Foi por causa da caçulinha, Flora, que a família Cruz decidiu entrar de vez na linha. A menina, de apenas 8 anos e 1,57m, chegou a pesar 51kg, e o exame de sangue acusava uma alteração no colesterol.
— Nossa maior preocupação foi com ela. Eu, com 40 anos, gorda por opção, ok. Arlindo, um gordo feliz e ativo, também. Arlindinho, com 19 anos, se achando lindo do jeito que está, ótimo. Mas ela, não. É uma bebê ainda. Se quando chegar à adolescência quiser ser gordinha, o problema é dela... — detalha Babi, a mulher do sambista Arlindo Cruz.
— Uma vez por semana, eu e Sueli, cozinheira deles, vamos ao supermercado. Evito os industrializados e aposto em verduras, legumes e em alimentos que eles não conheciam — conta Chris.
Sueli entrega os patrões:
— Um litro de óleo aqui em casa só dava para dois dias, porque se fazia muita fritura. Agora, rende por duas semanas.
Em pouco mais de três meses de reeducação alimentar, Arlindo, de 1,78m, passou dos 138kg para os 124kg; Babi, de 1,60m, dos 81kg para os 73kg; e Flora, dos 51kg para os 45kg. Só Arlindinho, o filho mais velho, pulou fora da vigilância.
— Quando como em casa, sigo o esquema de alimentação deles. Mas na rua não dá... E me sinto bem como estou, faço sucesso assim — desvia o rapaz.
O maior prazer de Arlindo, a cerveja, não foi proibido. Mas os pães franceses recheados com mortadela e linguiça, as feijoadas, rabadas e afins foram substituídos por refeições mais leves e nutritivas.
— O pão integral eu até gosto, mas o arroz integral não desce de jeito nenhum! — ri Arlindo, que já havia tentado diversas formas de emagrecer, sem sucesso: — Já tomei remédio, frequentei spa, fiz de tudo. Só não operei o estômago por medo. Agora vi que é possível perder peso sem tanto sofrimento. Quando meu peso chegar aos dois dígitos, já vou me dar por satisfeito.
Para Chris, a família já é vitoriosa:
— Eles estão mais conscientes. Aprenderam a comer melhor e mais vezes, para acelerar o metabolismo.
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