A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro fazem na manhã desta quarta-feira (27) uma operação para prender 16 suspeitos de integrarem uma milícia que atua na Taquara, em Jacarepaguá, na zona oeste, há 13 anos.
O delegado Alexandre Capote, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco/IE), afirmou que eles "chegavam a movimentar R$ 200 mil por mês".
Para chegar a esse valor, estavam entre as práticas criminosas da milícia a cobrança de taxas e serviços clandestinos, como segurança, conservação de ruas, sinal de internet e TV a cabo, venda clandestina de butijão de gás e exploração de jogos de azar.
"A quadrilha também estava estruturada para operar e auferir lucros da exploração de mototáxi e vans de transporte alternativo da região" descreve o subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança do Rio, Fábio Galvão.
A chamada "operação Tríade", desencadeada pela Draco/IE e pelo Ministério Público do Rio, cumpriu 35 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de prisão.
Entre os presos estão apontados como líderes o delegado federal aposentado Luiz Carlos da Silva, o policial civil Eduardo Lopes Moreira, e o policial militar Thiago Rodrigues, que atribuíram à milícia o lema "humildade, simplicidade e justiça".
Documentos "esquentados"
Cléber Gomes Lima e Mauro Artur Ribas também foram denunciados pelo crime de quadrilha armada. A participação deles, segundo a denúncia, se dava na falsificação de documentos para a legalização de terrenos invadidos.
De acordo com o promotor Décio Gomes, eles "esquentavam documentos de casas que a milícia se apoderava". Isso se dava quando o morador se negava a pagar uma taxa de R$ 35 ao grupo, e era expulso de sua casa. "A casa era usurpada e os documentos esquentados ou até grilados", destacou.
As investigações duraram seis meses e muitos acontecimentos chamaram a atenção das autoridades. Até a Subprefeitura de Jacarepaguá foi intimidada quando foram vistoriar uma denúncia de crime ambiental e a milícia solicitou um toque de recolher.
De acordo com o promotor Décio Gomes, eles "esquentavam documentos de casas que a milícia se apoderava". Isso se dava quando o morador se negava a pagar uma taxa de R$ 35 ao grupo, e era expulso de sua casa. "A casa era usurpada e os documentos esquentados ou até grilados", destacou.
As investigações duraram seis meses e muitos acontecimentos chamaram a atenção das autoridades. Até a Subprefeitura de Jacarepaguá foi intimidada quando foram vistoriar uma denúncia de crime ambiental e a milícia solicitou um toque de recolher.
Sem comentários
Os milicianos também aliciavam moradores para depor a favor dos policiais para mostrar e dar a eles um falsa sensação de que eles não eram corruptos. Até um uniforme do Bope foi apreendido com o falso policial na manhã desta quarta-feira.
"Nossos agentes se depararam com um miliciano vestindo uma farda do Bope, sem arma, o que chamou a atenção. Foi autuado em flagrante por uso indevido de uniforme militar. Em seu poder também foram apreendidos dois animais silvestres: uma arara, que acreditamos ser uma espécie em extinção, e um papagaio no sítio onde a quadrilha se reunia", relata Fábio Galvão.
"A quadrilha era muito audaciosa, violenta e mantia conexões com autoridades, entretanto, durante a coletiva", ressalta o delegado Capote.
"Nossos agentes se depararam com um miliciano vestindo uma farda do Bope, sem arma, o que chamou a atenção. Foi autuado em flagrante por uso indevido de uniforme militar. Em seu poder também foram apreendidos dois animais silvestres: uma arara, que acreditamos ser uma espécie em extinção, e um papagaio no sítio onde a quadrilha se reunia", relata Fábio Galvão.
"A quadrilha era muito audaciosa, violenta e mantia conexões com autoridades, entretanto, durante a coletiva", ressalta o delegado Capote.
Entretanto, ao ser questionado como se dariam as investigações para ir atrás de policiais ou militares que ajudavam as milícias nas delegacias da Polícia Civil, o delegado optou por não comentar o assunto e preferiu dizer que acredita no trabalho da investigação e que, se for comprovado qualquer vínculo com algum policial da região, vai seguir os rigores da lei.
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