O presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Manoel Alberto Rebelo dos Santos, informou hoje que uma comissão de três juízes vai atuar para agilizar os processos de repercussão que envolvem grupos de extermínio e milícias. Agora à noite, será realizada uma reunião com os juízes criminais e promotores da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, onde atuava a juíza Patrícia Acioli, assassinada na última quinta-feira com 21 tiros quando chegava em casa,em Niterói, para definir quais serão os magistrados que farão parte da força-tarefa. Os três analisarão os casos que estavam sob a responsabilidade de Patrícia para avaliar possíveis ligações entre os réus e o assassinato. Nos próximos dias, eles também deverão assumir o julgamento desses processos.
O trio de juízes será mantido na 4ª Vara Criminal por tempo indeterminado, até que sejam julgados os processos relativos aos criminosos considerados mais perigosos. 'Essa composição dilui a responsabilidade (pelas decisões)', disse o presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), Manoel Alberto Rebelo dos Santos. Os magistrados apontados são Alexandre Oliveira Camacho de França, Marcelo Castro Anátocles da Silva Ferreira e Adillar dos Santos Teixeira.
Ontem, a família da juíza cobrou a investigação de grupos criminosos que seriam julgados pela magistrada nos próximos meses. Parentes acreditam que ela foi morta a mando de quadrilhas que respondiam a processos na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, mas que ainda não tinham sido condenados. 'Acreditamos que há relação com algum julgamento futuro', avalia Humberto Nascimento Lourival, primo da juíza. 'A família não trabalha com a hipótese de crime passional. Seria muito cômodo para o Estado afirmar que se trata desse tipo de situação', completou, em uma alusão à informação de que o namorado de Patrícia, o PM Marcelo Poubel, a teria agredido fisicamente duas vezes.
Entre os processos sob responsabilidade de Patrícia estavam acusações contra policiais, milícias e grupos de extermínio. A primeira audiência que seria comandada por ela nesta semana, marcada para hoje, envolve o policial civil aposentado Luiz Jason Tosta Pereira, acusado de participar de cinco homicídios e de integrar um grupo de extermínio na região de São Gonçalo. Devido ao assassinato de Patrícia, o processo foi entregue a outro juiz e a sessão do júri popular será remarcada. Em audiências anteriores, o policial negou envolvimento nas mortes e afirmou que não há provas de sua participação no crime. O advogado do réu não foi encontrado para comentar o processo.
A Divisão de Homicídios pretende fazer um cruzamento de dados entre os réus das principais ações sob responsabilidade de Patrícia e as informações recebidas pelo Disque Denúncia. Desde a sexta-feira, o serviço recebeu mais de 80 telefonemas sobre o crime.
Os investigadores da polícia realizam diligências diárias na região metropolitana do Rio, mas seus agentes foram instruídos a não comentar o caso. Ontem, uma equipe esteve no Fórum de São Gonçalo para apurar informações de que os assassinos fizeram uma campana no local, no dia do crime, antes de seguir para a casa de Patrícia.
Uma homenagem a Patrícia foi realizada hoje em frente ao Fórum de São Gonçalo. Cerca de 80 pessoas usavam mordaças para representar a tentativa de silenciar a Justiça. Os três filhos da juíza, amigos, colegas, ativistas e outros parentes estiveram no local.
O trio de juízes será mantido na 4ª Vara Criminal por tempo indeterminado, até que sejam julgados os processos relativos aos criminosos considerados mais perigosos. 'Essa composição dilui a responsabilidade (pelas decisões)', disse o presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), Manoel Alberto Rebelo dos Santos. Os magistrados apontados são Alexandre Oliveira Camacho de França, Marcelo Castro Anátocles da Silva Ferreira e Adillar dos Santos Teixeira.
Ontem, a família da juíza cobrou a investigação de grupos criminosos que seriam julgados pela magistrada nos próximos meses. Parentes acreditam que ela foi morta a mando de quadrilhas que respondiam a processos na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, mas que ainda não tinham sido condenados. 'Acreditamos que há relação com algum julgamento futuro', avalia Humberto Nascimento Lourival, primo da juíza. 'A família não trabalha com a hipótese de crime passional. Seria muito cômodo para o Estado afirmar que se trata desse tipo de situação', completou, em uma alusão à informação de que o namorado de Patrícia, o PM Marcelo Poubel, a teria agredido fisicamente duas vezes.
Entre os processos sob responsabilidade de Patrícia estavam acusações contra policiais, milícias e grupos de extermínio. A primeira audiência que seria comandada por ela nesta semana, marcada para hoje, envolve o policial civil aposentado Luiz Jason Tosta Pereira, acusado de participar de cinco homicídios e de integrar um grupo de extermínio na região de São Gonçalo. Devido ao assassinato de Patrícia, o processo foi entregue a outro juiz e a sessão do júri popular será remarcada. Em audiências anteriores, o policial negou envolvimento nas mortes e afirmou que não há provas de sua participação no crime. O advogado do réu não foi encontrado para comentar o processo.
A Divisão de Homicídios pretende fazer um cruzamento de dados entre os réus das principais ações sob responsabilidade de Patrícia e as informações recebidas pelo Disque Denúncia. Desde a sexta-feira, o serviço recebeu mais de 80 telefonemas sobre o crime.
Os investigadores da polícia realizam diligências diárias na região metropolitana do Rio, mas seus agentes foram instruídos a não comentar o caso. Ontem, uma equipe esteve no Fórum de São Gonçalo para apurar informações de que os assassinos fizeram uma campana no local, no dia do crime, antes de seguir para a casa de Patrícia.
Uma homenagem a Patrícia foi realizada hoje em frente ao Fórum de São Gonçalo. Cerca de 80 pessoas usavam mordaças para representar a tentativa de silenciar a Justiça. Os três filhos da juíza, amigos, colegas, ativistas e outros parentes estiveram no local.
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