GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Mano Menezes pede mais objetividade nas conclusões

Marcos Penido (penido@oglobo.com.br)
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Neymar e Daniel Alves sorriem durante o treino da seleção na Argentina - Foto: AFP

CAMPANA, Argentina - O técnico Mano Menezes vai aproveitar as 24 horas que restam até o jogo contra o Paraguai, sábado, às 16h, em Córdoba, para decidir se vai mexer ou não na equipe que decepcionou na partida de estreia, contra a Venezuela. Mas, independentemente do time que entrará em campo, o treinador fará um pedido especial aos jogadores: que sejam mais objetivos. Foi a forma educada que Mano encontrou para dizer que a seleção brasileira poderia ter vencido na primeira rodada, até com uma certa facilidade, se os atacantes não tivessem “caprichado” nas finalizações.

Sem citar nomes, o recado tem destino: Robinho e Neymar. Os dois perderam gols fáceis por darem um toque pessoal em jogadas em que o mais simples seria o mais eficiente.
- Um pouco mais de objetividade na hora de definir poderia ter ajudado. No primeiro tempo tivemos mais de uma chance de decidir o jogo. Foi no período em que estivemos melhor - disse o técnico.
“Gol é sempre gol”
Mano certamente já falou sobre isto com os jogadores. Tanto que, na quarta-feira, Neymar dissera não ter preocupação em fazer gol bonito. Pelo menos no discurso, parece ter entendido o recado.
- Gol é sempre gol, não importa se de barriga ou dando um lençol no goleiro. O que o jogador mais quer é fazer gol - disse o atacante.
Apesar de admitir que o Paraguai é um adversário mais forte do que a Venezuela, Mano acredita que a seleção jogará melhor em Córdoba. Sua crença está baseada na organização tática que a equipe mostrou no primeiro jogo. Segundo ele, apesar das dificuldades encontradas, ninguém quis resolver tudo sozinho. Os jogadores procuraram quase sempre as soluções coletivas.
- Por isto digo que estamos no caminho certo. O treinador organiza o plano tático da equipe, mas para executá-lo, o brilho individual do jogador é importante. E temos jogadores com capacidade para executar o que queremos. A teoria é do treinador, a prática fica por conta dos atletas - insistiu o técnico.
O que também deixa o treinador mais confiante é o fato de a sua defesa estar cada vez mais segura. Contra a Venezuela, o time completou quatro partidas sem levar gol. Antes da estreia na Copa América, vencera a Escócia (2 a 0) e Romênia (1 a 0) e empatara com a Holanda (0 a 0):
- Com a defesa bem, o time tem mais estabilidade emocional para ir em busca do gol com mais insistência. Se ficarmos levando sustos a todo momento, acabamos ficando com medo e a tendência é recuar - disse Mano.
Na quarta-feira, Mano testou duas mudanças na equipe, o que ainda não tinha acontecido desde a chegada da seleção à Argentina. Elano entrou no lugar de Ramires e Lucas, no de Robinho. O jogador do Milan está na berlinda e, se tiver que fazer alguma mudança, Mano deverá sacar o atacante. Ele garante que no momento em que sentir que chegou a hora de alterar a equipe, vai fazê-lo sem problemas:
- Na minha visão, o técnico deve mexer quando acha que a mudança vai melhorar o time, independentemente de quem vai sair. Só não pode fazê-lo por pressão. Tem que estar convicto. E quem sai, se for o caso, tem que entender o momento.
Depois de elogiar a seleção paraguaia - praticamente a mesma que foi até as quartas de final da Copa, sendo eliminada num jogo duríssimo contra a Espanha, quando chegou a perder um pênalti com o jogo empatado em 0 a 0 -, Mano disse que pretende manter a marcação por pressão que o time executou com algum sucesso nos primeiros 30 minutos contra a Venezuela.
Uma coisa é enfrentar o Getafe da Espanha, outra é pegar a Colômbia
Ele não espera um Paraguai pensando única e exclusivamente em se defender. Não só porque o adversário precisa da vitória, como também pelas características dos jogadores. Seu time, garante, está preparado para enfrentar uma seleção que, nos últimos tempos, tem dado muito trabalho ao Brasil.
- Não podemos ser surpreendidos, encontrar um Paraguai que não conhecemos. Eles podem muito bem pressionar a nossa saída de bola, como fizeram na Copa da África do Sul contra a Espanha.
Sobre a Argentina, Mano não se mostrou surpreso, apesar de reconhecer que, jogando em casa, com os jogadores que dispõe, era para estar melhor. Para ele, os empates com a Bolívia e Colômbia mostram que o futebol sul-americano está cada vez mais forte:
- Quase todas as equipes têm jogadores que atuam na Europa. Uma coisa é enfrentar o Getafe da Espanha, outra é pegar a Colômbia. É por isso que alguns jogadores se saem melhor em seus clubes.
Seria uma cutucada no supercraque Messi?

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