Pedi ao rapaz para me contar sobre qualquer envolvimento que rolasse fora da nossa relação. Quis de saber tudo. Ter a consciência tranquila de que ele não me enganava. Descobri que pensar nele com alguma garota me dava tesão. Às vezes, a mera imaginação me deixava excitada. Queria saber detalhes sobre qualquer contato com outra mulher. Afinal, permanecia a fantasia do sexo a três, arrastar nossas amigas para a nossa cama juntos. E, da mesma forma que me namorado, eu também fazia tudo o que queria.
Ele estabeleceu suas condições: nada de olhar para os amigos dele. Justo. Também quis que eu lhe contasse (sem detalhes) sobre todos os meus casos. Da mesma forma em que o casal monogâmico assume o compromisso de haver total fidelidade ao parceiro, no relacionamento aberto também se deliberam condutas que deixam ambos confortáveis. Casais de amigos próximos da gente conviviam felizes em suas relações liberais. Saíamos juntos à noite, os vimos beijar garotas na frente de todos. Eles nos inspiravam com suas histórias divertidas de pegação. A gente também adorava sexo. E curtimos de um tudo juntos.
Na época, ambos trabalhavam fora o dia inteiro. O resto do tempo, vivíamos grudados. Mas rolava de viajarmos separados, a trabalho ou para encontrar família. Também virou rotina sairmos desacompanhados num dia da semana. A gente sempre dizia um para o outro para onde íamos e com quem. Mesmo que fosse um encontro romântico com outra pessoa. Saber onde o outro estava demonstrava nossa total cumplicidade. Cada um fazia questão de ter certeza que o seu amor estava bem. Afinal, comprometemo-nos a fazer de tudo pelo outro sempre que preciso.
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