A demora na marcação da data para as eleições vascaínas deste ano vem causando estranheza em todos. Principalmente, por causa das confusões do pleito de 2006, quando o presidente Roberto Dinamite estava na oposição e acusou o então presidente, Eurico Miranda, de ter uma lista de eleitores fraudada. A eleição foi anulada e em novo pleito, em 2008, Dinamite foi eleito presidente até 2011. Três anos depois, o problema se repete e a lista de votantes é a caixa preta do Vasco. E dentro dela, uma bomba: foram descobertos 170 votantes entre 103 e 110 anos de idade.
— Foram identificadas irregularidades na lista de sócios. Tinha que ter sido feito um recadastramento. Para saber quem morreu, atualizar telefone... Não foi feito e temos os mesmos problemas da outra eleição — afirmou o presidente do Conselho Fiscal e da Junta Eleitoral vascaína, Hércules Sant‘Ana.
— Não tenho ideia de quando poderá ser as eleições. Só depois que a junta eleitoral tiver acesso a todos os sócios. A lista está com a empresa (responsável pelo programa "O Vasco é meu"). A junta se reúne desde 2 de fevereiro e não temos esta lista. Precisamos do cadastro geral. Regras para chegar aos elegíveis (sócio há cinco anos, em dia, com mais de 21 anos) e eleitores (mais de um ano como sócio em dia e com pelo menos 18 anos de idade) — afirmou Hércules.
Mas os problemas não acabam aí. As contas de 2009 não foram aprovadas. As de 2010, o Conselho Fiscal luta para ter acesso, já que a diretoria queria fazer por amostragem, o que não foi aceito. Além disso, o conselho quer ter acesso ao contrato de TV que foi assinado recentemente.
— As contas não vieram e nos enrolaram por três meses. Estamos analisando a última, que é de junho de 2010. O contrato de televisão não passou pelo Conselho Fiscal. Não faço ideia por quanto o Vasco fechou até 2015. Já ouvi falar de R$ 50 até 90 milhões — concluiu Hércules.
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