a maior fatia de mercado. Está perdido e precisa de direções? O Google Maps está lá. E-mail? O Google Gmail está disponível. E o que é verdadeiramente revolucionário é que tudo é gratuito. A Google faz dinheiro da mesma forma que a TV ou o rádio tradicional: com venda de publicidade.

O que as empresas de mídia tradicionais podem aprender com a Google?
AULETTA : Contratem grandes engenheiros e os deixem fazer perguntas desconfortáveis, tais como: "Por que estamos fazendo as coisas dessa maneira? Por que não podemos ser mais eficientes?" No mundo digital, o engenheiro pode ser um criador de conteúdo. Engenheiros criaram Google, Apple e Facebook. Enquanto passamos duas horas pesquisando no Google, explorando o iPad, ou no Facebook, não estamos lendo um livro ou vendo TV.

Como a Google transforma as empresas do mundo real?
AULETTA: A Google tem perturbado muitas indústrias tradicionais. Cobrando anunciantes só quando usuários clicam na propaganda, ou sendo capaz de precisar a audiência alvo de cada campanha publicitária, a Google transformou a publicidade. Permitindo que os internautas localizem notícias que os interessam, a Google ajuda a enfraquecer os jornais. E a busca Google afugentou as pessoas das bibliotecas. São apenas alguns exemplos de indústrias impactadas por essa gigante e pela revolução digital.

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