GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

No rancho dos bombeiros, até engravatados têm feito boquinha

A cozinheira Ana Maria das Graças, à esquerda na foto, comanda a cozinha que já serve 8 mil refeições por dia

Além do mar de camisas, fitas e todo o tipo de adereços vermelhos, a escadaria da Alerj — há uma semana servindo de acampamento para os bombeiros — também é tomada diariamente pelo cheiro do tempero da cozinheira Ana Maria das Graças. Chefe da cozinha que já serve sete mil refeições por dia, Ana foi apelidada de "Ana Maria Braga do rancho". O título é merecido: além dos manifestantes, moradores de rua e até engravatados que trabalham no Centro têm parado na hora do almoço para fazer uma boquinha.
A rotina entre os manifestantes começa por volta das 6h, quando um incrementado café da manhã — café, pão, queijo, presunto, apresuntado, mortadela, frutas e até canjica — é servido.
— Familiares têm doado, além de muitas pessoas, anônimas, que chegam aqui e deixam cestas básicas — explica Ana Maria.
Protestar deve abrir o apetite. Além de sopão, o menu inclui os imbatíveis arroz e feijão, carne moída e salada de legumes e batata. Ninguém que passe por ali fica sem comer.
— Não podemos negar comida. Até se o Sérgio Cabral passar aqui, ele pode pegar um prato — brincou uma das cozinheiras, que ainda serve dois lanches e um recheado jantar.
O estímulo aos sentidos não fica só com o cheiro do tempero de Ana. Desde segunda, a banda dos bombeiros executa o hino nacional às 18h, religiosamente, quando a bandeira do Brasil em frente à Alerj é baixada. Faz-se silêncio e bombeiros, professores e populares acampados endireitam o corpo. Põem a mão no peito e cantam o hino. Tão logo termina o "Pátria amada, Brasil", os protestos recomeçam. Dali, só param por volta das 20h. Para o jantar, é claro.

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