GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Após solicitação de Neto Bota, prefeitura concederá benefícios a policiais


Parlamentar reivindica as benfeitorias para toda a classe
O vereador José Mendes de Souza Neto (Neto Bota) conseguiu junto ao Poder Executivo benefícios aos policiais militares, civis, rodoviários, bombeiros e salva vidas de Caraguatatuba. O parlamentar em diversas vezes lutou por melhorias para os profissionais.
A Câmara Municipal receberá nos próximos dias um projeto de lei que isenta o IPTU para os profissionais da polícia militar que moram na cidade e a concessão de até dois salários mínimos como ajuda aluguel aos comandantes e delegados que trabalham em Caraguá. A informação foi confirmada pelo prefeito Antonio Carlos da Silva durante a prestação de contas realizada na última semana. Segundo ele, a ideia é dar um incremento maior aos vencimentos das autoridades policiais e garantir a fixação desses profissionais na cidade.
Na ocasião, Neto Bota aproveitou para pedir que seja incluída no projeto a concessão dos benefícios aos policiais civis, rodoviários, ambientais, do corpo de bombeiros e do grupamento marítimo.
“Considero muito justo incluir todos nesses benefícios. É uma classe de trabalhadores que merece todo nosso reconhecimento e valorização. Tenho certeza que a atitude do prefeito ajudará muitas famílias”, comentou o vereador e atual Presidente da Câmara, que agradeceu Antonio Carlos.
“Estou muito contente em ver os policiais sendo valorizados. Parabéns ao prefeito pela sensibilidade de atender essa reivindicação que tanto irá colaborar para os policiais. Agradeço muito ele e a sua equipe”, falou Neto Bota.

Eduardo Lopes comemora aprovação da PEC do Orçamento Impositivo pela Câmara dos Deputados‏

Em discurso no Senado na noite desta quarta-feira (14), o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) elogiou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 565/2006, aprovada pela Câmara dos Deputados na noite dessa terça-feira (13). Conhecida como PEC do Orçamento Impositivo, a proposta tira do governo federal a prerrogativa de escolher a quais emendas parlamentares liberará recursos orçamentários. Assim, o texto determina que execução das emendas de deputados e senadores passa a ser obrigatória.
Eduardo Lopes afirmou que todo parlamentar sabe como é atender prefeitos e representantes de outros órgãos, preparar as emendas e ver pouca coisa realizada. A proposta poderia acabar com essa situação.
Conforme informou o senador, pelo menos um terço das emendas deverá ser para a saúde. Eduardo Lopes disse, no entanto, que os líderes do Senado já trabalham em um acordo para que a área da saúde receba pelo menos metade dos recursos das emendas individuais. Ele disse que já entrou em contato com os deputados do PRB sobre esta possível alteração a ser implementada quando a matéria chegar ao Senado.
- Aqui no Senado vamos debater e encontrar a convergência dos líderes para aprovar a PEC do Orçamento Impositivo, com 50% para a saúde. Isso é muito bom – disse o senador.
Vetos
O senador ainda louvou o novo rito para apreciação de vetos no Congresso Nacional. Ele admitiu que “a situação chegou nesse nível”, com o acúmulo de até 3 mil vetos sem apreciação, por culpa do próprio Congresso, “que não obedecia à Constituição” e não apreciava os vetos.
- Essa medida traz para o Congresso a palavra final sobre processo legislativo – declarou.
O senador também elogiou a iniciativa do governo em realizar reuniões com as lideranças no Senado e na Câmara e registrou que, mais cedo, participou de um evento no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em que foi agraciado com a comenda Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho.

MCCE APRESENTA ELEIÇÕES LIMPAS NA CÂMARA DOS DEPUTADOS Uma das grandes novidades do projeto, comentada positivamente naquela comissão, foi o afastamento de empresas em financiamentos de campanha.

A diretoria do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, a OAB e entidades do Movimento,  defenderam nessa terça-feira (13), a Campanha Eleições Limpas na Câmara dos Deputados.
Na ocasião, o Movimento coletou assinaturas de apoio dos parlamentares que passavam pelo salão Verde.  Mais de 30 assinaturas foram registradas. Segundo Márlon Reis, um dos diretores do MCCE, a idéia era anunciar a chegada da mais nova campanha do MCCE para lei de iniciativa popular de reforma política aos parlamentares.
O grupo também participou de uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça de Cidadania - CCJ, onde pode reforçar junto aos deputados o debate sobre a Campanha Eleições Limpas.
Uma das grandes novidades do projeto, comentada positivamente naquela comissão, foi o afastamento de empresas em financiamentos de campanha.
O presidente da Comissão, Deputado Décio Lima, ressaltou: "Parabenizo o MCCE, OAB e os signatários da causa, pela disposição da sociedade civil no esforço que está tendo para fazer uma coleta de assinaturas. O que mostra também a força das ruas".
A diretora do MCCE, Jovita Rosa, disse que com a aprovação do projeto Eleições Limpas, os políticos terão de ter o compromisso com as suas propostas, com quem os elegeu, não com financiadores de campanhas. "Nossa intenção é trazer a sociedade para essa campanha, assim como fizemos com a Ficha Limpa", afirmou Jovita.
Toda mudança inevitavelmente traz consigo algo novo seja em uma situação, um cargo ou até mesmo na troca de um comportamento. No ambiente de trabalho as mudanças podem ser ainda mais impactantes, pois na maioria dos casos não temos como interferir para que elas não ocorram.
Quando estamos diante de uma nova possibilidade de mudança podemos adotar vários modos de agir, desde os mais negativos como a resistência ou negação, até comportamentos positivos como a aceitação e cooperação. O que vai influenciar nesta decisão é o quão disponível você estará para sair de sua zona de conforto.
Quanto mais estivermos acomodados com a situação existente, mais difícil será a aceitação para a mudança, pois esta implicará em sair de uma posição confortável para outra que pode parecer incerta ou incomoda. Em nossa cabeça, podemos ter a ideia de sair do seguro rumo ao desconhecido e é por isso que muitos resistem tanto à mudança.
As pessoas também resistem ao novo por outros fatores, que podem ser além de medo do desconhecido e da perda da segurança, falta de autoconfiança de sua capacidade de adaptação ou até falta de vontade ou motivação pessoal para mudar.
Quando a mudança for inevitável, a forma como encaramos e lidamos com a situação fazem uma grande diferença. Saiba que adotando os comportamentos certos, você poderá passar por esta fase de forma muito mais tranquila do que possa imaginar.
Clique nas imagens e confira as dicas* Gisele Meter é empresária e diretora executiva de Recursos Humanos. Atua com gestão estratégica de pessoas, psicóloga, escreve sobre comportamento organizacional e liderança. Palestrante e consultora estratégica em gestão de pessoas e gestão da mudança organizacional.

Aprenda a lidar com mudanças em sua vida profissional - 1 (© Imagem: Thinkstock)

Dona de casa gasta 9 horas por semana para lavar roupas Novo produto diminui três horas por semana o tempo de cuidado com as roupas

Foto: Thinkstock

Mais do que uma tarefa doméstica, lavar roupa é um ato de cuidar de nós mesmos e da nossa família. Quem não gosta da sensação de vestir uma roupa bem lavada, ou deitar e se cobrir com uma roupa de cama fresquinha? Para muitas mães, é motivo de enorme orgulho ver os filhos com roupas limpinhas e cheirosas. Uma delícia, né? Mas todos sabemos que lavar roupa também é trabalhoso e cansativo. Sem falar no tempo que nos toma. O bom é que cada vez mais vêm sendo desenvolvidos equipamentos e produtos para que essa atividade essencial no nosso dia a dia se torne mais fácil e rápida. Para saber mais sobre as novidades de lavagem de roupa e conhecer uma nova tecnologia, os pods, o Tempo de Mulher foi convidado pela P&G, a empresa fabricante do produto, para ir aos Estados Unidos visitar o Centro de Inovação de detergentes, na cidade de Cincinnati, em Ohio. Conhecemos também o Museu P&G, um lugar que guarda, entre muitas outras coisas, a história da evolução da tecnologia de lavar e cuidar das roupas.
Atualmente uma família formada por um casal e três filhos pode gastar até 9 horas por semana para lavar, secar e passar a roupa de todos da casa. E olha que isso já é um enorme avanço!  Segundo o diretor de pesquisa e desenvolvimento da P&G para a área de cuidados com o lar, Victor Aguilar, há 70 anos uma família do mesmo tamanho gastava 25 horas por semana para lavar a mesma quantidade de roupa. Vale lembrar que naquele tempo era preciso ir buscar a água, além de esfregar as manchas, deixar de molho, lavar, estender, secar e passar as roupas sem produtos especializados.
Na década de 40, com a invenção do sabão em pó com enzimas, as donas de casa passaram a gastar 6 horas a menos, porque o tempo usado para tirar as manchas diminuiu bastante.
A invenção da máquina de lavar também foi uma verdadeira revolução. Nos Estados Unidos, por exemplo, em 1964, 50% das casas já tinham máquinas de lavar. O sabão líquido também chegou lá primeiro e, nos anos 80, as donas de casa americanas já conseguiam economizar mais 10 horas por semana, evitando o esforço manual, sem ter que esfregar manchas e enxaguar a roupa. O sabão líquido, por deixar as fibras do tecido mais macias do que o sabão em pó, também facilita a tarefa de passar.
A boa notícia é que agora existe um novo tipo de produto que, segundo o fabricante, economiza de 1 a 4 horas por semana o cuidado com as roupas. A novidade se chama Pods. Eles já são usados nos Estados Unidos e chegam ao Brasil em junho com a marca Ariel. O pod é uma espécie de cápsula que reúne sabão líquido concentrado, tira-manchas e agente de brilho em um só produto para ser usado em máquinas de lavar. Ou seja, não é mais necessário ficar medindo a quantidade e botando um produto de cada vez. Os pods se dissolvem na água, então é só jogar um na máquina e deixar ele fazer todo o serviço.
Segundo Victor Aguilar, com os pods, a mesma família de cinco pessoas poderá gastar apenas de 5 a 7 horas por semana para ter toda a roupa limpa e cuidada.

Estatuto do Nascituro: entenda a polêmica do projeto de lei Para órgãos e defensores dos direitos das mulheres, o projeto de lei é um retrocesso. Para o relator, é uma defesa da vida. Entenda a polêmica!

Estatuto do Nascituro: entenda a polêmica do projeto de lei

Especialistas ouvidos pelo Tempo de Mulher explicam que o Projeto de Lei (PL) 478/2007, que estabelece o"Estatuto do Nascituro", não leva em consideração os direitos da mulher ao prever um nascituro como um ser humano já concebido e é um passo pra trás no caminho das conquistas femininas.
Contrária ao projeto, a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) classifica o Estatuto do Nascituro como um profundoretrocesso. "O estatuto significa perpetuar o próprio estupro. Ele estabelece que o nascituro adquira direitos de uma pessoa autônoma e esquece completamente a autonomia da mulher como se ela não existisse", opina. Para a deputada, o estatuto estabelece uma "Bolsa Estupro" que, na verdade, quer "comprar" os direitos de interromper uma gravidez fruto de violência. "É nítido que a intenção dessa 'Bolsa' é comprar o direito da mulher de interromper a gravidez. A 'Bolsa' é como se você estivesse legitimando o estupro. É preciso impedir que esse projeto se transforme em lei", defende a deputada.
Um ponto polêmico da proposta é que se o autor da agressão tiver que pagar pensão à criança, ele deve ser reconhecido em cartório como pai e isso dará a ele os direitos de paternidade. “Isso é contrário à lógica de família. É colocar o criminoso dentro da vida da mulher. Em nenhum momento o projeto cita ou lembra que existe um útero que abriga o nascituro e que existe uma mulher que vai colocar em risco sua própria vida”, explica.
A aprovação do projeto de lei, que tem como relator o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prevê ainda acompanhamento psicológico a mulheres que são vítimas de estupro. O Tempo de Mulher entrou em contato com a assessoria do deputado para ouvir sua opinião a respeito das críticas recebidas ao estatuto, mas ele não quis opinar sobre o assunto.
O deputado Eduardo Cunha explica, em seu site, que o projeto do estatuto "não muda a qualificação do aborto legal, que, infelizmente, é permitido hoje, mas tem o Artigo 13 que apresenta texto garantindo à mãe, mesmo aquela vitimada pelo estupro, a manter a gestação". Sobre a ajuda financeira à mulher estuprada, o deputado, defensor do projeto, afirmou que é um "erro social que o auxílio financeiro seja vinculado ao crime".
"O que estamos fazendo é dando uma opção para a mulher vítima desse crime ao permitir que o Estado dê assistência e auxílio a ela e à criança caso ela opte por ter o filho", diz. A proposta da criação do estatuto seguirá para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ser votado pelo Plenário.

Exercícios que aliviam as cólicas menstruais Exercícios que aliviam as cólicas menstruais

Exercícios que aliviam as cólicas menstruais - 1 (© Foto: Thinkstock)

Para as mulheres que sofrem com as cólicas menstruais, algumas atitudes simples como a prática de exercícios aeróbicos e até alongamentos ajudam (e muito!) a combater a dor. Segundo especialistas, o ideal é apostar em atividades como Pilates, danças leves ou caminhadas. Feitos de forma regular e moderada, essas atividades liberam a endorfina, que tem efeito analgésico natural.
Para a fisioterapeuta Caroline Zamboni, o exercício aeróbico praticado pelo menos três vezes por semana libera neurotransmissores lançados na corrente sanguínea que diminuem o quadro doloroso da cólica e promovem sensações de relaxamento e bem-estar. "Movimentos suaves no abdômen e nos pés também amenizam a dor menstrual. O vaivém das mãos alivia a tensão muscular, melhora a circulação sanguínea e, consequentemente, diminui a cólica. Durante esses alongamentos em casa também recomendamos o uso de uma bolsa de água quente, que relaxa a região abdominal", disse.
A personal trainer Elisabeth Oliveira recomenda pilates, dança do ventre e massagens relaxantes. "A dança do ventre é outra atividade que melhora a circulação na região da pelve e relaxa os músculos, já os exercícios de respiração e alongamentos, ao inspirar e expirar profundamente, também levam à produção endorfinas, reduzindo a tensão e aumentando o conforto”.

Exercícios que aliviam as cólicas menstruais - 1 (© Foto: Thinkstock)

Pratique Pilates
As dores de cólicas menstruais são amenizadas pelo trabalho realizado no centro de força, localizado na região abdominal. No Pilates, o controle respiratório também contribui para a diminuição das tensões que agravam as dores.

Exercícios que aliviam as cólicas menstruais - 1 (© Foto: Thinkstock)

Alongamento deitada e sentada
Deite-se de costas, com joelhos dobrados, pés no chão e braços para trás. Ao mesmo tempo, levante os braços para a frente e estique as pernas para a posição sentada. Incline-se para a frente e tente alcançar os pés com os dedos das mãos. Retorne à posição normal. Através destes exercícios de respiração, é possível auxiliar no combate às cólicas.

Exercícios que aliviam as cólicas menstruais - 1 (© Foto: Thinkstock)

Alongamento de barriga para cima
Deite com a barriga para cima. Relaxe bem as costas e apoie as pernas sobre alguns travesseiros firmes. Ponha uma almofadinha debaixo do bumbum para não forçar a coluna. Fique assim por três minutos. Ao inspirar e expirar profundamente se leva à produção endorfinas, reduzindo a tensão e aumentando o conforto e reduzindo as cólicas.

Exercícios que aliviam as cólicas menstruais - 1 (© Foto: Thinkstock)

Aposte em massagens
Movimentos suaves no abdômen e nos pés podem amenizar a cólica. O vaivém das mãos alivia a tensão muscular, melhoram a circulação sanguínea e, consequentemente, diminui a dor. Comprimir essas regiões também pode ser uma forma de massagem. 

Exercícios que aliviam as cólicas menstruais - 1 (© Foto: Thinkstock)

Impulsione o tronco para a frente
Fique de joelhos e impulsione o tronco para a frente. Deixe a cabeça apoiada sobre as mãos. Depois, contraia o abdome e suba o quadril. Mantenha-se assim por três minutos.

Exercícios que aliviam as cólicas menstruais - 1 (© Foto: Thinkstock)

Alongamento em pé
Fique em pé, de frente para a parede, a uma distância de 30 cm. Cruze os braços na altura dos ombros. Incline a barriga até que toque a parede. Permaneça nesta posição por um minuto, mantendo os calcanhares no chão e os joelhos retos. Retorne à posição inicial.

Exercícios que aliviam as cólicas menstruais - 1 (© Foto: Thinkstock)

Alongamentos das pernas
Deite-se e procure apoiar o pé esquerdo na parte da perna. Então, cruze a perna direita sobre a coxa esquerda. Depois de três minutos na posição, repita o exercício com a outra perna.

Exercícios que aliviam as cólicas menstruais - 1 (© Foto: Thinkstock)

Dança do ventre
A dança do ventre é outra atividade recomendada. Os movimentos melhoram a circulação na região da pelve e relaxam os músculos.

Mensalão da Globo resulta em sonegação de R$ 615 milhões

Denúncia: Rede Globo sonega impostos para sustentar ‘mensalão’ no Congresso. Jornalista teve acesso a investigação da Receita Federal que revela uma dívida de R$ 615 milhões ao contribuinte brasileiro. Valores são de 2006. “Alguém calcule o quanto isso dá hoje”, sugere o jornalista

A Rede Globo de Televisão deve à Receita Federal um montante superior a R$ 180 milhões em impostos não recolhidos até 2006. Com juros e multas, a dívida com o Erário superava os R$ 600 milhões na época, segundo denúncia publicada nesta quinta-feira na página do jornalista Miguel do Rosário, editor do blog O Cafezinho. Rosário teve acesso a “uma investigação da Receita Federal sobre uma sonegação milionária da Rede Globo”.
mensalão da globo sonegação
Um dos documentos que provam a dívida da Globo com o Erário brasileiro tornou-se público nesta quinta-feira
“Trata-se de um processo concluído em 2006, que resultou num auto de infração assinado pela Delegacia da Receita Federal referente à sonegação de R$ 183,14 milhões, em valores não atualizados. Somando juros e multa, já definidos pelo fisco, o valor que a Globo devia ao contribuinte brasileiro em 2006 sobe a R$ 615 milhões. Alguém calcule o quanto isso dá hoje” sugere o jornalista.
Leia a publicação a seguir
A fraude da Globo se deu durante o governo Fernando Henrique Cardoso, com uso de paraíso fiscal. A emissora disfarçou a compra dos direitos de transmissão dos jogos da Copa do Mundo de 2002 como investimentos em participação societária no exterior. O réu do processo é o cidadão José Roberto Marinho, CPF número 374.224.487-68, proprietário da empresa acusada de sonegação.
O mensalão da Globo é generoso em documentos que provam sua existência. Mais especificamente, 12 documentos (publicados no artigo).
Uso o termo mensalão porque a Globo também cultiva seu lobby no Congresso. Também usa dinheiro e influência para aprovar ou bloquear leis. O processo correu até o momento em segredo de justiça, já que, no Brasil, tudo que se relaciona à Globo, a (Daniel) Dantas, ao PSDB, permanece quase sempre sob sete chaves. Mesmo quando vem à tona, a operação para abafar as investigações sempre é bem sucedida. Vide a inércia da Procuradoria em investigar a ‘privataria tucana’, e do STF em levar adiante o julgamento do ‘mensalão mineiro’.
Pedimos encarecidamente ao Ministério Publico, mais que nunca empoderado pelas manifestações de rua, que investigue a sonegação da Globo, exija o ressarcimento dos cofres públicos e peça a condenação dos responsáveis.
O sindicato nacional dos auditores fiscais estima que a sonegação no Brasil totaliza mais de R$ 400 bilhões. Deste total, as organizações Globo respondem por um percentual significativo.
A informação reforça a ideia de que o plebiscito que governo e congresso enviarão ao povo deve incluir a democratização da mídia. O Brasil não pode continuar refém de um monopólio que não contente em lesar o povo sonegando e manipulando informações, também o rouba na forma de crimes contra o fisco.

Por que a mídia tradicional tem medo da Mídia Ninja?

Alcance da Mídia Ninja explodiu com os protestos de junho. Entusiastas aplaudem proximidade dos ativistas com acontecimentos, mas analistas ponderam necessidade de contextualizar informação

A cada duas horas, em média, o grupo Mídia Ninja posta uma nova foto, link ou relato em sua conta no Facebook. Continuamente, o site PósTV (www.postv.org) transmite vídeos ao vivo e sem cortes de debates e protestos. Atualmente concentradas em atos contra os governadores do Rio, Sérgio Cabral, e de São Paulo, Geraldo Alckmin, as publicações parecem atestar a onipresença do grupo que, por sua cobertura ao vivo, foi chamado de “mídia social das manifestações no Brasil” no blog América Latina, do diário francês Le Monde.
mídia ninja brasil imprensa marrom
Membros do Mídia Ninja. Ascensão do grupo põe em questão imprensa tradicional no Brasil 
A repercussão da Mídia Ninja (acrônimo de Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação) registrou seu ápice durante as manifestações de junho no Brasil, quando centenas de milhares de cidadãos foram às ruas para protestar contra a corrupção, os gastos excessivos do governo com a Copa do Mundo de 2014, a falta de infraestrutura e de investimentos na área da saúde e educação, entre outros motivos.
“[O grupo] entrou em evidência porque as pessoas estavam esperando uma cobertura mais próxima sobre o que estava acontecendo nas ruas”, explica o jornalista Bruno Torturra, líder dos ninjas e ex-diretor de redação da revista Trip, onde trabalhou por 11 anos. “Acho que a mídia [tradicional] não soube ler rápido o que estava acontecendo nas redes e nas ruas, e estávamos sempre presentes nos protestos, transmitindo tudo ao vivo, fotografando e dando o ponto de vista dos manifestantes. Acho que tinha uma demanda muito grande de uma cobertura independente, e a gente estava lá.”
“O Ninja estava presente onde a grande mídia não esteve”, constata também o jornalista e sociólogo Venício A. de Lima, professor titular aposentado de Ciência Política e Comunicação da Universidade de Brasília (UnB). A divulgação, pela internet, de imagens feitas por um membro do Ninja da violenta repressão policial aos protestos na capital paulista teria sido, segundo Lima, “absolutamente fundamental como detonador de uma insatisfação generalizada que havia e que explodiu depois da reação policial.”
A explosão do Ninja – criado em 2012 no âmbito da rede de intercâmbio artístico Fora do Eixo, liderada pelo ativista cultural Pablo Capilé –, de acordo com relatos da imprensa brasileira, teria coincidido com a ampliação das manifestações, na semana de 17 de junho, quando os protestos foram convocados em todo o Brasil. Hoje, o grupo tem mais de 140 mil seguidores no Facebook.

Oxigênio para jornalismo tradicional

Lima considera, no entanto, que o alcance da Mídia Ninja pode estar sendo superdimensionado. “A estimativa que os próprios membros do grupo fizeram é de que, no auge [dos protestos], eles tenham tido uma audiência de cem mil espectadores. Não sei como esse cálculo foi feito e essas questões precisam ser colocadas num contexto”, diz o estudioso.
O papel de grupos alternativos de comunicação como a Mídia Ninja também podem servir para “oxigenar” a produção de informação do tradicional jornalismo no Brasil, segundo afirma Sylvia Debossan Moretzsohn, professora da Universidade Federal Fluminense no Rio de Janeiro.
“Eu acho que [a Mídia Ninja] vem preencher uma lacuna, sobretudo porque recupera essa reportagem de rua, essa ênfase no que está acontecendo neste momento e ao vivo”, exemplifica. “Isso tudo é importante porque é uma forma de documentar a realidade e, ao mesmo tempo, de denunciar principalmente certas violências que não são frequentemente objeto de cobertura da mídia tradicional, e então entram muito perifericamente porque a mídia tradicional fica muito refém das fontes oficiais e das assessorias de imprensa, exatamente porque não está na rua como deveria estar”, avalia Moretzsohn.
As formas alternativas de informação, como a Mídia Ninja e o site Repórter Brasil, acabam mudando também certos fluxos de trabalho da mídia tradicional, diz a autora do livro Repórter no Volante. “Há um aumento brutal de fontes que querem se apresentar como informação, e é preciso selecionar tudo isso de forma muito mais criteriosa. Os jornalistas continuam tendo esse papel de mediação. Que credibilidade tem a internet, de forma geral? Posso publicar o que eu quiser e depois apagar, como indivíduo. Mas sempre há uma promessa de credibilidade no jornalismo, seja na forma de grandes empresas ou nas formas alternativas”, explica a professora da UFF.

Credibilidade em dúvida

“Com o aumento das críticas à TV Globo pelos manifestantes, a Mídia Ninja se tornou rapidamente uma fonte confiável de informação para muitos dos envolvidos nos protestos e transmitiu ao vivo manifestações em todo o Brasil”, diz um texto do jornal britânico The Guardian, publicado um dia após a chegada do papa Francisco ao Rio de Janeiro, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude.
O diário destacou a prisão do ninja Felipe Peçanha no dia 22 de julho. Ele cobria os protestos na sede do governo do Rio, o Palácio Guanabara, e foi acusado de “incitar a violência”. Depois de ter se negado a parar de filmar os protestos após o pedido de um policial militar, Felipe foi preso com um outro ninja e libertado horas depois, encontrando do lado de fora um grupo de pessoas que gritava: “Ninja! Ninja!”.
Na mesma ocasião, o estudante Bruno Ferreira Teles foi preso pela Polícia Militar, acusado de arremessar um coquetel molotov contra a barreira de policiais. Transmitidas por streaming pela internet, filmagens mostraram que o coquetel molotov foi arremessado de outro ponto da multidão, inocentando o jovem, que foi libertado no dia seguinte.
Para Moretzsohn, porém, ainda é preciso que grupos como a Mídia Ninja encontrem uma maneira de contextualizar a informação. “Acho um pouco complicado se eles forem protagonistas dos próprios episódios. Acho que eles rejeitam a ideia de editar, e editar é uma forma de sintetizar para que as pessoas compreendam o que está acontecendo”, afirma. Já o líder da Mídia Ninja diz que o grupo “faz o possível” atualmente e que também trabalha “na edição, na filmagem offline e na produção de textos de jornalismo investigativo”. A Mídia Ninja deverá lançar um site no próximo fim de semana.

Democratizar a informação

Entre os objetivos da Mídia Ninja, Bruno Torturra lista o alcance da informação para parcelas mais amplas da população brasileira. “Queremos democratizar a produção de informação e, com isso, informar melhor as pessoas para que tenhamos uma democracia cada vez mais sólida, justa, integrada e próxima dos fatos. Acho que o próprio jornalismo tem de ser repensado e atualizado”, afirma o líder dos ninjas, que aponta para a concentração dos meios de comunicação brasileiros nas mãos de “pouquíssimas pessoas, grupos e famílias”.
Um cenário também destacado por Lima, da UnB, que costuma apontar para o “atraso” do país em relação a uma regulação do setor de comunicação, especialmente no que diz respeito normas aprovadas na Constituição de 1988 que “nunca foram regulamentadas”.
“Nunca houve preocupação com a propriedade cruzada dos meios de comunicação no Brasil. São poucas grandes empresas, é um sistema de redes que nunca foi controlado pelo poder público, e pouquíssimos grupos têm afiliações regionais e locais. Uma terceira característica é que, se formos ver como de fato esses grupos [de comunicação] funcionam, boa parte deles têm algum tipo de vínculo com políticos no exercício do mandato. Eu tenho começado a falar numa situação de corrupção histórica e sistemática da opinião pública brasileira por causa desse tipo de situação”, explica.

Partido Militar quer Joaquim Barbosa como candidato em 2014

Partido Militar quer Joaquim Barbosa como candidato a presidente da república

joaquim barbosa partido militar
Partido Militar oficializará convite a Joaquim Barbosa para candidatura à Presidência em 2014
O nome do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, está entre os mais cotados para ser o candidato a presidente da República pelo Partido Militar Brasileiro (PMB).
A informação é do idealizador do partido, o capitão Augusto Rosa: “A postura do ministro diante de grandes escândalos, como no caso do mensalão, comprova a intolerância de Barbosa quanto à corrupção. Essa postura vem ao encontro aos ideais do PMB, que está em busca de candidatos que possam resgatar a moralidade na política nacional”.
Quase lá
O PMB ainda não tem registro no Tribunal Superior Eleitoral. Já publicou seu estatuto no Diário Oficial da União, já tem CNPJ e, segundo as próprias contas, tem mais de 300 mil assinaturas ao redor do país.Pela regra do TSE, o partido precisa de 485 mil nomes e abrangência nacional. Para lançar candidatos às eleições presidenciais de 2014, o PMB precisa entregar a composição de sua chapa ao TSE até setembro. A legenda se define como de centro-direita
Falta combinar
Joaquim Barbosa ainda não foi comunicado de sua pré-candidatura. O convite, segundo o partido, deve ser feito nas próximas semanas em reunião a ser marcada com o ministro. Mas o PMB não foi o primeiro a ter a ideia. Está no ar, desde outubro de 2012, o site joaquimbarbosapresidente.com.br, com informações e homenagens ao presidente do STF.

Faltam 3 mil médicos na periferia de São Paulo

Déficit de médicos castiga moradores da periferia de São Paulo. Mesmo na maior metrópole do país, a carência de profissionais atrasa diagnósticos e tratamentos; atrair especialistas para longe do centro é o maior desafio

A distância, a dificuldade de locomoção e a carência de médicos especialistas formados criam um quadro problemático nas periferias de São Paulo: a população mais pobre não consegue passar por consultas médicas e realizar exames no período adequado, aguardando meses pelo atendimento. Nos rincões da maior metrópole do país falta a porta de entrada no sistema público de saúde: ginecologistas, psicólogos, psiquiatras, anestesistas e até clínicos gerais. Nos cálculos da Secretaria Municipal de Saúde, o déficit é de 2.680 médicos.
médicos são paulo
Lúcia Oliveira, Maria Moreira e Jacy Galvão, denunciam: falta clínico geral há um ano em seu bairro, no extremo sul de São Paulo 
“Temos três vagas de clínico geral e estamos sem nenhum. Dois estão de licença, um foi embora e não há previsão de quando serão repostos. Eles são a base”, lamenta o funcionário de um complexo de saúde no extremo sul da capital paulista, que preferiu não se identificar. Usuários reclamam que a falta de clínico geral já dura um ano.
“Atendemos aqui 25 mil pessoas e estamos tentando redirecionar para outras unidades. Temos pediatra, psiquiatra, ginecologista e dentista. A demanda por psiquiatra é muito grande, por isso atendemos todos os pacientes, mesmo que não sejam da região.”
A psiquiatria é uma das especialidades prioritárias do Ministério da Saúde no programa Mais Médicos, lançado este mês pelo governo federal. O Centro de Atenção Psicossocial (Capes) Infantil Capela do Socorro, também na zona sul, esperou 11 meses pelo especialista, que chegou à unidade na última semana. “Tivemos dificuldade de conseguir médico, além da psiquiatria infantil ser uma área bastante específica”, afirma o supervisor do Capes, Paulo Cesar da Silva.
A unidade tem três psicólogos, três terapeutas ocupacionais, dois assistentes sociais, dois enfermeiros, cinco auxiliares, um farmacêutico, um assistente de farmácia, dois técnicos administrativos, dois agentes operacionais e um motorista. “Por conta da equipe e do trabalho multidisciplinar não suspendemos os atendimentos nem os acolhimentos. Manejamos a situação”, relata.
Nos últimos dez anos, o Brasil criou 147 mil vagas para médicos, 36,7% a mais do que os 93 mil formados no período, o que totaliza uma carência de 54 mil profissionais, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados em maio. Para tentar dar conta do problema, o governo federal lançou mão, neste mês, do Programa Mais Médicos, que prevê aumentar o ciclo de formação dos cursos de Medicina para garantir dois anos de atendimento obrigatório no Sistema Único de Saúde (SUS).
Os médicos que se integrarem ao programa, sempre nas unidades de atenção básica, receberão uma bolsa de R$ 10 mil, além de uma ajuda de custo que vai de três salários-extras para áreas remotas da Amazônia a um salário-extra no caso da periferia das grandes cidades. As vagas que não forem preenchidas por brasileiros serão destinadas a médicos estrangeiros.
Em São Paulo, a prefeitura criou um um grupo de trabalho com representantes das secretarias da Saúde, Planejamento e Finanças “para debater um novo plano de carreira com o objetivo de manter os profissionais na rede municipal e equalizar o desequilíbrio salarial hoje existente quando se comparam os salários pagos pela administração direta, pelas organizações sociais e pelo setor privado. Também será aberto concurso público este ano para preenchimento das vagas existentes”. Só no Hospital Municipal Professor Dr. Waldomiro de Paula, na zona leste, há um déficit de 120 profissionais.
As entidades que representam médicos, como a Associação Médica Brasileira (AMB) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), rechaçam a afirmação que faltam médicos para trabalhar nas periferias e nas regiões isoladas do país. De acordo com as organizações, a carência de profissionais nessas áreas deve-se à falta de infraestrutura e, por isso, o Programa Mais Médicos não revolverá efetivamente o problema.

ESPERA

O principal problema da falta de médicos, segundo os usuários, é a demora no atendimento. “Meu marido teve um ‘derrame’ em abril e ainda não fez os exames. Ele está com a voz enrolada e fico com medo porque dizem que o segundo é mais forte”, contou a diarista Andrea Rodrigues, que mora no bairro Cocaia, na zona sul, enquanto aguardava para marcar uma consulta na Unidade Básica de Saúde (UBS) Cocaia, pensando em prevenir que o marido sofra um novo acidente vascular cerebral.
No mesmo local, a dona de casa Cirlene dos Santos reclama que só conseguiu realizar cinco dos nove exames pré-natais da gestação do seu terceiro filho, hoje com três anos. “Depois do nascimento, ele deveria vir mensalmente para acompanhamento, mas se consegui trazê-lo seis meses foi muito, porque não tinha médico. Eles faltavam e éramos remarcados para o mês seguinte.”
A falta de médicos se repete também na zona leste da capital paulista. No Hospital Santa Marcelina, em Itaquera, faltam cirurgião geral, neurocirurgião, anestesista, ginecologista, neonatologista, intensivista, reumatologista e “primeiro lugar e há tempo: clínico”, como informou a assessoria de imprensa da entidade, por e-mail. “A maior causa é salarial. Existe uma grande competição com outras instituições, já que São Paulo não tem política única, e por causa da distância.”
Ainda em Itaquera, faltam médicos no Hospital e no centro de Assistência Médica Ambulatorial (AMA) Planalto. Por isso, alguns atendimentos são oferecidos apenas algumas vezes por semana. Para compensar, alguns médicos são convidados a fazer horas extras em plantões, segundo a assessoria de imprensa da entidade.
“Não é todo dia que falta médico. Quando acontece, é feito o remanejamento. Temos algumas referências, como o Hospital Ermelino Matarazzo. Quando já se sabe que aqui em tal dia não tem uma especialidade, os pacientes são encaminhados para essa unidade”, informou a assessoria de imprensa. “A própria população é ciente disso. A gente tenta fazer o possível, mas tem coisa que a gente sabe que não vai ser 100%, devido à grande defasagem.”
A falta de médicos faz com que a vendedora Maria Fabiana dos Santos Costa espere, desde outubro do ano passado, por uma ressonância magnética nos joelhos, para acompanhar um problema nos ligamentos. “Estou doente há quase três anos e só piora. Fico em cima da cama sem poder andar”, conta. Antes disso, ela esperou mais dois anos para conseguir a consulta com o ortopedista.
“Eu morava em Itaquera e conversei com a assistente social do posto do Jardim Helian. Como eu não estava conseguindo nem mais tomar banho sozinha, ela me passou na frente, pela urgência. Mas o médico mal me atendeu e só falou que eu tinha de fazer a ressonância para depois voltar”, conta.
“Eles falam que é muita gente e que tem de aguardar. Há um mês eu liguei (no posto) e disseram que estavam chamando quem tinha passado com o médico em junho do ano passado. Se eu fui em outubro, vou passar quando?”, questiona. “Enquanto isso o caso só piora, não ando mais e estou com depressão porque não posso nem sair da cama sem ajuda.”
A falta de pediatras é um problema para a dona de casa Maria Aparecida da Silva, que já por duas vezes tentou levar a filha de quatro meses ao AMA Santa Marcelina, em Itaquera, e não encontrou o especialista. “Disseram que era possível que eu encontrasse lá para os lados do Belém”, lembra, referindo-se a outro bairro da zona leste paulistana
“Tanto o Santa Marcelina quanto o AMA do Hospital Planalto não atendem. Também já fui lá e não encontrei pediatra”, conta. “Todo mundo que chegava voltava com as crianças, porque eles já iam avisando, da porta mesmo, antes de a gente entrar, que não tinha pediatra e que não tinha como atender.”

Consumo de álcool por vias vaginal e anal preocupa médicos

Adolescentes têm assustado pais e médicos com consumo exagerado de álcool por vias anal, vaginal e até pingando no olho

Recentemente, um jovem americano foi hospitalizado em coma alcoólico depois de introduzir uma grande quantidade de vinho por meio de um tubo inserido no reto.
Além de consumir bebida via anal, vários jovens no mundo têm assustado pais e médicos com métodos nada convencionais de se embriagar. Nos Estados Unidos e Europa, vídeos se espalharam na internet com adolescentes pingando vodca nos olhos, método chamado por eles de “vodka eyeballing”. Meninas que encharcam absorventes internos de álcool e os colocam na vagina também tem parecido uma prática difundida, além de beberem álcool em gel.
álcool anal vaginal
Jovens preocupam médicos com consumo de álcool via anal e vaginal 
Segundo a Dra. Zila Van Der Meer Sanchez, pesquisadora do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID), da Unifesp, os adolescentes que chegam aos prontos-socorros alcoolizados usam menos destas práticas no Brasil do que em outros países, apesar de casos terem sido registrados.
“Os riscos para quem consome álcool desta maneira são exatamente os mesmos de métodos convencionais. O que conta é a quantidade de álcool ingerida, porque independente de onde for, o corpo vai absorver do mesmo jeito”.
O clínico geral do Hospital das Clínicas, Dr. Arnaldo Lichtenstein, também alerta para o uso cada vez maior de álcool. “O grande problema é o uso abusivo do álcool, independente da via”.
No entanto, além do comportamento extremamente invasivo ao corpo, o ânus, por exemplo, tem mais terminações nervosas e mucosas mais expostas, o que causa uma absorção mais rápida e compromete a percepção da quantidade ingerida.
“Se for tomando de pouquinho em pouquinho, a pessoa vai sentindo e consegue identificar mais fácil a hora de parar. Mas, mesmo assim, depois de parar ainda há uma grande quantidade de álcool no estômago para ser metabolizado e, neste ponto é comum as pessoas passarem mal, vomitarem e colocarem para fora o que ainda não foi absorvido. No entanto, nestes casos de consumo por outras vias, a substância vai ficar ali até ser completamente absorvida”, informou.

Além do estômago e intestino, o álcool é mais rapidamente absorvido pelas mucosas do corpo, desde a boca até o ânus e a vagina. “A absorção é muito grande pelas mucosas. Se você bebe uma taça de vinho e demora uma hora ou duas para ser processado, o consumo pela mucosa leva minutos”, explicou o Dr. Arnaldo Lichtenstein.
“O problema é que o álcool é irritante. Do mesmo modo que irrita o estômago, vai irritar o olho e causar uma conjuntivite, no ânus e na vagina vai acontecer a mesma coisa e pode gerar problema sérios a curto, médio e longo prazo”, esclareceu o clínico do HC.
Os adolescentes que bebem álcool em gel podem ter reflexos no fígado. “Você vai sobrecarregar seu fígado com as substâncias que têm no produto, além do álcool. Pode intoxicar e vai retardar o metabolismo”, informou a Dra. Zila Van Der Meer.
Vale ainda esclarecer que a exceção é pingar bebida no olho, prática que não tem efeito nenhum. “Esta história de pingar nos olhos, teria que ser um caminhão de álcool para deixar bêbado. Nesta região não tem nenhuma relação fazer isto”, comentou a especialista.
Em relação ao consumo via anal, ela esclareceu ainda: “pode dar uma concepção de violência sexual. Vai além do álcool, pode ter caráter de uma agressão sexual”.
O Dr. Arnaldo Lichtenstein ressaltou que a procura pelo prazer sexual também vem junto nestas práticas. “Isto é a busca pelo prazer mais rápido que está sendo misturado com sexualidade. São duas grandes sensações de busca de prazer”, explicou .
Ele alertou ainda que estas práticas não muito comuns acontecem há bastante tempo, mas o que mais preocupa é a quantidade exagerada de álcool que tem sido colocado em questão. “Esta busca desenfreada por sensações de euforia e anestesia é muito preocupante. Alguns pacientes falam em anestesia e usam estes meios mais rápidos para conseguir não só a desinibição que o álcool produz”, concluiu.

“Maconha é remédio”

Como o uso da maconha mudou radicalmente a vida e o tortuoso tratamento de Thaís Carvalho, vítima de um agressivo câncer de ovário

Thaís Carvalho viveu, ao mesmo tempo, a melhor e a pior experiências de sua vida. No mesmo dia em que segurou sua filha no colo pela primeira vez, descobriu um câncer no ovário. Duas semanas depois do parto, uma cirurgia retirou todo seu aparelho reprodutivo. Com um bebê recém nascido e uma prescrição para seis meses de quimioterapia, as mudanças abalaram seu jeito de ver o mundo. E lhe levaram a uma descoberta desconhecida para a maior parte dos brasileiros.
Paraense, hoje com 33 anos, Thaís é filha de uma família que classifica como tradicional. Vegetariana, ela não bebe e gosta de passar os finais de semana em casa. Quando voltou do hospital, estava em estado de encantamento com a primeira filha. Ficou triste em saber que não poderia amamenta-la, devido ao medicamento, mas tentou manter-se positiva. Logo descobriu que também não poderia dar banho na menina ou trocar a fralda, pois seus braços perderam a força. Com dores pelo corpo e enjoo, já no primeiro mês de tratamento Thaís parou de comer e perdeu muito peso. Perdeu também os cachos morenos e o sorriso tranquilo. Pela manhã, só levantava da cama para atravessar a rua e buscar ajuda na casa de sua mãe, que mora na mesma vila, em Belém.
Suas roupas ficaram largas, o rosto inchado e pálido. Quando olhava os olhos sem sobrancelhas no espelho, vinha a certeza de que não demoraria para ser abandonada pelo marido, que chegava à noite do trabalho e corria para cuidar dela, da filha e da casa. “Eu me sentia feia, fraca, minha casa estava largada. Estava definhando”.
Foi nesse momento que seu marido lhe chamou para uma conversa. Ele pesquisou sobre como os médicos americanos prescrevem o uso de maconha (Cannabis é o nome científico da planta) para combater os efeitos colaterais da quimioterapia. Thaís teve muitos receios. Ela nunca tinha experimentado a droga. Alguns amigos fumavam, mas ela não sabia qual seria sua reação. “Eu sempre vi a maconha como algo negativo, não queria isso para mim”.
Só quando recebeu a terceira dose de quimio e os efeitos castigaram ainda mais seu corpo frágil, ela resolveu experimentar. “No primeiro dia, senti relaxamento e bem estar, mas não arrisquei fazer nada, não conhecia os efeitos. No segundo dia, senti ânimo e levantei. Tinha uma pilha de louça pra lavar na cozinha e ataquei empolgada. Feliz em dar conta de uma tarefa cotidiana”.
maconha câncer remédio
Para defender sua saúde, Thaís rompeu uma fronteira da ciência que está em reconfiguração no mundo. O uso da maconha em tratamentos médicos está em debate em diversos países e já é autorizado na Holanda, em Israel e na República Tcheca. Nos Estados Unidos, 18 estados permitem o uso terapêutico, número que cresce a cada ano. 
A partir de então, Thaís passou a fumar um cigarro de maconha pela manhã durante a “semana crítica” (os dias em que os efeitos colaterais da quimioterapia são mais intensos). Para o seu corpo, a mudança mais importante foi o fim da náusea que lhe impedia de comer. Pelo contrário, Thaís tinha mais fome. Ela ganhou peso, o que deu uma nova perspectiva para o seu tratamento.
O ciclo de medicação previsto inicialmente era de 21 dias entre as doses. Devido à perda excessiva de peso já na primeira aplicação, seu médico oncologista adiou a segunda sessão de quimioterapia para 30 dias depois da primeira. Ele também teve que adiar a terceira, que só ocorreu 45 dias depois da segunda.Só quando passou a fumar maconha, e voltou a comer, o corpo de Thaís teve energia para aguentar o intervalo recomendado inicialmente pelo médico: 21 dias entre cada sessão.
Na memória de Thaís, porém, o efeito mais importante foi a mudança no seu bem estar. Antes, com dores constantes e incapaz de realizar tarefas simples, ela colocava um peso negativo em tudo. Até no esforço do marido, como se os cuidados que ela exigia fossem algo insuportável para ele. Com a possibilidade de realizar pequenas tarefas, aos poucos, ela conseguiu mudar essa percepção. “Comecei a ver que meu marido era admirável ao cuidar de mim e da nossa filha tão pequena. A dedicação dele passou a me dar força”.
Thaís nunca sentiu “nóia”, nome dado às sensações de paranoia que alguns experimentam ao fumar maconha. A sensação pode levar a um efeito oposto: percepção negativa do mundo. Sem saber como sua frágil saúde poderia ser afetada pela substância, ela tomou coragem para conversar com o médico. “Se te faz bem, quem sou eu pra mandar parar? ”, ouviu. “Vi que ele não concordou, mas preferiu se abster. Ele disse que esse tratamento não existe no Brasil.Mas eu falei que ele deveria se informar, mesmo que não possa recomendar, todo médico deve saber das últimas pesquisas”. E saiu do consultório sem orientação.
Para defender sua saúde, Thaís rompeu uma fronteira da ciência que está em reconfiguração no mundo. O uso da maconha em tratamentos médicos está em debate em diversos países e já é autorizado na Holanda, em Israel e na República Tcheca. Nos Estados Unidos, 18 estados permitem o uso terapêutico, número que cresce a cada ano. Na semana passada em Nova Iorque, onde esse debate está pegando fogo, 600 médicos lançaram um manifestopedindo autorização para tratar pacientes com doenças como câncer, esclerose múltipla e HIV/Aids. Em seu site, o grupo elenca pesquisas e estudos controlados sobre como os efeitos da maconha podem reduzir a dor, o espasmo muscular, a sensação de náusea e estimular o apetite.
Em português, no livro “Maconha Cérebro e Saúde”, os neurocientistas Renato Malcher-Lopes e Sidarta Ribeiro apresentam os efeitos da substância e fazem um panorama dos estudos internacionais sobre seus potenciais terapêuticos. Cientistas brasileiros também tentam fazer pesquisas com a maconha, mas esbarram em dificuldades legais e acadêmicas. É o caso de um dos maiores especialistas no tema, o professor Elisaldo Carlini, da Universidade Federal de São Paulo. Nessa entrevista para revista da Fapesp, ele explica os efeitos da substância e defende o uso médico.
Thaís sabe da importância da maconha no seu tratamento. E decidiu não ficar calada. Ela já recuperou a saúde e os cachos no cabelo. Enquanto dava entrevista, sua filha, hoje com três anos, não parava de chamar a mãe para brincar. Quando perguntei se não tinha medo de dar o nome e mostrar o rosto para este texto, ela não vacilou. “Seria hipocrisia. Vejo as pessoas na linha de frente lutando pela descriminalização, enquanto tantos fumam e têm medo de mostrar a cara. Não quero ser a maioria silenciosa. Quero ser parte da minoria que contribuiu para a mudança”. Embora não tema falar no assunto, ela prefere usar o termo científico Cannabis, pois considera que maconha é uma palavra carregada de preconceitos.
Thaís é a favor da descriminalização para uso medicinal, mas também para qualquer outro. “Não faço uso recreativo, mas não tenho preconceito”, diz. No ano passado, estava no pequeno grupo que tentou fazer a Marcha da Maconhano centro de Belém. A mesma marcha, que ocorre em mais de 40 cidades no Brasil, vai acontecer em São Paulo nesse sábado dia 8.
Mais difícil que enfrentar as ruas, é reunir forças para ter uma conversa na casa dos pais. Quando contou que estava fumando durante o tratamento, o pai de Thaís ficou em silêncio, a mãe lhe criticou. Depois que viu sua melhora, a mãe não tocou mais no assunto. Mas agora é o pai de Thaís, com 62 anos, que terá de passar por um tratamento de quimioterapia. “Minha família é bastante conservadora, não sei se ele vai querer. Mas vou conversar, acho que as pessoas têm direito a essa escolha”.
Daqui a muitos anos, ela pretende conversar também com a sua filha, explicar que a maconha não deve ser vista compreconceito, mas com respeito e cuidado. Thaís sabe que a menina vai receber lições maniqueístas na escola. Dos adultos, vai ouvir que a maconha é algo ruim e que sempre faz mal. De alguns amigos, o extremo oposto. Dentro de casa, a menina vai conhecer a verdade experimentada por sua mãe: “Cannabis é remédio”.

Cidade oferece R$ 10 mil e estrutura, mas faltam médicos

Cidade do RS com segunda melhor distribuição de renda do Brasil oferece estrutura, R$ 10 mil por mês e até faculdade de graça, mas faltam médicos

Localizada na Serra Gaúcha, a cidade de Carlos Barbosa é a segunda melhor no Brasil em distribuição de renda e tem o 23º maior PIB per capita do Rio Grande do Sul. Com 25 mil habitantes, o município tem um centro de saúde, inaugurado em dezembro de 2004, e cinco unidades para atender a população. A prefeitura oferece exames laboratoriais, de raio-X, tomografias, mamografias, ecografias, endoscopias, colonoscopias, eletrocardiogramas, ressonâncias magnéticas, ecocardiogramas. Os médicos recebem salário de R$ 4.630,31 (20 horas semanas) e R$ 9.260,61 (40 horas), além de um adicional de insalubridade de R$ 529,55. Mesmo assim, faltam médicos para atender a população.
mais médicos carlos barbosa
Cidade terminou a construção de um centro radiológico e agora aguarda a compra de equipamentos de exames. 
A cidade gaúcha recentemente encerrou as inscrições para preencher as vagas de médicos. Mesmo com o salário de quase R$ 10 mil e a infraestrutura oferecidos, com quatro vagas ofertadas para contratação imediata, somente uma pessoa se inscreveu.
“Aqui, nós estamos muito bem posicionados. Estamos a 100 quilômetros de Porto Alegre, 40 km de Caxias (do Sul), 15 km de Bento Gonçalves. Nós temos uma boa estrutura física. Nós temos um centro de saúde que o (Fernando) Lucchese (cardiologista famoso por seus livros para o público leigo) esteve aqui e disse que ‘parece mais um apart-hotel do que um centro de saúde’. Temos toda uma infraestrutura aqui”, diz o prefeito Fernando Xavier da Silva (PDT).
Segundo Silva, se não é a estrutura nem qualidade de vida na cidade que afastam os médicos, sobra uma explicação: os salários. Para ele, os médicos na região conseguem mais dinheiro com consultórios privados e planos de saúde e a remuneração não é atraente para esses profissionais da saúde.​
“Acredito que o valor-hora oferecido pela cidade não seja atraente para os médicos, pela própria concorrência do mercado ao redor, principalmente de Caxias (do Sul) e Bento (Gonçalves)”, diz Fernando Matos, vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers). Para ele, a região da Serra Gaúcha oferece uma remuneração muito alta, principalmente os planos de saúde, e os profissionais da saúde não escolhem trabalhar no setor público.
E para pagar um salário maior? Os cofres públicos aguentariam? “Aí vai depender da capacidade gestora de quem tem a obrigação de fazer a administração pública. Eu acho que nós teremos que fazer algum tipo de corte em algum lugar e repassar para a área da saúde algum recurso para tentar via remuneração melhor (atrair médicos), e eu estou fazendo um estudo para passar para R$ 6 mil para 20 horas e, consequentemente, R$ 12 mil para 40 horas para ver se torno mais atrativo esse serviço aqui no município”, diz o prefeito.

Mais Médicos

Para tentar acabar com o déficit de médicos, a prefeitura de Carlos Barbosa se inscreveu no programa Mais Médicos, do governo federal, que oferece bolsas de R$ 10 mil para esses profissionais de saúde.
mais médicos carlos barbosa
Centro de Saúde de Carlos Barbosa sofre com a falta de médicos 
O prefeito afirma que o programa “tem algum fundamento”, mas precisa de ajustes. Silva defende que o projeto deve se esforçar em trazer médicos brasileiros. “Aí se, não tendo condição (deve-se contratar estrangeiros), e o Revalida é fundamental.”​
Um dos principais pontos de discórdia entre as associações e o governo, o exame de revalidação de diploma do médico que se formou no exterior deve ficar de fora do Mais Médicos (veja detalhes no quadro abaixo).
“Não tem discussão. Médico brasileiro ou estrangeiro que fez curso no exterior tem que seguir as leis brasileiras”, diz Matos, ressaltando que esses profissionais têm que saber falar português para fazer atendimento com qualidade.
“O Mais Médicos teria, a meu ver, apenas um benefício: de conscientizar a todos de que tem que fazer investimento em infraestrutura, criar mais hospitais, mais condições de trabalho e criar também um plano de carreira para os médicos, estabelecendo um valor para o trabalho médico digno”, diz o vice-presidente do Cremers. Matos não diz qual seria esse valor digno, afirma que essa definição deve ser feita com os sindicatos médicos. Ele critica também o pagamento do programa ser feito por bolsa, que devem ser garantidos contrato e direitos trabalhistas aos profissionais.
programa mais médicos
Programa Mais Médicos

Médicos estrangeiros começam a trabalhar no Brasil em setembro

Em setembro médicos estrangeiros começam a trabalhar nas cidades do interior e periferias dos grandes centros do Brasil através do Programa Mais Médicos

médicos estrangeiros brasil
Médicos estrangeiros começam a trabalhar no Brasil em setembro.
A partir da segunda quinzena de setembro, 358 médicos estrangeiros começam a trabalhar nas cidades do interior e periferias dos grandes centros por meio do Programa Mais Médicos. Na primeira edição, o programa selecionou 1.618 profissionais. Os dados são do balanço da primeira fase do programa, divulgados nerta quarta-feira (14) pelo Ministério da Saúde.
Quando chegarem ao Brasil, os médicos estrangeiros ficarão concentrados em oito capitais: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza. Nessas cidades, terão aulas sobre saúde pública brasileira e língua portuguesa durante três semanas, entre 26 de agosto e 13 de setembro. Após a aprovação nesta etapa, começam a atender a população na segunda quinzena de setembro.
Os profissionais que vão atuar em áreas indígenas terão, além do módulo de acolhimento, treinamento específico. Os estrangeiros terão registro profissional provisório e podem trabalhar apenas na região para onde forem designados.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reafirmou a intenção do governo de buscar parcerias com instituições e universidades de outros países para facilitar a vinda de médicos estrangeiros. “Estamos tratando com a Organização Pan-Americana de Saúde [Opas] as possibilidades que ela tem para abrirmos tanto para países, organizações não-governamentais e universidades, a possibilidade de cooperação com outros países. Cada país têm suas regras próprias de colaboração”, disse.
Padilha disse ainda que os profissionais que irão participar do programa por meio desse modelo de cooperação serão alocados nos cerca de 1,5 mil municípios prioritários do Mais Médicos.
Perguntado sobre as negociações para trazer médicos cubanos, Padilha respondeu que Cuba já havia feito oferta ao Brasil e disse que é interessante a participação de profissionais especialistas em atenção básica, a exemplo dos cubanos.
Do total de 1.618 médicos selecionados pelo Mais Médicos, 53% vão para as periferias de capitais e regiões metropolitanas e 47% para municípios com alta vulnerabilidade social. Em relação ao perfil dos profissionais, entre os médicos formados no Brasil, 58% são homens e 42% mulheres. Entre os com diploma do exterior, 63% são homens e 37% mulheres.