GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Aguapés são retirados do Rio Juqueriquerê no Morro do Algodão

Dentro de quatro meses os moradores do Morro do Algodão em Caraguatatuba terão um novo local para passear e apreciar a paisagem. Tudo por conta do trabalho de revitalização e limpeza do leito do rio Juqueriquerê que corta o bairro e nas proximidades do Clube Ilha Morena. A previsão foi dada na tarde de ontem pela secretária de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca Maria Inez Moura Fazzini Biondi.
No bairro as máquinas e os funcionários da Prefeitura estão trabalhando a todo o vapor para garantir um rio limpo e sem o excesso de aguapés que, há alguns anos, atrapalha o leito.
Segundo Maria Inez, além da retirada das plantas está sendo feito também um trabalho de desassoreamento do rio. “As máquinas estão no local há pelo menos três semanas em uma ação conjunta entre a minha secretaria (Meio Ambiente, Agricultura e Pesca) e o pessoal de Serviços Públicos, e acreditamos que dentro de 60 dias faremos toda a retirada dos aguapés. Este é um trabalho relativamente demorado e que necessita de certa técnica para ser feito”, disse.
Com recurso próprio da Administração Municipal, o projeto prevê ainda a revitalização da margem. “Não há uma estimativa de valores para a execução do trabalho justamente porque estamos utilizando os recursos da secretaria. Os funcionários são nossos, as máquinas também. Além disso, contamos com a colaboração do clube Ilha Morena, um dos nossos parceiros e fornecedores de equipamentos como caiaques e barquinhos”, completou.
Maria Inez acrescentou ainda o planejamento de colocar em determinados locais espécies típicas da margem do rio. “Ao contrário do que os moradores do bairro pensam, não existe a previsão de instalação de bancos de concreto na margem do rio. Na verdade faremos o aproveitamento das áreas bastante sedimentadas para plantar grama e árvores nativas. O importante na verdade é manter o rio limpo dando oportunidade para os moradores pescarem e apreciarem a paisagem do local”.
O projeto de limpeza foi enviado no inicio do ano para o Departamento de Água e Energia do Estado de São Paulo (DAEE). “Ali é uma área relativamente pequena e por conta disso não precisamos de um licenciamento específico dos órgãos competentes. A própria Prefeitura ficou responsável por tocar a obra e conseguir as autorizações necessárias”, completou.
Estima-se que serão retirados cerca de 500 metros de matéria orgânica do rio, o que fará com que os canais de drenagem sejam desobstruídos. O que, em tese, diminuirá os riscos de inundação.

Manutenção

Ainda de acordo com a secretária está prevista a manutenção periódica da área evitando assim a proliferação das plantas de modo a tomarem conta de todo o leito. “Os aguapés são utilizados em determinadas quantidades para limpar a água. Só que em quantidades muito grandes as raízes concentram metais pesados. Este fenômeno ocorre geralmente quando há muita oferta de nutrientes na água resultado do despejo de esgoto nos rios”, explicou.
Neste trecho do Juqueriquerê, a instalação da rede de esgoto no bairro poderá facilitar a limpeza e manutenção do local. “Com menos esgoto sendo liberado nas águas a tendência é garantir uma retirada mais eficaz destas plantas. Além disso, serão necessários muitos meses para a situação chegar aonde chegou”, enfatizou.

População aprova limpeza do Rio no Morro do Algodão

Enquanto as máquinas da Prefeitura trabalham na limpeza do rio Juqueriquerê, os moradores do Morro do Algodão acompanham de perto a retirada dos aguapés que, segundo eles, há pelo menos cinco anos tomou conta do local.
Enquanto isso eles aguardam ansiosos o momento em que o local poderá se transformar em uma bela área de lazer. Sentadinha à margem do rio, a aposentada Neide Santos Pedroso, de 74 anos, frequenta diariamente o local. Segundo ela, ficar sentada pescando se tornou uma terapia. “Agora sem os aguapés ficou muito mais fácil pegar uns peixinhos para a janta. Confesso que esta tem sido a melhor maneira de distrair a minha mente desde que cheguei ao Bairro há cinco meses”, brincou.
Também aposentado, mas sem o hobby de pescador Altair Nogueira, de 70 anos, também elogiou bastante a iniciativa da Prefeitura. “Esta ficando muito bonito este rio. Moro no Porto Novo e quando fiquei sabendo decidi vir dar uma olhada. Aqui será um ponto de encontro dos velhinhos tenho certeza”, planejou.
Morador de Caraguatatuba há 25 anos, o aposentado João Barreto, de 62 anos, acredita na melhoria do bairro com a intervenção no leito do rio. “Isto já era para ter sido feito há muito tempo. Tenho certeza de que o movimento irá aumentar consideravelmente e porque não este será um novo cartão postal do bairro. Aproveitando a beleza o rio e também a carência de locais para o passeio dos idosos”, completou. (J.C.)

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