ANGRA DOS REIS - Funcionários do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) iniciaram, na manhã desta quarta-feira, os trabalhos de abertura de uma desvio na lateral do acostamento, no sentido Paraty, na Rodovia Rio-Santos, no Km 521,6, perto de Praia Brava, em Angra dos Reis. No local, metade da pista desabou na madrugada de terça-feira, no sentido Rio, por causa das fortes chuvas que caíram na região desde segunda-feira. De acordo com o engenheiro do Dnit Arysson Siqueira Silva, não será mais necessário interditar o trecho da via, conforme debatido anteriormente, devido ao perigo iminente de um novo deslizamento de terra no local.
No fim da tarde desta quarta-feira, Arysson disse que, com o início das obras, nesta terça-feira, foram colocados sacos plásticos pretos para proteger a área onde ocorreu o desabamento. A intenção é evitar que a água da chuva provoque mais erosões.
De acordo como Dnit, cerca de 40 toneladas de terra deslizaram da encosta por onde passa a estrada. Funcionários da Eletrobrás cederam máquinas para serem empregadas na obra emergencial, que deverá levar seis meses para ser concluída.
- Também está sendo feito um trabalho de movimentação de terra, com suavização de talude. E foi iniciada a construção de uma pista paralela ao acostamento, no sentido Paraty, que terá cerca de cinco metros de extensão. A variante evitará lentidão no tráfego. Com essas iniciativas, não será mais necessário interditar o trecho, que continuará no sistema para e siga, por mais dois dias - explicou Alysson.
O Dnit já fez a limpeza dos locais onde ocorreram outros cinco deslizamentos de terra, e retiraram as árvores que caíram na estrada. Com o início das obras no Km 521, sobe para 13 o número de pontos onde estão sendo construídas barreiras de contenção de encostas na Rodovia Rio-Santos. Os trabalhos começaram no início de janeiro deste ano.
A estimativa é que, com a ruptura de parte da estrada, caíram da encosta quatro mil toneladas de terra. O engenheiro do Dnit Arysson Siqueira Silva disse que a obra emergencial de contenção deverá durar seis meses para ser concluída.
O local onde ocorreu o desabamento fica próximo às Usinas Nucleares de Angra I e II. A Rio-Santos é uma via de escape para ser usada em caso de acidente na usinas. Membro da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados e ex-prefeito de Angra dos Reis, o deputado federal Fernando Jordão (PMDB-RJ) disse na terça-feira que vai pedir a revisão do Plano de Emergência Nuclear das usinas nucleares de Angra dos Reis por causa dos problemas na Rio-Santos.
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