A visita causou um tumulto no hospital.
Uma visita inesperada de Ronaldinho Gaúcho, no início da tarde desta sexta-feita, causou transtornos aos familiares de pacientes internados no Hospital Albert Schweitzer. O jogador rubro-negro foi visitar as vítimas do massacre de Realengo que ainda estão hospitalizadas. Por causa da presença de Ronaldinho, os familiares de pacientes internados, muitos em estado grave, não puderam entrar no hospital durante o horário de visitas, que vai das 13h às 15h. Por volta das 12h30, o hospital já estava impedindo a entrada das pessoas. Mas o jogador só chegou ao local às 14h, com uma hora e meia de atraso.
Em frente ao hospital, o clima era de revolta. "O que está acontecendo é um absurdo. Vim para visitar minha sogra, de 56 anos, que está com câncer em estado terminal. Estou há mais de duas horas na fila. A gente não tem informação, não temos nada. Uma falta de respeito total", desabafou Marcos Vinícius, de 32 anos. As pessoas que esperavam para visitar familiares reclamavam ainda da falta de informação. "Vim visitar o meu tio que sofreu um acidente e está em coma e não sei absolutamente nada sobre o estado dele. Se o Ronaldinho quisesse mesmo fazer alguma coisa boa, teria vindo em outro horário e não teria avisado a imprensa, que é como fazia o Ayrton Senna", criticou Rogério Batista, de 37 anos.
Ronaldinho estava acompanhado da presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, e do secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes. Depois de meia hora de visita, o jogador conversou com a imprensa. "Foi uma emoção muito grande encontrar essas crianças. Eu sabia que um deles é torcedor doente do flamengo e foi muito emocionante encontrá-lo e ver a reação dele ao me conhecer. Eu acho que futebol é um esporte em que a gente leva alegria às pessoas e eu procurei fazer um pouco disso", disse. Ronaldinho declarou ainda que ficou estarrecido com a tragédia de Realengo. "Por isso eu fiz questão de vir aqui dar meu carinho às crianças", acrescentou.
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