GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

domingo, 1 de abril de 2012

Conselhos Tutelares da região orientam para diminuir abuso sexual contra crianças e adolescentes

A Secretaria de Estado da Saúde realizou um levantamento que apontou que o número de crianças atendidas no Núcleo de Violência Sexual da unidade triplicou entre os anos de 2001 e 2011. Os dados mostram ainda que no mesmo período houve um crescimento de 52% no número de atendimentos a adolescentes com idade entre 12 e 17 anos.
Aqui nas cidades do Litoral Norte, de acordo com os Conselhos Tutelares da região, não foi possível, ainda, traçar exatamente um quadro geral que pudesse determinar o aumento ou diminuição de abusos sexuais contra crianças ou adolescentes.
Segundo o Conselho Tutelar de Ubatuba, o crescimento demográfico das cidades região, em virtude do desenvolvimento econômico e social apreciado nos últimos anos, possibilitou que houvesse um aumento de denúncias, bem como o aumento de abusos.
Entretanto, em Ubatuba, de acordo com o Conselho, não houve um aumento expressivo nem de casos, nem de denúncias. O órgão ressalta que está realizando uma campanha, em parceria com uma empresa de telefonia privada, que visa sensibilizar a população contra a exploração sexual de crianças e adolescentes. O programa chamado “Ação Proteção” está atualmente sendo difundido em todo município, e através da orientação da sociedade o Conselho Tutelar espera poder minimizar casos de abusos.
Em Caraguatatuba ainda não existem números oficiais sobre o crescimento no número de denúncias sobre o crime. Contudo, o Conselho Tutelar do município garantiu que está realizando estudos e pesquisas para fazer um levantamento a respeito dos dados oficiais, a fim de traçar um perfil de denúncias e denunciantes.

Estatísticas no Estado

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, em 2001, 352 crianças haviam sido atendidas pelo serviço. Já no ano passado, os registros com pacientes desta faixa etária atingiram a marca de 1.088 atendimentos. Entre os adolescentes, foram 198 casos em 2001 e 759 em todo o ano de 2011.
Para o médico Jeferson Drezett, coordenador de gerência do Núcleo de Violência Sexual do Pérola Byington, hospital que foi objeto de estudo, os principais fatores que podem ter contribuído para este aumento são a mudança cultural da sociedade, que passou a denunciar este tipo de ocorrência e a postura mais atenta de pais e professores em relação a situações suspeitas.
“Houve uma mudança cultural no país nos últimos dez anos em relação ao abuso sexual contra criança, que antes era encarado de forma velada e que passou a ser repudiado publicamente. Na mídia, era um tema pouco falado dez anos atrás e que hoje tem um apelo muito forte no noticiário”, diz Drezett.
Segundo ele, a mudança cultural fez com que os cuidadores de crianças, como pais, professores, vizinhos, avós, ficassem mais atentos e mais aptos para identificar o problema e também para se comunicar com as crianças.

Meninos

Outro dado que chama a atenção na pesquisa é o de que o número de atendimentos a vítimas de abuso sexual aumentou 26,4% entre o sexo feminino e triplicou entre o sexo masculino no mesmo período. Em geral, somando todas as vítimas atendidas pelo núcleo, o aumento em dez anos foi de 37%. Entre as vítimas adultas, com mais de 18 anos, o número total caiu 40%.

Como saber quando e onde há possibilidade de abuso sexual contra menor:

1- Os cuidadores de crianças (pais, avós, vizinhos, professores) devem ficar sempre muito atentos e desconfiar de mudanças abruptas de comportamento.
2- Na escola, os professores devem se atentar a qualquer queda no rendimento sem explicação.
3- Uma vez detectada a mudança, o ideal é buscar o diálogo com a criança de forma muito sutil e discreta.
4- É importante saber que uma pequena parte das vítimas procura um adulto de confiança para contar sobre o abuso. Os relatos das crianças não podem ser encarados como mera fantasia. Eles devem ser sempre levados a sério e averiguados.
5- É importante orientar crianças e jovens sobre cuidados com estranhos em locais públicos. Porém a grande parte das ocorrências se dá em espaços privados como na casa de vizinhos ou na escola.
6- Diante de uma situação suspeita, o ideal é denunciar o caso para o Conselho Tutelar mais próximo. O Conselho é o órgão que tomará as medidas imediatas no sentido de proteger a criança ou o adolescente. A denúncia pode ser feita de forma anônima.

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