GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Apenas 2% dos líderes do mundo são mulheres Palestras estimulam as mulheres a desenvolverem competências de liderança masculinas, administrar o tempo sem ser escravas dele, a se dedicar igualmente à vida pessoal e a profissional e a cuidar da imagem e da comunicação.

Na defesa do coaching como ferramenta para enfrentar os desafios do avanço rápido do mundo moderno e da conquista de espaço na liderança empresarial e política pelas mulheres, Flora Victoria, vice-presidente e fundadora da Sociedade Brasileira de Coaching, abriu o Fórum “Mulheres em Destaque”, ontem (14/09), pela CK Eventos na sede da Fecomércio, em São Paulo. Embora as mulheres atualmente representem 51% da força de trabalho no mundo, apenas 2% ocupam cargos de liderança, exemplificou Victoria, citando pesquisas internacionais e estudos sobre o assunto.
Para uma platéia formada essencialmente por mulheres executivas e empresárias que se manifestaram, a pedido da palestrante, como, na maioria, líderes em suas áreas, Victoria focou sua palestra na figura Alfa, que se caracteriza por quatro competências, a de comandante, visionário, estrategista e executor, muito desenvolvidas pelo gênero masculino.
Para testar a platéia, Victoria solicitou que cada uma se desse uma nota para cada uma dessas competências e depois classificou como não alfas, as pessoas com nota média até cinco, de seis a 7, meio alfas e de 8 a 10, como alfas ou alfonas. Em seguida pediu que as pessoas citassem nomes de líderes mundiais ao longo da história e foram citados apenas homens. Por isso ela provocou: “Gente, estamos num fórum de mulheres, será que não há nenhuma mulher alfa?”. Daí surgiram algumas, como Margareth Thatcher, Indira Gandhi.
Para desenvolver competências para a liderança, Victoria sugere algumas dicas como se apaixonar pelo que faz, procurando interesse pelo aprimoramento por meio de frequência a cursos ou debates como o de hoje; desenvolver capacidade de adaptação e flexibilidade às circunstâncias, sendo resiliente e superando as pressões; assumir responsabilidades sem culpar a história e os esteriótipos; e traçar o melhor caminho para chegar onde os 2% de mulheres já chegaram desenvolvendo as competências da mulher alfa.
Flora Victoria destacou a rápida evolução da humanidade nos últimos 50 anos e sobre os desafios para as lideranças que ela diz acreditar seja melhor distribuída entre homens e mulheres no futuro.
A população mundial somava 3,5 bilhões em 1968 e chegou a 7 bilhões 43 anos depois; o PIB (Produto Interno Bruto) mundial era de US$ 2 trilhões e no ano passado chegou a 62 trilhões, ou seja, enquanto a população dobrou, a riqueza mundial se multiplicou por trinta. “É certo que a produção de petróleo e da indústria contaminaram o planeta a ponto de duvidarmos se ainda teremos onde viver daqui a 50 anos, mas bastaria 1% do PIB mundial para anular o aquecimento global”.
E disse que, apesar das grandes desigualdades que ainda persistem, a pobreza diminuiu no mundo a ponto de o Banco Mundial e a Organização das Nações Unidas estabelecerem que com outro 1% do PIB mundial se acabaria com a fome no planeta.
O Brasil, nesse cenário tem todas as condições de avançar e chegar à quarta potência mundial muito antes da primeira previsão da Goldman Sachs para 2050, afirmou a palestrante, que destacou recente pesquisa da revista Forbes, que colocou a presidente do Brasil, Dilma Roussef, como a terceira mulher mais poderosa do mundo, atrás de Angela Merckel, da Alemanha e a Hilary Clinton, dos EUA.
O desafio da psicóloga Andrea Mele de Mello Peixoto, professora da Universidade Anhembi Morumbi, na palestra sobre administração do tempo foi mostrar que não são necessárias 48 horas em um só dia para que a mulher consiga executar todas as tarefas que lhe cabem como profissional, dona-de-casa, mãe, esposa, para cuidar da beleza e o aperfeiçoamento na profissão e no desenvolvimento de sua carreira. O esteriótipo da mulher escrava do tempo foi representado por ela mesma ao entrar na sala de conferências descabelada, falando ao celular, arrastando uma valise, com pasta e casaco nas mãos, atrasada e pedindo desculpas.
Andrea Peixoto ilustrou sua palestra com a mitologia grega. Cronos, filho de Urano e Géia (céu e terra), que comia os próprios filhos para não ser castrado, mas que teve o filho Zeus como sobrevivente e a profecia se concretizou, e Kairós que, ao contrário de Cronos, tinha o sentido da vida representado pelo movimento espiral na ação, no fluxo e na transformação, de forma devagar.
Na convivência desses mitos antagônicos está o equilíbrio para a administração do tempo. De um lado, o tempo de ser, saboreado, espíralado, de criação e de outro, a rigidez do começo-meio-fim, as metas, os prazos, a pontualidade. “O caminho do meio é o melhor para o sucesso e para ser feliz”, diz Peixoto, sugerindo que para ter o tempo sob controle é administrar o tempo e não ser dominado por ele. “Há que se ter flexibilidade para não ser escrava do tempo, pois não se pode programar 100% do tempo e administrá-lo é adquirir o controle da vida”.
Camila Teixeira, da Fit Consultoria e Cláudia Colnago, diretora da Verbare Comunicação e Design debateram sobre a importância da comunicação e as regras de etiqueta e da imagem entre as mulheres que são líderes.

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