“O Brasil
tem todas as condições de protagonizar um esforço para que façamos uma
avaliação verdadeira do que foi feito ou não. Buscar mediar, junto com
os demais países, que a crise econômica não pode deixar em segundo plano
a crise ambiental. Há tempo, até porque agora a prerrogativa de fazer
essa mediação está entregue ao Brasil. É a grande oportunidade de
revisitarmos os compromissos e corrigirmos os rumos.”
Segundo
Marina Silva, o sucesso da conferência está nas mãos de todos os líderes
do planeta, mas o Brasil tem um papel importante."Nós não podemos tirar
responsabilidade deles, mas o país anfitrião tem uma responsabilidade
maior.”
Perguntada
se estava otimista ou pessimista com os rumos da conferência, Marina
disse que está persistente. “Cobro que o Brasil continue sendo o país
que lidera pelo exemplo. Nós fizemos isso em Copenhague. O Brasil
constrangeu os que queriam fazer menos podendo fazer mais quando assumiu
metas de redução de dióxido de carbono.”
Sobre o
evento que havia participado, contra o Código Florestal aprovado pelo
Congresso Nacional e vetado em parte pela presidenta Dilma Rousseff, a
ex-ministra do governo Lula fez questão de esclarecer que não se tratava
de um ato de oposição política.
“Nós não
estamos aqui em uma atitude de oposição. É em uma atitude de quem tem
posição. E a nossa é que o Brasil não pode perder a chance de continuar
avançando na agenda do desenvolvimento sustentável. Não pode mudar sua
legislação em nome do lucro imediato, fazendo tábula rasa dos esforços
de mais de 30 anos de diferentes governos.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário