MACAPÁ - A Justiça Federal deu nesta segunda-feira, 15, ao pastor Wladimir Furtado, dono da entidade Conectur - investigada por fraudes no Ministério do Turismo, um prazo até a próxima sexta-feira para conseguir pagar a fiança de R$ 109 mil estipulada para ele deixar a prisão na madrugada do último sábado. Para sair, Furtado deixou um cheque, mas não conseguiu compensá-lo até a tarde de domingo, 14. Ele chegou a fazer um apelo na televisão e na rádio para que os fiéis de sua igreja o ajudassem a arrecadar o dinheiro.
No fim da tarde, sem sucesso, Furtado se apresentou à Justiça Federal em Macapá. Seu advogado, Maurício Pereira, tentou pedir uma alternativa, como proibir que o cliente feche novos contratos com o governo. Não foi aceito. Um novo prazo foi dado até sexta-feira. Caso contrário, ele voltará para a Penitenciária de Macapá. 'Realmente não tem como pagar essa fiança, porque ele não tomou posse de nenhum valor indevido. Se tivesse tomado, teria condições de garantir sua liberdade', disse o advogado.
A edição desta segunda-feira do jornal O Estado de S. Paulo publicou entrevista exclusiva de Furtado, gravada na presença de seu advogado, em que ele revela que recebeu uma proposta da deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP) para ser 'laranja' num convênio de R$ 2,5 milhões com o governo federal. 'A deputada queria pegar a Conectur para servir de laranja. Ela gostaria que a Conectur entrasse só com o nome', afirmou Furtado. 'Ela queria fazer o serviço do jeito dela, que ela tomasse conta, deixasse contador, advogados e técnicos por conta dela'.