Rodrigo Pandolfo estreou recentemente sua peça "A Moça da Cidade", no Espaço Sesc, em São Paulo. Sem receber salário algum, sua primeira experiência como diretor lhe exigiu muito jogo de cintura, mas ele vê esse esforço como um investimento.
"Corri atrás de teatro e de atores, consegui uma grana mínima. O que eu tinha para oferecer era um pirulito e uma mariola, estou ganhando zero reais. Essas pessoas estão pagando para trabalhar porque acreditam no projeto, me emociona falar. Infelizmente no Brasil é assim. Estrear essa peça nessas condições não tem preço. Patrocínio no teatro é: 'Pelo amor de Deus, me dê uma oportunidade de proporcionar cultura para o país'. Devia ser o contrário. Teatro é política, gente! É pensamento social, mas as pessoas não entendem", desabafou ao "Extra".
Interpretando o coreano Shin-Soo na novela das 19h, "Geração Brasil", da Globo, ele se tornou um dos destaques da novela. A personalidade expansiva, a voz metálica e os gestos afetados do carismático apresentador da Parker TV foram esculpidos com paciência por Rodrigo Pandolfo, ensaio a ensaio.
"Eu me assustei muito quando soube que ele era coreano. O que me acalmou foi encontrar o caminho do lúdico. Alguns personagens da trama são quase desenhos animados, uma opção arriscada para a televisão, mesmo em uma novela de humor. Comecei do zero, sem sotaque, sem histrionismo. Fui perdendo o medo em cada leitura, porque senti que os autores e diretores queriam mais", contou.
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