GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

domingo, 1 de abril de 2012

Mentira: até quando é considerado um ato saudável?

De acordo com o dicionário, a palavra mentira significa dizer, afirmar ser verdadeiro aquilo que se sabe que é falso; dar informação falsa (a alguém) a fim de induzir ao erro, não corresponder a (aquilo que se espera); falhar, faltar, errar, causar ilusão a; dissimular a verdade; enganar, iludir, não revelar; esconder, ocultar. Ou seja, o ato de contar uma mentira é mentir, e quem mente é considerado mentiroso.
Tais definições, no entanto, pouco dizem sobre o por quê as pessoas mentem. Segundo o psicólogo e especialista em psicoterapia e psicodinâmina Herbert Thomas Luckman, mentir é um procedimento em que as pessoas utilizam para ocultar alguma informação que não querem compartilhar, quando se sentem ameaçados pela realidade, tem algo a ganhar em seu benefício distorcendo realidade, ou seja, a mentira tem uma finalidade prática. Uma mentira ou outra faz parte do histórico de qualquer pessoa, e pode até mesmo ser perfeitamente compreensível e adequada em um determinado momento. “Pessoas que mentem permanentemente para obter benefícios, apresentam problemas mais relacionados ao caráter. Mas quando a mentira adquire um caráter compulsivo, aí temos outro problema”, explica o psicólogo.
Segundo ainda Luckman, a mentira torna-se cada vez mais patológica no decorrer em que a pessoa vai agindo compulsivamente, criando mentira sobre mentira, deixando de ser ela mesma para interpretar um papel. “A pessoa não mente para obter vantagens, mente porque está doente, e sofre com isso. Em seu mar de mentiras, e novas mentiras para validar as anteriores, a pessoa vai se perdendo de si, da realidade e do contato saudável com o mundo. Gasta grande parte de suas energias para vigiar-se, afim de não entregar-se. é um transtorno mental, chama-se mitomania”.
Os motivos que levam uma pessoa a mentir sem limites são vários, dentre eles, insegurança, baixa autoestima, ou medo de não ser aceita como é. Problema em casa, que envolvem família, também pode ser uma das causas. O psicólogo chama atenção para o fato em que alguns lares o ato de mentir é estimulado pelos mais velhos. “Em lares onde se mente muito, mentir torna-se um modelo a ser seguido. Crianças imitam seus pais em vários atos, um ambiente mentiroso tende a gerar pessoas com tendência à mentira”, diz Herbert.
No entanto, os pais devem estar atentos às histórias que as crianças contam. Elas fantasiam demais os acontecimentos, e freqüentemente seus relatos não correspondem 100% à realidade. “As crianças podem mentir para obter vantagens, como por exemplo, dizer que está doente e simular sintomas para não ir à escola, omitir uma nota ruim. Os pais devem ficar atentos, pois a frequência deste ato elas podem acabar inventando histórias absurdas”

Tipos de Mentira

1.Ocultação
O mentiroso retém informação relevante sem dizer nada que seja inverídico. A ocultação pode ser total ou parcial. Neste último caso, a verdade é dita, mas só parcialmente, pois os pontos principais são ocultados.

2.Falsificação
Neste tipo de mentira há um passo adicional em relação à ocultação. Na falsificação, o mentiroso não somente oculta alguma informação verdadeira, mas apresenta informação falsa como se verdadeira fosse.

3. Manipulação dos Motivos de uma Emoção (“misdirection”)
Consiste em reconhecer uma emoção, que a princípio pode gerar problemas, mas dar um outro motivo para justificá-la.

4. Falar a Verdade como se Fosse Falsa
Consiste em falar a verdade, todavia com um tom de voz sarcástico ou debochado como se aquela ideia fosse absurda e ridícula.

5. Exageros ou Minimizações
São mentiras nas quais os fatos são aumentados ou abrandados.

1º de abril

O dia da mentira, ou dia dos bobos surgiu no século XVI, quando o rei da França, Carlos IX, após a implantação do calendário gregoriano, instituiu o dia primeiro de janeiro para ser o início do ano
Naquela época, as notícias demoravam muito para chegar às pessoas, fato que atrapalhou a adoção da mudança da data por todos. Antes dessa mudança, a festa de ano novo era comemorada no dia 25 de março e terminava após uma semana de duração, ou seja, no dia primeiro de abril. Algumas pessoas, as mais tradicionais e menos flexíveis, não gostaram da mudança no calendário e continuaram fazer tal comemoração na data antiga. Isso virou motivo de chacota e gozação, por parte das pessoas que concordaram com a adoção da nova data, e passaram a fazer brincadeiras com os radicais, enviando-lhes presentes estranhos ou convites de festas que não existiam. Tais brincadeiras causaram dúvidas sobre a veracidade da data, confundindo as pessoas, daí o surgimento do dia 1º de abril como dia da mentira.
Aproximadamente duzentos anos mais tarde essas brincadeiras se espalharam por toda a Inglaterra e, consequentemente, para todo o mundo, ficando mais conhecida como o dia da mentira. Na França seu nome é “Poisson d’avril” e na Itália esse dia é conhecido como “pesce d’aprile”, ambos significando peixe de abril.
No Brasil, o primeiro Estado a adotar a brincadeira foi Pernambuco, onde uma informação mentirosa foi transmitida e desmentida no dia seguinte. “A Mentira”, em 1º de abril de 1848, apresentou como notícia o falecimento de D. Pedro, fato que não havia acontecido.
Walt Disney criou uma versão para o clássico infantil Pinóquio, dando ênfase à brincadeira, mostrando para a criançada o quanto mentir pode ser ruim e prejudicial para a vida das pessoas. Ziraldo, um escritor brasileiro da literatura infanto-juvenil, também conta histórias sobre as mentiras, através do tão famoso personagem, o Menino Maluquinho. Em “O Ilusionista”, Maluquinho descobre o mal provocado por roubar, fingir e mentir.

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