GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Sem citar o mensalão, Lula agradece a movimento sindical por ajudá-lo "no momento difícil" do seu governo

Ex-presidente Lula em evento em Guarulhos/Foto de Eliária Andrade

SÃO PAULO - Em discurso na noite desta quarta-feira à noite no Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma homenagem ao movimento sindical pela sustentação política da sua gestão. Sem citar a crise do mensalão, ele celebrou o diálogo com a categoria e a agradeceu por defender o governo em um “momento difícil”. E mais tarde, pediu a mobilização de todos para serem “guerreiros contra a inflação”, que segundo ele deve ser controlada por todos, não apenas pelo governo. Para Lula, os sindicalistas devem tolerar eventuais erros de Dilma, porque “ela é nossa”.


- Em um momento difícil, em um momento de uma crise delicada no país, quem assumiu o governo não foi nenhum jornal, nenhuma televisão ou um empresário. Foi exatamente o movimento sindical e social que assumiu a defesa do governo - disse Lula, sob aplausos, em discurso nesta quarta-feira à noite no Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT. O apoio, fornecido em 2006, auge do mensalão, foi crítico para permitir a reeleição de Lula. Recentemente, o presidente da CUT, Artur Henrique, lembrou da importância de manter essa articulação sindical ativa para o momento em que acabar o “namoro” da presidente Dilma Rousseff com a mídia.
Não existe possibilidade de divergência entre eu e a Dilma
Lula reforçou essa idéia. Afirmou que sua sucessora deve receber o mesmo tratamento que ele recebeu dos sindicalistas, apesar de alguma chateação ou decepção - mas não citou a derrota na disputa do valor de reajuste do salário mínimo de 2011.
- Ela vai precisar tanto ou mais do que eu (de apoio). Além de ser do meu partido, ela é mulher. Já estão tentando inventar divergências entre nós. Não existe possibilidade de divergência entre eu e a Dilma - disse Lula. Em seguida, elogiou as medidas e pronunciamentos de Dilma e sua equipe econômica sobre o controle da macroeconomia e o temor da volta da inflação.
- Vocês têm de fazer com o governo Dilma o que fizeram com o meu governo. Sei que às vezes ficaram chateados ou decepcionados. Podemos cometer um erro, mas é nosso. Se ela cometer um erro, ela é nossa. É nossa obrigação dar sustentação para ela, para o pais continuar crescendo.
Sobre a inflação, Lula fez um apelo para o consumo responsável, mas afirmou que a pressão interna não é “culpa” dos trabalhadores, que tiveram aumento de renda.
- Nós optamos por um câmbio flutuante. O problema da crise econômica não é nosso, não é porque vocês ganharam aumento de salário. Na verdade, é porque a economia mundial é atrelada ao dólar, e o país que produz o dólar resolveu fazer um ajuste fiscal - argumentou Lula.
- Nós no Brasil temos consciência de que iremos cuidar dessa crise com o mesmo carinho de que se cuida de um filho. Não vamos permitir que a inflação volte. Nós, e não eles, temos responsabilidade, porque somos consumidores, trabalhamos e gastamos nosso salário temos a obrigação de não permitir que a inflação volte nesse país. Quem perde com a inflação não é a Dilma ou Guido (Mantega). É quem vive do salário e precisa comprar comida todos os dias. Todos nós, homens e mulheres, precisamos ser guerreiros contra a inflação.
Lula não quis conceder entrevista antes de chegar ao evento, realizado em um hotel próximo ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP). Presenteado com um quadro e um “tablet” pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos, Lula fez um longo discurso, repleto de piadas e anedotas, principalmente celebrando a democracia “sem precedentes” que diz ter inaugurado no país e sobre a sua dificuldade em “desencarnar” do cargo.

Nenhum comentário: