As empresas estão aperfeiçoando suas estratégias de comunicação e ampliando o uso das novas mídias. Para convencer os departamentos de marketing a investir mais ainda, o mercado apresenta números bem expressivos: até o final deste ano, mais de 80 milhões de pessoas estarão usando Twitter no Brasil, aproximadamente 800 mil blogs, com mais de 160 milhões de leitores de blogs, num panorama de 53,9 milhões de usuários de internet – 35 milhões deles cadastrados no Orkut.
Com isso, surge um enorme desafio: se o desejo é alcançar a grande massa de pessoas, utiliza-se a TV. Mas, se as empresas desejam atingir os influenciadores, as mídias digitais são o caminho. Nesse novo espaço de relacionamento, onde o fenômeno da difusão instantânea da mensagem estabelece o verdadeiro “time” da informação, milhões de usuários virtuais acabam assumindo as funções de “repórter” e “editor” de conteúdos. Neste momento, por exemplo, podem estar falando mal da sua empresa, de você, da empresa onde trabalho.
E o que fazer? Ser mais rápido, mais eficiente, mais inteligente e saber aproveitar melhor as oportunidades, oferecendo o outro lado da informação. A instantaneidade exige gestores de informação conectados com diversos grupos sociais, monitorando os conteúdos e respondendo a eles, de forma a não deixar margem para que inverdades circulem pela rede de relacionamentos sociais sem que oficialmente nada seja dito. Continua valendo a velha máxima: “quem cala, consente”.
Se a sua empresa ainda se comunica com os diversos tipos de públicos de forma convencional, é melhor rever os conceitos, antes que ela não consiga mais acompanhar as novas exigências de comunicação dos clientes, que desejam manter com as organizações um canal mais aberto, franco, multifacetário, rico, interativo, instantâneo e humano. Isso mesmo: humano. As novas mídias, longe de afastar as pessoas, aproximam-nas ainda mais, e se forem bem aproveitadas contribuirão para promover um novo modelo de relações sociais.
Esse novo modo de construir e manter relações sociais e empresariais nos convida a refletir sobre a nossa capacidade técnica e as diversas competências que precisamos desenvolver para compreendermos os perfis dos usuários: estudá-los para melhor atendê-los em suas necessidades, inclusive de informação.
Mais que isso, exige que cada um de nós nos mantenhamos com a mente aberta para novos e intrigantes desafios. Segundo matéria publicada no Correio Braziliense, na edição online do dia 18 de novembro de 2010, para Leonard Kleinrock, professor de informática da Universidade da Califórnia (UCLA) e responsável pelo envio da frustrada mensagem que deu início à revolução da rede mundial de computadores em 29 de outubro de 1969, os próximos anos nos reservam acontecimentos inacreditáveis. Para ele, a web sairá da tela do computador para as paredes de edifícios, escritórios e casas, até chegar às “unhas dos dedos ou aos óculos” dos usuários. Tudo estará baseado na tecnologia integrada, na nanotecnologia, em pequenos sensores que saberão como você é, conhecerão suas preferências e se adaptarão às suas necessidades e aos seus gostos.
Será que estamos prontos para interagir com tudo isso? Será que as empresas estão se preparando para atender às exigências dos clientes nesses novos espaços de comunicação e vendas? E como será possível controlar tudo isso?
Nesse novo campo de relações midiáticas virtuais, surge para a comunicação e para o direito oportunidades de reflexão e ação. Se por um lado as novas mídias vieram proporcionar a “alforria” da liberdade de expressão - já que em muitos ambientes, inclusive corporativos, expressar-se livremente é apenas uma falácia - por outro, fornecem “panos pras mangas” quando o assunto é “controle de informação, de conteúdo”.
Os que defendem uma legislação mais rigorosa e um rígido sistema de controle ignoram que não se pode deter a marcha do progresso, como vimos acima nos prognósticos de Kleinrock. Não sou contra ao surgimento de leis que garantam a sadia liberdade de expressão, mas não concordo que controlar, simplesmente, seja a saída. Ter um controle não é a solução. Podemos avançar e usar melhor as ferramentas disponíveis, nos aproximando ainda mais dos públicos que realmente nos interessam, nos aperfeiçoando para enfrentar cenários mais competitivos, que se modificam sem parar.
Nesse campo diferenciado das relações sociais e empresariais, mais importante que controlar, é conhecer, ouvir, integrar, planejar e se engajar, aproveitando as ferramentas de comunicação interativas disponíveis para fazer muito mais que divulgação: estimular o acesso à informação e gerar conhecimento. Ou será que é melhor viver no Irã, na Coréia do Norte ou na Venezuela, onde tudo é controlado?
Com isso, surge um enorme desafio: se o desejo é alcançar a grande massa de pessoas, utiliza-se a TV. Mas, se as empresas desejam atingir os influenciadores, as mídias digitais são o caminho. Nesse novo espaço de relacionamento, onde o fenômeno da difusão instantânea da mensagem estabelece o verdadeiro “time” da informação, milhões de usuários virtuais acabam assumindo as funções de “repórter” e “editor” de conteúdos. Neste momento, por exemplo, podem estar falando mal da sua empresa, de você, da empresa onde trabalho.
E o que fazer? Ser mais rápido, mais eficiente, mais inteligente e saber aproveitar melhor as oportunidades, oferecendo o outro lado da informação. A instantaneidade exige gestores de informação conectados com diversos grupos sociais, monitorando os conteúdos e respondendo a eles, de forma a não deixar margem para que inverdades circulem pela rede de relacionamentos sociais sem que oficialmente nada seja dito. Continua valendo a velha máxima: “quem cala, consente”.
Se a sua empresa ainda se comunica com os diversos tipos de públicos de forma convencional, é melhor rever os conceitos, antes que ela não consiga mais acompanhar as novas exigências de comunicação dos clientes, que desejam manter com as organizações um canal mais aberto, franco, multifacetário, rico, interativo, instantâneo e humano. Isso mesmo: humano. As novas mídias, longe de afastar as pessoas, aproximam-nas ainda mais, e se forem bem aproveitadas contribuirão para promover um novo modelo de relações sociais.
Esse novo modo de construir e manter relações sociais e empresariais nos convida a refletir sobre a nossa capacidade técnica e as diversas competências que precisamos desenvolver para compreendermos os perfis dos usuários: estudá-los para melhor atendê-los em suas necessidades, inclusive de informação.
Mais que isso, exige que cada um de nós nos mantenhamos com a mente aberta para novos e intrigantes desafios. Segundo matéria publicada no Correio Braziliense, na edição online do dia 18 de novembro de 2010, para Leonard Kleinrock, professor de informática da Universidade da Califórnia (UCLA) e responsável pelo envio da frustrada mensagem que deu início à revolução da rede mundial de computadores em 29 de outubro de 1969, os próximos anos nos reservam acontecimentos inacreditáveis. Para ele, a web sairá da tela do computador para as paredes de edifícios, escritórios e casas, até chegar às “unhas dos dedos ou aos óculos” dos usuários. Tudo estará baseado na tecnologia integrada, na nanotecnologia, em pequenos sensores que saberão como você é, conhecerão suas preferências e se adaptarão às suas necessidades e aos seus gostos.
Será que estamos prontos para interagir com tudo isso? Será que as empresas estão se preparando para atender às exigências dos clientes nesses novos espaços de comunicação e vendas? E como será possível controlar tudo isso?
Nesse novo campo de relações midiáticas virtuais, surge para a comunicação e para o direito oportunidades de reflexão e ação. Se por um lado as novas mídias vieram proporcionar a “alforria” da liberdade de expressão - já que em muitos ambientes, inclusive corporativos, expressar-se livremente é apenas uma falácia - por outro, fornecem “panos pras mangas” quando o assunto é “controle de informação, de conteúdo”.
Os que defendem uma legislação mais rigorosa e um rígido sistema de controle ignoram que não se pode deter a marcha do progresso, como vimos acima nos prognósticos de Kleinrock. Não sou contra ao surgimento de leis que garantam a sadia liberdade de expressão, mas não concordo que controlar, simplesmente, seja a saída. Ter um controle não é a solução. Podemos avançar e usar melhor as ferramentas disponíveis, nos aproximando ainda mais dos públicos que realmente nos interessam, nos aperfeiçoando para enfrentar cenários mais competitivos, que se modificam sem parar.
Nesse campo diferenciado das relações sociais e empresariais, mais importante que controlar, é conhecer, ouvir, integrar, planejar e se engajar, aproveitando as ferramentas de comunicação interativas disponíveis para fazer muito mais que divulgação: estimular o acesso à informação e gerar conhecimento. Ou será que é melhor viver no Irã, na Coréia do Norte ou na Venezuela, onde tudo é controlado?
Autor: Guilherme Araújo
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